A Europa é repleta de belos destinos, dos mais populares aos incomuns. Da Eslovênia à Croácia, passando por Montenegro e Andorra, o Velho Continente abrange muitas culturas, línguas e paisagens encantadoras e nada tradicionais aos nossos olhos.
Confira a lista com 7 cidades para fugir do óbvio na Europa
Bled – Eslovênia
Pense em uma paisagem que mescla um lago verde esmeralda, uma floresta verdejante de pinheiros, uma ilha com uma torre de igreja pontiaguda e, na margem, entrelaçando-se com os Alpes Julianos, um belo castelo. Esse lugar de contos de fadas existe, e está em Bled, na Eslovênia.
A graça da cidade é caminhar em trilhas ao redor do lago, procurando o melhor ângulo para fotografias. Uma subida ao castelo garante panorâmicas ainda mais bonitas. Pousadas e restaurantes escondem-se nas diversas ruelas que ligam a estrada principal ao lago.
Bled pode ser visitada tanto em um passeio de um dia, partindo de Liubliana, capital da Eslovênia, como sendo o principal destino. A curta distância da capital facilita muito o transporte, que pode ser feito de trem, ônibus ou carro.
Não deixe de dar uma volta ao redor do lago, um passeio de 6 km. Outra sugestão é ir até a ilha que fica no meio do lago, onde ficam a Igreja e a torre. A única maneira de chegar lá é de barco, e você pode optar pelo coletivo ou um particular. A travessia não dura mais que 10 minutos. Há vários pontos de saída de barcos em volta do lago, sendo Mlino o mais movimentado e mais fácil de encontrar barcos saindo na baixa temporada. Já Zaka é o que tem a distância mais curta entre a margem e a ilha.
No verão, você encontrar locais e turistas disputando um lugar para tomar sol, fazer um piquenique ou simplesmente apreciar a vista, que é sensacional. Não se surpreenda ao ver uma noiva chegando em um barco rumo à capela do castelo para ter seu próprio dia de princesa.
No centro da cidade há várias lojinhas e restaurantes. Durante a baixa temporada, no inverno, as ruas costumam ficar mais vazias, com mercado de Natal funcionando até as 21h.
Quanto à culinária, quando estiver por lá, não deixe de experimentar a torta típica da cidade, a Kremsnita. O restaurante do Sava Hotels é o único no mundo certificado por utilizar a receita tradicional de 1953 para fazer o doce. Para chegar a Bled você pode voar para Liubliana, capital da Eslovênia. Outra opção, caso você esteja em Veneza, na Itália, é dirigir até a cidade.
Dresden – Alemanha
Nas margens do Rio Elba, perto da fronteira com a República Tcheca, fica a belíssima cidade alemã Dresden. Capital do Estado Livre da Saxônia, é lar de 600 mil pessoas. Graças aos reis da Saxônia, a cidade de Dresden tem uma das histórias mais pomposas da Alemanha.
Como é uma cidade pequena, Dresden acaba ficando em segundo plano no planejamento de muitos turistas que viajam para a Alemanha, mas não deveria: a cidade tem muitas atrações interessantes. Um bom tempo indicado para ficar em Dresden é de pelo menos duas noites.
Sem dúvida a maior e mais importante atração da cidade, especialmente por sua história recente, é a igreja Frauenkirche. Ela foi completamente destruída durante um ataque na 2ª Guerra, e ainda que não tenha sido derrubada pelas bombas, acabou ardendo em chamas até desabar completamente alguns dias depois.
Milhares de seus pedaços carbonizados permaneceram no centro da cidade após o final da Guerra, como um memorial. Só foram mexidos novamente após a reunificação alemã, quando decidiu-se erguer a igreja novamente. Ela só ficou pronta em 2005.
E na Gemäldegalerie Alte Meister (Pinacoteca dos Mestres Antigos) ficam as obras mais especiais da cidade, como a “Madona Sistina” de Rafael. Mas não deixe de passar no Albertinum, um museu de arte moderna de 125 anos, que foi reaberto em 2010.
Além de vários pintores alemães renomados, como Caspar David Friedrich e Gerhard Richter, você vai encontrar desde a “Pequena Bailarina” de Degas até Monet, Manet, Rodin e Van Gogh.
Para curtir a cidade de Dresden, você pode voar direto para a cidade ou pode dirigir de Berlim, capital da Alemanha, ou de Praga, capital da República Tcheca. De qualquer uma das capitais, você vai levar duas horas.
Carcassonne – França
Erguida no século XII, a fortaleza de Carcassonne é uma das maiores construções medievais do continente. Para passear por lá, uma boa dica é, durante o dia, gastar um bom tempo perambulando pelas ruazinhas feitas de paralelepípedos, pontes levadiças e torres de castelo. Um cantinho mais lindo que o outro!
Pelas suas praças, onde ainda resistem alguns poços de pedra que abasteciam de água a população, distribuem-se agora esplanadas muito concorridas, com espetáculos diários de música ao vivo, bem distinta da dos trovadores Ramon de Miraval ou Peire Vidal, que lá viveram durante algum tempo no passado.
Raymond-Roger Trencavel, visconde de Albi e último senhor da fortaleza, certamente não reconheceria a sua cidade. Ainda que qualquer loja de souvenires venda conjuntos de capacete e espada, e mesmo armaduras completas.
Também é fácil encontrar relógios de sol e saquinhos de pano com ervas cheirosas, das que perfumavam as roupas das damas da época.
Durante a noite, o castelo ganha nova vida com sua magnífica iluminação. Parece que você foi transportado para um filme!
A cidade é ainda mais deslumbrante se você estiver por lá na época de Natal! Aí se prepare para as feirinhas sensacionais e para comer boa comida francesa em barraquinhas cheias de charme, acompanhado de um vinho local!
Como é uma cidade pequena no sul da França, a melhor maneira de chegar é pousando em Toulouse, que fica a menos de uma hora.
Delft – Holanda
A cidade pode ser definida como uma mini Amsterdã, com muito menos turistas. Apesar dos canais parecidos e das bicicletas paradas por todos os lados, não se engane, Delft tem sua própria personalidade.
É a cidade com a universidade de tecnologia mais antiga da Holanda. Também é famosa pelas cerâmicas em azul e branco, que todo mundo quer levar como souvenir.
Apesar dos atrativos da cidade, o melhor mesmo é sentar em algum dos muitos restaurantes e ver a vida dos holandeses. Mulheres com looks sofisticados pedalam suas bicicletas, enquanto pais buscam seus filhos e os levam para casa em caixotes de madeira na frente da bike.
Na praça principal, além de muitas lojas de cerâmica, você também vai encontrar lojas só de queijos. E eles são deliciosos! Não deixe de fazer a degustação em algumas delas.
Com certeza aqui você vai sentir o estilo de vida dos holandeses e ver de perto o que eles realmente apreciam.
A arquitetura tradicional está nos prédios centenários por todos os lados, mas o fato de ser bem menor que Amsterdã e com pouquíssimos turistas dá a sensação de que você tem a cidade só pra você.
Delft é também onde nasceu o famoso pintor Johannes Vermeer. Talvez o nome não soe familiar, mas o quadro “Moça com Brinco de Pérola” com certeza vai refrescar sua memória. Há um centro de estudos das obras de Vermeer que pode ser visitado. Um dia é perfeito para aproveitar com calma essa cidade!
Delft é uma cidade que você pode acessar de trem tanto de Amsterdã como de Haia.
Andorra
O Principado de Andorra é um pequeno país espremido na fronteira entre Espanha e França. O idioma oficial é o catalão, mas todo mundo fala espanhol, português ou francês.
Está a mais ou menos 200 quilômetros de Barcelona, e é perfeito para uma escapada de dois dias nos Pirineus, a cadeia de montanhas que fica na fronteira de França, Espanha e Andorra.
Como a cidade não tem aeroporto, a melhor maneira é ir de carro de Barcelona ou de alguma cidade no sul da França. Se for alta temporada de inverno, o único problema é que as estradas podem estar fechadas por conta da neve no caminho da França, sendo Barcelona a opção mais segura.
A capital Andorra-a-Velha é uma cidade charmosa e de onde você pode partir para conhecer as estações de esqui, já que esquiar é um dos melhores programas por lá. É possível cruzar o país em apenas uma hora, e você tem algumas opções para esquiar, inclusive para iniciantes. Entre elas, estão as famosas Grandvalira, Soldeu e El Tarter. Ah, é importante levar roupa para esquiar, já que apenas algumas lojas alugam o equipamento.
Mesmo assim, é um dos passeios mais recomendados.
Dubrovnik – Croácia
Dubrovnik é uma cidade incomparável com qualquer outra de qualquer canto da Europa. O que existe lá só existe lá. É única porque é mágica e alegre, e porque tem as paisagens mais bonitas da região.
O que mais encanta é o centro medieval rodeado por muralhas. Um terremoto em 1667 danificou algumas construções, mas ainda assim a cidade conseguiu preservar monumentos, igrejas e palácios, que podem ter estilo gótico, renascentista ou barroco.
Você se sentirá em um filme. É possível ficar em hotéis pelas escadarias da cidade murada e descer todos os dias para encontrar lojas, restaurantes e construções lindas.
No fim de tarde, o passeio perfeito é andar pela muralha que cerca a parte mais antiga de Dubrovnik. A vista lá de cima é incrível.
No fim do dia, começa tudo de novo, o piso branco salta aos olhos diante das luzes amarelas dos postes. Há restaurantes escondidos, onde você pode jantar diante da imensidão do mar sob um luar sem igual.
Nos anos 90, durante um conflito armado na região, a cidade foi bombardeada e quase 70% foi danificado, mas a UNESCO coordenou uma grande restauração depois disso. Quanto às praias, não há como negar que possuem grande beleza. A mais famosa é a de Banje, que fica ao lado da cidade antiga. As melhores, entretanto, ficam nas ilhas, sendo acessíveis através do passeio de barco.
Dubrovnik fica no sul da Croácia, mas é possível voar para a cidade. Saindo do Brasil, você pode ir de KLM, e se quiser, aproveitar uns dias em Amsterdã. Ou de Air France, e de repente passar uma noite em Paris.
Budva – Montenegro
Com praias tão bonitas quanto as da vizinha Croácia, mas com preços bem mais baixos, Montenegro se mostra cada vez mais um grande destino do verão europeu. O balneário mais badalado do país é Budva, a menos de duas horas de carro da cidade croata de Dubrovnik.
Budva não é uma cidade desconhecida ou pouco turística. Pelo contrário, é bastante movimentada, embora não muito por brasileiros. Nos últimos anos, russos e sérvios têm visitado cada vez mais a região, e vão para lá em bandos nos meses de verão.
O centro histórico de Budva, chamado de Stari Grad, é a grande atração da cidade – além das praias e das baladas. Tem aquela filosofia comum a cidades históricas, onde a grande atração são as ruelas em si, circular sem rumo observando os detalhes, as cores, as construções e as vitrines.
No caso de Budva, isso é particularmente interessante porque toda a área de Stari Grad é fechada para carros, o que torna muito mais fácil e agradável circular por ali.
Você pode facilmente estar andando por uma ruela, ver um pequeno túnel e, ao atravessá-lo, se deparar com uma praia lotada.
Já a orla, perto dali, é bem bonitinha, com areia e diferente das praias de pedras croatas. São muitos restaurantes que fazem o serviço de praia, com espreguiçadeiras ou mesinhas com vista para o mar. A cerveja mais famosa tem um nome complicado: Nikšicko. Mas pode chamá-la de Nik que todos entenderão.
Budva fica no sul de Montenegro, e apesar de muitas pessoas optarem por fazer passeios saindo de Dubrovnik, um dos aeroportos internacionais fica a menos de uma hora da cidade. É possível voar de Alitalia, com escala em Roma, para o Aeroporto de Podgorica, já em Montenegro.
Conteúdo publicado originalmente em Smiles
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