Dicas & Destinos

Oito coisas para fazer na Jamaica

Da casa de Noël Coward à cannabis (agora legal), os cafés e a comida vegana Rasta, a Jamaica – terceira maior ilha do Caribe – é rica em história e belezas naturais.

A Caribbean Tourism Organization publicou recentemente que as ilhas da região receberam 31,7 milhões de visitantes em 2017, apesar da disparidade entre os países. Alguns, como o Haiti, por exemplo, continuam registrando quedas significativas de turistas desde o terremoto que matou centenas de milhares de pessoas, em 2010. Outros, como a Jamaica – que recebeu 4,3 milhões de turistas – e Cuba, são exemplos da presença constante de pessoas do exterior em busca de praias, resorts, sol, festas ou tranquilidade.

A Jamaica é famosa por diversos elementos de sua cultura: do reggae de Bob Marley, a religião Rastafári, o culto à ganja, Usain Bolt — o homem mais rápido do mundo — e o curioso fato de ter sido um dos poucos países americanos ao sul do México que não sofreu com a colonização de um país de língua latina. A ilha é formada por cidades grandes, como a capital Kingston, regiões históricas e horizontes naturais belíssimos. A seguir, indicamos lugares e coisas para fazer no país caribenho:

Casa de Noël Coward

Em Firefly Estate ficava a casa, e agora há um lugar bucólico, de Sir Noël Coward, um dos dramaturgos britânicos mais famosos do século XX. A área pertenceu aos famoso pirata Henry Morgan e possui uma das mais bonitas vistas da costa e das montanhas da Jamaica, acima da cidade de Port Maria (61 km de Kingston). Era um refúgio pessoal de Coward da multidão e local onde ele recebeu da rainha da Inglaterra ao escritor Ian Fleming. Hoje, sua pequena propriedade é patrimônio nacional jamaicano e fica aberto ao público durante o ano todo.

Arte de rua

No passado, a região de Parade Gardens, no centro de Kingston, era conhecida pelas duas comunidades que viviam em guerra: a Southside e a Tel Aviv. No entanto, em 2014, a artista Marianna Farag chegou ao local com um grupo de jovens jamaicanos e vizinhos para iniciar o projeto Paint Jamaica. Usando a fachada de um velho armazém na Fleet Street como uma tela, eles cobriram as paredes de murais, que hoje dominam toda a rua.

Ao redor do prédio principal se acessa um incrível jardim urbano, o Life Yard. A entrada quase escondida entre duas casas leva a uma fazenda que alimenta uma comunidade e fornece os ingredientes para o restaurante vegano atrás das paredes da construção. Ali se come pratos Rastafaris, que usam métodos naturais de cozimento que evita o processamento da comida, assim como aditivos, oléo, sal e açúcar.

O jornal britânico Telegraph publicou uma reportagem sobre o local afirmando que o Life Yard é um “bom exemplo de como a ação comunitária pode revitalizar partes do interior de uma cidade”. Hoje, ele é administrado por uma mulher: Shane Morgan, que cresceu na vizinhança e trabalha também como guia turística.

Café como progresso social

O café foi plantado pela primeira vez na Jamaica em 1728, e logo a ilha ficou famosa pelos grãos chamados na Inglaterra de Blue Mountain (a maior parte do produto jamaicano foi tradicionalmente exportado para outro grande mercado: o Japão). Hoje, o Deaf Can Coffe, em Kingston, é um empreendimento social criado para empoderar a comunidade por meio do cultivo do café — da plantação à colheita. A empresa também trabalha com os cafés da capital provendo baristas e profissionais especializados. O Dean Can vende seus próprios grãos, assim como uma variedade de cafés — dos gelados aos com leite.

Cannabis

Quando se fala na Jamaica, é inevitável que a cannabis não venha à mente. Bob Marley, o filho mais famoso da ilha caribenha, foi um grande difusor da cultura canábica pelo mundo, e a música que criou, o reggae, tem uma ligação forte com a erva. Desde que o país descriminalizou o uso em 2015, é fácil encontrá-la, mas as regulações médicas fazem com que as casas de venda sejam ou muito clínicas ou muito turísticas.

Um dos herbários mais famosos da Jamaica é o Kaya, perto da cidade turística de Ocho Rios, que fica em uma zona intermediária entre as duas tendências. É um ótimo lugar para tomar um café e ainda consumir uma variedade de produtos baseados na cannabis em um lounge ao lado. O estabelecimento se compromete a pedir um táxi para os seus clientes depois.

Surfar em White Horses

A Jamaica não é reconhecida por sua cena do surf, mas é fácil encontrar uma multidão que lota as concessionárias de aluguel de carros em Kingston para rodar a ilha em busca de praias com as melhores ondas. Saindo da capital em direção à cidade de St. Thomas, a estrada costeira passa por White Horses, um belo estreito litorâneo disputado entre os surfistas.

Abaixo da estrada há um dos bares mais conhecidos do litoral de White Horses, o Longboarder, administrado por um trinidadiano especializado em drinks feitos com rum. O jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem no ano passado afirmando que a praia tem um dos pores do sol mais bonitos do mundo.

O museu nacional da Jamaica

Toda a arte contemporânea e histórica da Jamaica se encontra em um único lugar: a National Gallery, cujas peças vão dos primeiros habitantes da região, há um milênio atrás, até os anos 1980. Ali estão expostos trabalhos de artistas importantes, como Mallica Reynolds, assim como nomes lendários da arte jamaicana, como Isaac Mendes Belisario, Adolphe Duperly e Joseph Bartholomew Kidd, do século XIX.

O museu recentemente firmou uma parceria com o grupo Kingston Art Walks em que, no último domingo de cada mês, abre suas portas gratuitamente para oferecer uma série de atividades culturais na área de entrada, como música, teatro e, claro, um pouco de café.

Subir a montanha Newcastle

O exército britânico ocupou a montanha de Newcastle da metade do século XIX em diante, construindo uma base no topo que permitia às tropas se climatizar aos trópicos. Feita em uma antiga fazenda de café na região de Blue Mountains, ela fornece uma bela vista da capital. Hoje, a base é um centro de treinamento para as Forças Armadas do país, mas também um museu conta as histórias dos regimentos que operaram dali.

Port Antonio

Do lado oposto de Montego Bay está a cidade de Port Antonio, indicada para quem quer fugir do agito — apesar de também abraçar quem o procura. A região é privilegiada no quesito paisagens, conta com um grande número de cachoeiras e praias, além de ter sido a locação do filme clássico A Lagoa Azul (1980). Os turistas curiosos podem visitar essa linda paisagem que tanto se viu na televisão.

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