Por Naira Amorelli
Portugal é mundialmente famoso entre os viajantes por sua gastronomia farta e por possuir pratos de preparo muito simples para os mais apaixonados por culinária que costumam inserir no seu dia a dia a “cozinha” dos lugares por onde passou, assim como alguns hábitos alimentares. Claro que os destaques mais populares ainda são as várias receitas de bacalhau – os portugueses dizem que possuem uma receita para cada dia do ano – os ensopados e claro, os doces portugueses.
Delícias já famosas a parte, preciso reforçar que Portugal é um verdadeiro “caldeirão” de poções mágicas pronto para ser desvendado, quero dizer, degustado.
Na minha mais recente viagem à terrinha, pude me dedicar a experimentar alguns sabores por Lisboa. Estive em restaurantes fantásticos, desde os mais sofisticados com pratos mais elaborada e modernos, até os lugares mais simples com aquela comidinha local de lamber os dedos e querer ficar grudado, sentado na cadeira até praticamente explodir de tanto comer, e comer muito bem, devo reforçar ainda mais.
Geralmente em minhas viagens eu me proponho a experimentar novos sabores e deixar alguns preconceitos de lado. Ok, não sou tão radical, daquelas que topa comer um escorpião no espeto, mas algumas coisas eu encaro sem medo. Ei, fique tranquilo, por lá você não vai encontrar escorpiões, grilos ou baratinhas crocantes e sim muitas carnes, peixes e frutos do mar. Eu tinha uma espécie de nojinho bobo com mexilhões e mariscos e perdi diversas oportunidades de conhecer essas especialidades mais profundamente em tantas viagens que fiz, mas desta vez, não deixei escapar, quer dizer, não me permitiram deixar escapar, ainda bem. Tomei coragem e encarei o desafio – sim, foi um desafio, embora possa parecer um exagero para alguns. A sensação que tive naquele momento foi única, mas posso tentar explicar como um misto de surpresa e êxtase gastronômico. Sem exageros, tornei-me uma incondicional apreciadora de ameijoas e desde então, em todas as minhas refeições eu tinha que te-las na entrada para me deliciar, afinal, não é em qualquer lugar que encontramos estas delícias. A sensação (extremamente gulosa) que tive é que tinha que aproveitar ao máximo.
Claro que experimentei outros sabores e me deliciei com vários já conhecidos, inclusive o bacalhau, obviamente. É impossível estar em Portugal e não comer muito bem, e o melhor, não se paga mais caro por esta fartura de sabores, os preços costumam ser muito justos e proporcionalmente mais baratos do que pagaríamos aqui no Brasil por pratos similares. Mais um ponto pra Portugal.
A boa mesa portuguesa é papo para muuuitas palavras e longas horas de explicações sensoriais, mas aí você correria o risco de morder seu computador ou o braço do colega ao lado, e eu que não sou nenhuma Expert em gastronomia, mas que adora comer bem, certamente deixaria você ainda mais curioso. Então, vou deixar minha dica: na sua próxima viagem para Portugal não deixe de experimentar os sabores da terrinha que você ainda não provou.
Não se prenda somente aos renomados e estrelados chefs. Experimente aquele sanduíche de sardinha na brasa, na beira do rio Tejo, aqueles peixinhos de nomes estranhos, as caldeiradas, as carnes preparadas de formas curiosas, aos moluscos e mariscos e aquelas bombas calóricas que são os tradicionais e deliciosos doces portugueses, não só os especiais e saborosos Pastéis de Belém, mas também tantos outros vendidos em confeitarias tradicionais nas mais inusitadas ruelas de Lisboa. Coma sem medo e sem se preocupar com peso extra, afinal, sua viagem tem que ser completa não é mesmo? Deixe para pensar em calorias quando voltar, vai por mim.