Museu homenageia grande cineasta italiano Federico Fellini
Se você gosta de um bom filme no cinema, com certeza, já deve ter escutado falar a respeito de Federico Fellini (1920-1993). O cineasta italiano, famoso por se definir como um “mentiroso costumaz”, ficou famoso por elaborar lendas sobre si mesmo nos filmes em que produziu, como dizer que sua mãe havia lhe dado à luz em um vagão de primeira classe, em um trem que ia diretamente para Viserba (Rimini), até uma das cidades vizinhas. Não coincidentemente, sua terra natal ganha um museu dedicado à vida e à obra do ator Federico Fellini, em uma homenagem a um dos grandes nomes artísticos da Itália.
Fellini fez parte de um pequeno grupo de diretores de cinema consagrados pelo dicionário de Oxford como “Felliniesque”, definido como “bizarro, fantástico, suntuoso e extravagante”, definição na qual se basearam os produtores e organizadores do Museu Fellini a exibirem o máximo de “Felliniesque” ao museu dedicado a Fellini, fazendo jus à sua história como personalidade e como grande cineasta. O museu é um projeto multimídia, que visa conduzir os visitantes pelo universo cinematográfico do diretor, por meio de uma imersão profunda.
O museu trata do fantástico ao navegar pelo “Livro dos Sonhos”, que contém páginas de desenhos e pensamentos de Fellini sobre pensamentos noturnos – aqui, os visitantes sopram uma pena para revelar as páginas do livro. Também trata do suntuoso, pois faz questão de evidenciar os figurinos eclesiásticos do desfile de moda, presentes no filme “Roma” (1972); e, por fim, também trata do bizarro, pois faz parte da exposição do museu uma escultura de pelúcia gigantesca, que remete à personagem da atriz Anita Ekberg, que serve de “apoio” para que os visitantes assistam ao filme “La Dolce Vita”.
De acordo com Marco Bertozzi, que fez a curadoria do museu com Anna Villari, “a intenção era fazer um museu que fosse além dos recursos primários exibidos em vitrines e permitisse ao visitante se transformar em um espectador engajado”. Ocupando dois edifícios históricos, sendo um deles um castelo renascentista, que repartem uma praça no centro de Rimini, a expectativa é de que o museu traga fãs de Fellini e turistas curiosos para conhecer sua obra.
O museu já está aberto para visitação. Para quem quiser se aventurar pelo universo cinematográfico de Fellini, não se esqueça de checar as condições sanitárias, devido à pandemia de COVID-19, e prepare-se para passar longas horas no museu. Se levar crianças, não se esqueça de vesti-las com roupas confortáveis, como um bom tênis infantil masculino e roupas de acordo com o clima.
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