Embarque na Viagem

Além de perfeito para a prática do esporte devido aos ventos alísios, percurso entre Touros (RN) e Preá (CE) atravessa praias e regiões de rara beleza

O desafio de velejar por cinco dias e 500 quilômetros não é a única motivação para os inscritos no Sertões Kitesurf Rio Grande do Norte. O percurso que levará a caravana de Touros, no Rio Grande do Norte, até a Praia do Preá, no Ceará, entre os dias 8 e 14 de outubro, proporciona visuais de tirar o fôlego. Cenário perfeito para um rally que tem muito de aventura, descoberta e conexão com a natureza.

O rally começa na ‘esquina do Brasil’: Touros, vizinha a São Miguel do Gostoso, é o ponto mais a Leste da América do Sul ou, como se costuma dizer, o lugar onde o vento faz a curva. Ambas contam com belas praias e, pela condição geográfica, brindam os turistas com um pôr do sol deslumbrante. No caminho do primeiro dia, as dunas começam a aparecer – as praias de Enxu Queimado (em Pedra Grande) e do Farol (São Bento do Norte) recebem os time targets e check points, pontos que vão aferir a passagem dos kitesurfistas e determinar a saída da água de quem estiver abaixo da média de velocidade prevista. O destino é a Praia do Minhoto, em Guamaré, conhecida pelas águas calmas e pelas piscinas naturais que se formam na maré baixa.

O segundo dia começa em Guamaré para o grupo da Elite e de Areia Branca para as demais categorias. A região, conhecida como costa branca, é palco de um raro encontro entre o Sertão e o mar, que se concretiza na imensidão de dunas de tons avermelhados, cenário de novelas e séries de TV. Também é uma das principais produtoras de sal marinho do país. A Praia de Pernambuquinho (em Grossos) e suas embarcações pesqueiras recebem o último time target antes do fim da etapa, já em litoral cearense: a Praia da Placa, em Icapuí. Uma região em que se destacam as dunas, trechos de mangue e falésias, além da pesca da lagosta.

As falésias, aliás, dão o tom na terceira etapa e acompanham os competidores por boa parte do dia. Com direito à largada de uma praia que dispensa apresentações: Canoa Quebrada, um dos destinos mais procurados pelos turistas no Ceará. O destino é a Praia do Uruaú , em Beberibe, que não recebe o nome por acaso, já que fontes de água doce brotam das falésias.

O Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, é o ponto de partida do quarto dia, com time targets nas praias de Lagoinha, em Paraipaba, e de Guajiru, em Trairi. A primeira é um dos principais cartões-postais cearenses, com suas dunas e lagoas de água doce. Na segunda, a barreira natural de corais garante água tranquila aos banhistas. Beleza também não falta na Praia de Icaraizinho, em Amontada, que recepciona os kitesurfers e a Vila Kite, em que o grupo passará a noite.

É desse cenário que os competidores largam para concluir o desafio. Passam pela Praia de Almofala (Itarema) e suas dunas; também pela Praia da Arpoeiras, considerada a maior praia seca do Brasil (na maré baixa é possível avançar até 1 km em direção ao mar) e chegam na mais que charmosa Preá e suas grandes extensões de areia. A região reúne as condições ideais para a prática do kitesurf – e a estrutura completa do Rancho do Kite, o local perfeito para conhecer os campeões do Sertões Kitesurf Rio Grande do Norte e encerrar uma aventura inédita.

Várias feras da modalidade já confirmaram presença: Reno Romeu (primeiro brasileiro a ganhar um campeonato mundial e recordista do Guinness World Records em giros 360º consecutivos), Bruna Kajiya (tricampeã mundial de kitesurf), Fernando Fernandes, atleta paralímpico e desbravador dos esportes adaptados e um dos maiores kitesurfistas do mundo, Marcela Witt (campeã brasileira de strapless e competidora internacional), Guilly Brandão (3x campeão mundial e 9 x Brasileiro), Kauli Seadi, referência em windsurf e kitesurf no mundo, entre outros.