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Copa do Mundo: Cresce número de ameaças a gays que forem à Rússia

Já falei aqui sobre a preocupação com os viajantes LGBT que forem as duas próximas Copa do Mundo. Mas com a proximidade da abertura Copa do Mundo da Rússia, no dia 14 de junho, o número de ameaças está ficando ainda mais preocupante. Uma pesquisa da Bonus Code Bets mostrou que 39% dos russos disseram que é provável que LGBTs sejam atacados por cidadão russos durante o evento.

Segundo o jornal inglês The Mirror, ativistas britânicos do grupo “Pride in Football” estão reportando ameaças ao público LGBT que pretende assistir aos jogos da Copa do Mundo da Rússia no país sede. “Tem pessoas dizendo que se nos encontrarem, nos esfaquearão”, disse um dos líderes do grupo britânico, Joe White.

Mas a ameaça maior foi publicada em um jornal russo. Segundo o Current Time TV, canal em inglês em língua russa, um grupo paramilitar de cossacos vai patrulhar a cidade de Rostov, uma das cidades-sede da Copa do Mundo 2018 e local da estreia da seleção brasileira, para garantir que casais gays não troquem carícias em público. A reportagem avisa que eles ajudarão a polícia a garantir a aplicação da lei contra a “propaganda homossexual”. Os líderes do grupo afirmam que não farão nenhum ato contra os torcedores, mas avisarão imediatamente a polícia. Contudo, o grupo que é muito ligado ao presidente russo Vladimir Putin é conhecido pelos seus atos de violência. A pesquisa citada no início da matéria revela que 47% da população acredita em um ataque a LGBTs nessa cidade.

A Football Supportes Federation recentemente indicou que os torcedores LGBT não demonstrem qualquer tipo de carinho durante o período em que estiverem no país, inclusive andar de mão dadas, apesar da FIFA e do Comitê Organizador Local garantirem que dentro dos estádios não haverá nenhum tipo de proibição. Contudo organizações de direitos LGBT alertam para os cuidados nos ambientes externos.

A Federação Russa de Futebol chegou a recomendar “fortemente que não se faça propaganda de qualquer coisa relacionada a sexualidade” justificando a questão da cultura, valores e crenças locais. E chegou a dizer que quem se comportar de outra maneira deve ter cuidado por estar em uma sociedade menos tolerante.

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