Capital portuguesa prepara um conjunto de iniciativas para festejar o quinto centenário de um dos mais emblemáticos monumentos da cidade.
O ano de 2015 será muito especial para os portugueses e para os turistas que visitarem Lisboa, pois um dos mais importantes símbolos da capital de Portugal, a Torre de Belém, completa 500 anos. Por isso, para comemorar essa data histórica e recordar a inauguração deste marco do território lisboeta, a cidade promoverá um conjunto de iniciativas como exposições, ciclo de conversas, concertos, lançamento de livro, além de um congresso que vai discutir arte e cultura no período dos Descobrimentos.
Desde o início do ano, ações especiais alusivas ao aniversário estão sendo realizadas no local, a começar pelo ciclo “Conversas sobre a Torre de Belém”, que ocorrerá até junho. Outro destaque é a exposição “A magnífica e formosa torre”, que incide na história do monumento e da zona envolvente, contada por meio de uma série de painéis expositivos, colocados no exterior, junto à Torre de Belém e ao Padrão dos Descobrimentos.
Além disso, acaba de ser lançado o livro “A Magnífica Torre de Belém”, de José Manuel Garcia, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. O livro consiste numa monografia comemorativa sobre este importante monumento nacional. Diversos concertos serão apresentados no interior e exterior da Torre, e haverá, como encerramento das celebrações, a realização do congresso internacional “SPHERA MUNDI – Arte e Cultura no Tempo dos Descobrimentos”, no Centro Cultural de Belém, em outubro de 2015.
A história conta que D. Manuel I ordenou que se construísse a Torre de Belém, que foi um dos primeiros edifícios a ser classificado como “Monumento Nacional”. Idealizada anteriormente por D. João II, a torre só seria construída entre 1514 e 1519 (século XVI). Em 1983 o símbolo foi elevado à categoria de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Concebida pelo arquiteto e escultor português Francisco Arruda, o monumento é constituído por uma torre quadrangular orientada para o eixo do rio Tejo. A decoração exterior apresenta fachadas que evidenciam influências árabes e venezianas, contrastando com o interior, mais austero na sua decoração. Os elementos orgânicos do estilo manuelino estão amplamente representados, ostentando a primeira representação escultural de um animal africano, neste caso um rinoceronte.