Objetivo da coloração pessoal é favorecer a escolha de cores de roupas e acessórios que evidencie as qualidades deixando a pessoa em destaque
Quando há um evento ou ocasião importante, é sempre um momento para analisar as opções de roupas que existem no armário para compor uma combinação à altura da situação. Normalmente, a preocupação é mais palpável na escolha de uma peça, com a consideração do corte, caimento e destaques, como brilhos ou paetês. No entanto, também há um outro fator para tornar a decisão certeira: as cores.
Ainda que uma peça de roupa seja ideal para uma ocasião, a escolha da cor pode ter mais peso do que a roupa em si, de acordo com a colorimetria. Isso porque, enquanto o uso das vestimentas está ligado ao momento – roupas formais de festas para formaturas e casamentos, peças leves para passeios ao ar livre e composições mais sérias para o trabalho, por exemplo -, as cores são o ponto de realce na aparência geral, já que, dependendo dos tons, a pele pode ficar mais iluminada ou opaca.
Os estudos sobre as influências das cores na aparência das pessoas começaram na virada do século, com artistas como Chevreul, Ostwald, Munsell, Itten e Dorr. Nos anos 20, a escola Bauhaus seguiu com as análises sobre o tema, contribuindo para os raciocínios sobre coloração pessoal. Foi apenas na década de 80, com o lançamento do livro Color me beautiful, de Carole Jackson, que a técnica ganhou adeptos.
Jackson dividiu as colorações em quatro grandes grupos: primavera, verão, outono e inverno. Posteriormente, Mary Spillane atualizou a classificação das estações, com subdivisões, para 12 tipos: verão puro, suave e claro; inverno puro, intenso e profundo; primavera pura, clara e intensa e outono puro, suave e profundo.
Como funciona?
A técnica consiste em combinar as cores das peças de roupas e acessórios com as cores pessoais – nesta etapa, considera-se os cabelos, cílios, sobrancelhas e pelos em geral, olhos, pele e veias – para obter uma harmonia perfeita. Caso seja colocada em prática, a combinação certa das cores pode deixar a pessoa com os olhos mais brilhantes, pele mais iluminada e suave, com manchas, rugas ou linhas de expressão atenuadas, além de dar maior evidência ao contorno e dar a impressão de dentes mais brancos.
Para isso, profissionais de consultoria de moda ou especialistas em cor fazem uma análise com vários tecidos coloridos em contraste com a pele da pessoa para verificar em qual das paletas há a iluminação natural da pele. Normalmente, os testes acontecem em locais já com iluminação natural, sem a interferência de maquiagem e com a tentativa de visualizar as diferenças a olho nu. Assim, há outras subdivisões a serem consideradas durante os testes:
- a temperatura (quente, neutra ou fria);
- a profundidade (clara, média ou escura);
- a intensidade (opaca, média ou brilhante);
- o contraste (alto, médio ou baixo).
Lembrando que o tom de pele visível não tem, necessariamente, relação com a temperatura do subtom, que é definido de acordo com a tonalidade das veias, já que há ligação com as hemoglobinas – proteína presente nos glóbulos vermelhos e responsável pela coloração avermelhada no sangue – e caroteno – pigmentos orgânicos responsáveis pelas cores amarela, vermelha, verde e alaranjada em alguns alimentos.
Em geral, pessoas com paletas classificadas como verão ou inverno e, suas subdivisões, tendem a usar as cores mais puras, como o azul, em diferentes tons: o escuro, para o inverno e o claro para o verão. Nos casos de primavera e outono, consideradas estações quentes, trazem mais dourado, amarelo e tons terrosos às colorações.
Adequação do guarda-roupa
Após os testes e definição de qual paleta é mais adequada e favorável, não é preciso se desfazer das peças com tons de fora da coloração pessoal. Acontece que, a técnica serve para ajudar na composição total do look, mas não é rígida quanto ao uso de outras cores. Então, caso o preto seja uma das suas cores favoritas e não esteja entre as que mais te favorecem, ainda é possível usá-la em peças e acessórios que ficarão longe do rosto ou, mesmo sabendo sobre os efeitos, utilizar a cor vez ou outra.
Entre os objetivos da coloração pessoal está o uso correto das cores para obter uma aparência mais harmônica. Sendo assim, usar tons da paleta é indicado no trabalho, festas ou eventos em que esse atributo for importante para a pessoa. Porém, outras cores não precisam ser descartadas, apesar de que, ao aceitar usá-las, a pessoa saberá que o tom não a favorece e poderá adicionar acessórios de outros tons para amenizar os efeitos.
Preservação
O uso de roupas com tonalidades fora das paletas é incentivado, justamente por ajudar a compor o look e, também, para preservar as peças dentro da colorimetria para ocasiões mais importantes e necessárias. Além disso, para aumentar a durabilidade das roupas, é essencial olhar a etiqueta para saber se ela pode ser passada ou colocada em contato com os tipos de sabão usado, entre outros itens. Utilizar uma lava e seca para diminuir o tempo de exposição ao sol ajuda. Cuidados no momento de pendurar no cabide ou de dobrá-las também são essenciais para manter o aspecto de novas.
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