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Palácio Nacional de Mafra: História e Curiosidades

Hoje vamos falar um pouco sobre uma emblemática construção de Portugal que é capaz de deixar os visitantes ainda mais curiosos após conhecer um pouco a sua história: o Palácio Nacional de Mafra.

O Palácio Nacional de Mafra é um conjunto arquitetônico constituído pelo palácio e também por um mosteiro monumental em estilo barroco, localizado em Mafra, a cerca de 28 quilômetros de Lisboa. Sua construção se iniciou em 1717 e foi completamente concluída em 1755. Apesar de não ter sido um dos sete vencedores, o Palácio Nacional de Mafra, classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas nomeados para uma das Sete Maravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.

Palácio Nacional de Mafra

Muitos são aqueles que defendem que a construção do Palácio e do Mosteiro se deveu a uma promessa feita devido a uma doença que o rei D. João V de Portugal padecia.

Como é de costume, existem versões diferentes e, outros, afirmam que esta promessa se devia a anunciação de um herdeiro. Foi prometido que se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência, seria realizada esta construção. Assim, com o nascimento da princesa D. Maria Bárbara, ficou determinado o cumprimento da promessa.

Os trabalhos patrocinados por D. João V começaram a 17 de novembro do ano de 1717, sendo inicialmente projetado como um modesto mosteiro que abrigaria 109 frades franciscanos.

No entanto, com a entrada nos cofres de Portugal do ouro brasileiro, D. João e o seu arquiteto, Johann Friedrich Ludwig, alteraram o projeto inicial e realizaram um plano muito mais ambicioso.

Para a construção do conjunto arquitetônico não se pouparam despesas. Foram empregados muitos trabalhadores e no final, o mosteiro ficou com uma capacidade para abrigar 330 frades. Além do mosteiro, foi construído o palácio real e ainda uma das mais belas bibliotecas europeias.

Todo em calcário e mármore desta região (Pêro Pinheiro e Sintra), o edifício ocupa uma área de quase quatro hectares (37.790 m2), incluindo 1.200 quartos, mais de 4.700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios internos e pátios.

Palácio Nacional de Mafra como Residência Real

O Palácio Nacional de Mafra tornou-se popular para os membros da família real, numa época em que estava na moda a organização de caçadas reais, sendo que nessas ocasiões era no Palácio de Mafra que a família real ficava alojada.

Quando a família real partiu para o Brasil em 1807, devido às invasões francesas, foram levadas também as melhores mobílias e obras de arte existentes no Palácio de Mafra.

Mais tarde, em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, o mosteiro foi abandonado, passando o Palácio a ser utilizado como residência de caça pela família real dos últimos monarcas da Dinastia de Bragança. Foi aliás daí que o último rei de Portugal, D. Manuel II, partiu para a praia da Ericeira, a 5 de outubro de 1910, para embarcar no iate real que o conduziria ao exílio.

O Palácio nos dias de hoje

Atualmente, o Palácio Nacional de Mafra acolhe um projeto para a preservação dos lobos ibéricos. Ao visitar o Palácio, pode-se ainda contemplar a farmácia, com os seus belos potes de medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos.

Pode-se ainda visitar o hospital, onde existem dezesseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir a missa, sem saírem das suas camas.

No andar de cima encontra-se as salas mais suntuosas do palácio, que se estendem por todo o comprimento da fachada ocidental.

Num dos extremos encontram-se os aposentos do rei e no outro extremo os aposentos da rainha, existindo entre eles uma distância de 232 metros.

Palácio Nacional de Mafra

No palácio existem dois carrilhões com um total de 57 sinos, que pesam mais de 200 toneladas e que foram mandados fabricar por D. João V em Antuérpia. Ainda hoje estes são considerados os maiores e mais pesados sinos do mundo.

Desde a construção do Palácio, ele é zelado por membros da família Mangens, uma família de origem francesa que chegou a Lisboa no início do século XVIII.

Atualmente, o único residente no Palácio é o descendente dessa família, Gil Mangens que, à semelhança do seu pai e do seu avô, dedicou ao palácio toda a sua vida.

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