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Por que Villa la Angostura é um lugar mágico?

Acordar pela manhã, tomar um delicioso café com pão caseiro, geleia de frutas patagônicas e doce de leite, admirando as montanhas nevadas, pinheiros e poder presenciar uma revoada de ‘chimangos’ (da família dos falcões). Isto é uma amostra do que você pode testemunhar ao visitar Villa la Angostura, na Argentina.

Villa la Angostura, Argentina

Encravada no meio da cordilheira dos Andes, entre San Martin de los Andes e Bariloche, é um lugar mágico. Bem no meio de uma floresta e rodeadas por lagos, esse é o lugar para quem procura natureza, atrativos naturais sem fim, além de paz e boa comida.

A cidade oferece atividades durante todo ano, verão, primavera, outono e inverno. Lagos, praias de água doce, balneários, montanhas, trilhas, esqui, bicicleta, navegações, caiaque e muito mais.

Eu e meu noivo chegamos no início do inverno para passar três dias, ruas ainda calmas, baixa temporada, preços incríveis e uma cidade pequena, mas com diversas atividades.

Tivemos uma recepção simpática, do ônibus à rodoviária, do centro de informações turísticas às pessoas caminhando na rua: todas estavam prontas para dar informações e nos ajudar.

Esta é a cidade que, segundo conta a lenda, Adolf Hitler viveu cerca de dez anos, após fugir da guerra, ao contrário do que conta a história, em que ele se suicidou. Verdade? Quem vai saber! Nas vitrines das livrarias da cidade existem livros relatando esses anos e essa história, vale uma boa conversa com os moradores locais.

Villa La Angostura Neuquén  Argentina

Encontramos nosso albergue, uma preciosidade, a 150 metros da rodoviária por uma estrada de terra rodeada por pinheiros e com uma vista deslumbrante para as montanhas, já com neve. Chegamos e nos sentimos em casa. No primeiro dia, caminhamos pela única rua de comércio da cidade, olhamos lojas, almoçamos em um restaurante simples com garçons simpáticos, comida farta e preço pequeno e, de sobremesa, 250 gramas de sorvete de doce de leite com chocolate: uma pechincha em uma das muitas sorveterias e casas de chocolate da pequena rua.

À noite, após um merecido banho quente, fomos tomar nosso lanche da noite no albergue e ficamos batendo papo com uma porção de ‘hermanos’ que são infinitamente mais simpáticos do que nos dizem nossas piadas sobre argentinos.

No dia seguinte, acordamos e fomos presenteados com uma enorme janela de vidro na sala do café da manhã, com vista para as montanhas nevadas e revoadas de chimangos, me apaixonei por essas aves! O dia prometia.

Puerto de Villa la Angostura, Neuquen

Pegamos um táxi e, três quilômetros e 25 pesos depois, chegamos ao porto de Villa la Angostura. O táxi andou a passos de tartaruga e descobrimos depois que a estrada estava congelada e, por segurança, a velocidade não passou dos 30 quilômetros por hora.

Caminhamos dois minutos e nos deparamos com um lindo lago azul, montanhas dos dois lados, verde por todos os lados e um vento gelado que deixa o nariz e bochechas vermelhas como nos filmes.

Esse lugar é uma preciosidade, pudemos descobrir o que era um Istmo! Se você não sabe o que é, fique tranquilo, nós também não sabíamos. É um pedacinho de terra bem pequeno, de mais ou menos 30 metros, que separa um lago por dois lados. Você anda e, de um lado avista um lago e águas agitadas e, do outro, um lago calmo e sem vento!

Esse pedaço de terra separa a baía Brava da baía Mansa. Passamos o dia todo por lá, fizemos duas trilhas e fomos para dois ‘miradores’ no alto da montanha apreciar a imensidão dos lagos. Levamos lanche e fizemos um piquenique no alto da fria e ensolarada montanha. Na volta não pegamos táxi e voltamos caminhando os três quilômetros até a cidade. Que dia!

Recomendo um dia de “descanso”, acordar mais tarde, passear pela cidade, tomar sorvete no frio, fazer umas comprinhas, chocolates, comprar cerveja artesanal para os amigos e um lindo novelo de lã de carneiro, para fazer um charmoso cachecol aqui no Brasil.

Nahuel Huapi

No outro dia, fomos ver o Rio Correntoso, um dos menores rios do mundo, tem 300 metros de largura e liga o Lago Corentoso ao gigante lago Nahuel Huapi. Pegamos mais uma vez o ônibus que sai no horário marcado, e fomos ao lago.

Um dia de chuva e nossos casacos impermeáveis fizeram muito bem a função de nos isolar do frio e nos manter secos. Caminhamos por 1 quilômetro e chegamos às margens de um pequeno rio.

De águas cristalinas e super agitado, com grandes pedras no fundo, nos encantou! As águas são tão limpas e transparentes que fiquei encantada. Além da sua lindíssima cor verde. Se não tivesse chovendo um piquenique às margem do rio seria obrigatório.No mesmo dia, queríamos visitar o Puerto Manzano, um balneário com inúmeras praias para o verão, mas infelizmente a chuva e o frio estavam intensos. Decidimos voltar para o albergue.

Pela noite para fechar nossa curta estadia nessa linda cidade, comemos deliciosas empanadas assistindo televisão.

No dia de partir, arrumar as malas. Ir embora é o mais difícil. Uma semana em Villla La Angostura seria um tempo ainda curto.  Pensar em voltar para a loucura das grandes metrópoles é uma tarefa mental complicada.

Villa la Angostura, Neuquén, Argentina

Se me perguntarem, ‘você voltaria a Villa La Angostura?’, eu diria, ‘Com certeza!’.

Matéria de Katia Santos / Epoch Times

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