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1933: a tomada do Poder

Há 88 anos, Adolf Hitler era nomeado chanceler do Terceiro Reich e seu assombroso poder ganhava força. Conheça quem foram os personagens que participaram deste momento sombrio da história mundial

1933

Em 30 de janeiro de 1933, o portão de Brandemburgo, na Alemanha, uma das antigas portas de entrada de Berlim estava prestes a virar o cenário para uma sombria passagem da história mundial.  Embaixo a quadriga de cobre que representa a Deusa da paz, membros da SA e tropas de choque do partido nazista comemoravam o grande triunfo político de Hitler: ser nomeado chanceler do Reich, pelo então presidente alemão, Paul von Hindenburg.

Aclamada pela propaganda nazista como o dia da tomada do poder, a nomeação de Hitler não só foi constitucional, como também foi seguida das seguintes palavras de Hindenburg: “E agora, meus senhores, para frente com a ajuda de Deus!”, que não presenciou o impacto de sua decisão, morreu antes do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Mas assim como ele, muitos se tornaram protagonistas nessa trajetória de horror.

Em Personagens do Terceiro Reich:  A história dos principais nomes do nazismo e da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, publicada pela Editora 106, o historiador Rodrigo Trespach apresenta a biografia das pessoas que, de uma forma ou de outra, tiveram suas histórias entrelaçadas ao nazismo.

Conheça agora, quatro personagens que foram cruciais tanto para a noite de 30 de janeiro quanto para os fatos que viriam depois.

Franz von Papen, ex-chanceler e ministro-presidente da Prússia, foi o responsável pela indicação de Hitler para a Chancelaria pelo presidente. Apresentado como um político de caráter dúbio, rapidamente foi marginalizado do governo nazista e acabou servindo como embaixador do Reich em Viena e Ancara.

Erich von Manstein era considerado pelo Fürher o melhor cérebro do Exército. O estrategista ingressou cedo na carreira de militar, tinha 13 anos. Foi Manstein que planejou o ataque principal à França, o “corte de foice”, conquistado o país em menos de quatro semanas – Manstein foi alçado a “gênio operacional” e promovido a general de infantaria. Depois teve seu ponto mais alto, quando tomou Sebastopol, na Crimeia. A conquista, ao custo enorme de vidas e material, valeu a ele o posto de marechal de campo e o reconhecimento até mesmo do inimigo.

Joseph Goebbels, conhecido como o mago da propaganda nazista, foi o responsável por articular as mensagens de tomada do poder e organizar o “espetáculo” na noite de 30 de janeiro. Figura singular dentro do partido, era um dos mais odiados tanto por seus pares quanto pela população alemã em geral, foi bem-sucedido ao dedicar sua vida ao Fuhrer. No entanto, curiosamente, seu antissemitismo virulento foi desencadeado apenas após a entrada para o círculo nazista. Enquanto esteve na Universidade de Heidelberg, procurou e obteve a orientação de professores judeus, como Friedrich Gundolf, que admirava, e Max Walberg, que, por fim, concedeu-lhe a orientação para o doutorado. Goebbels também teve um caso com uma professora judia que durou quase cinco anos, mantendo o relacionamento até 1927.  Goebbels foi o principal orquestrador da Noite dos Cristais, em 1938, que destruiu sinagogas, empresas e propriedades privadas de judeus e chocou até mesmo o alto escalão do Partido Nazista

Martin Bormann, praticamente desconhecido fora do entourage de Hitler, mas muito temido no círculo privado, Bormann tinha o apelido de “o Fuhrer das sombras”. Apesar de ter entrado tarde para o partido nazista (em 1927), foi um fiel secretário e tornou-se líder do Estado-Maior de Hess no mesmo ano da tomada do poder. Com acesso direto a Hitler, foi encarregado da administração de seus bens e em 1939 mandou construir o “Ninho da Águia”, no cume rochoso de Kehlstein, a quase 2 mil metros de altura. Em 1941 foi nomeado chefe da Chancelaria do partido com poderes de ministro, dois anos depois secretário particular de Hitler.  Onipresente e influente, todos os poderosos do Terceiro Reich o odiavam e o temiam, até mesmo Heinrich Himmler, o líder da SS, e Goring. Eva Braun o detestava.

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