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11 curiosidades sobre o Antigo Egito

Nós acabamos nos habituando a ouvir várias histórias sobre o Antigo Egito que ele acabou fazendo parte de nossa curiosidade cotidiana, certo? Muitas vezes, ouvimos versões até diferentes sobre um mesmo fato e isso acaba gerando uma grande confusão. Aí a gente chega no Egito, se prepara para visitar todos aqueles lugares incríveis e quando começa a ouvir as explicações dos guias, pronto, dá um nó na cuca daqueles. Pois é meu caro leitor, isso acontece conosco também, não é porque trabalhamos com turismo que sabemos de absolutamente tudo quando chegamos em um “destino turístico”. Hoje, resolvemos contar pra você algumas curiosidades sobre esse Antigo Egito que vira e mexe está passeando por nosso imaginário. Vamos lá!

Antigo Egito

1 – Cleópatra não era egípcia

Exceto pelo faraó Tutancâmon, Cleópatra VII é, sem dúvida, a figura histórica mais associada ao Antigo Egito. Mas, apesar de ter nascido em Alexandria, ela pertencia a uma antiga linhagem de gregos macedônios, descendentes de Ptolomeu I, um dos conselheiros mais próximos de Alexandre, O Grande. A dinastia ptolomaica governou o Egito de 323 a 30 a.C. e seus líderes, a maioria composta por gregos, influenciou imensamente o aspecto artístico e cultural da civilização egípcia. Na verdade, Cleópatra foi famosa por ser um dos primeiros membros da dinastia ptolomaica a dominar o idioma egípcio. Hummm, danadinha!!

2 – Os antigos egípcios adoravam uma jogatina

Depois de um longo dia de trabalho no Nilo, os egípcios costumavam relaxar disputando um dos diversos jogos de mesa como o “Mehen”, “Cachorros e Chacais” ou o mais popular deles, um jogo de azar conhecido como “Senet”. Esse passatempo remonta ao ano 3.500 a.C e era praticado sobre uma grande mesa pintada, com 30 armários. Cada jogador usava um conjunto de peças que avançavam sobre o tabuleiro. O jogo era tão popular que a maioria dos faraós era enterrada com ele. Credo, que gente apegada!!

3 – As mulheres egípcias tinham seus direitos reconhecidos e bastante liberdade

Apesar de, historicamente, a sociedade considerar a mulher inferior ao homem, as egípcias desfrutavam de independência jurídica e financeira. Podiam comprar e vender propriedades, participar de juris, deixar testamentos e até efetivar contratos legais. Embora, normalmente, não saíssem de suas casas para trabalhar, as que o faziam recebiam o mesmo salário que o homem pela mesma tarefa. Diferentemente das mulheres gregas, que eram propriedades dos maridos, as egípcias podiam se divorciar e casar novamente. Os casais do Antigo Egito costumavam fazer contratos pré-nupciais, onde os bens e riquezas que a mulher trazia à sociedade conjugal eram enumerados, o que garantia uma compensação por eles, em caso de divórcio. 

Antigo Egito

4 – As pirâmides não foram construídas por escravos

A vida de um trabalhador de construção das pirâmides não era nada fácil. Prova disso são os esqueletos que revelam artrite e outros males. Mas as evidências sugerem que essas enormes tumbas não foram construídas por escravos e, sim, por trabalhadores assalariados. A mão de obra empregada na construção era de artesãos qualificados e operários temporários. Os hieróglifos próximos aos monumentos e pirâmides demonstram a utilização de apelidos bem-humorados para as equipes, com “Os bebuns de Micerino” ou “Os amigos de Quéops”. Aposto que você, como eu, aprendeu na escola que o povo egípcio escravizado era obrigado a construir as pirâmides e acumular riquezas para os faraós. Eu sei que você também ficou de queixo caído com essa revelação. 

5 – Os egípcios tinham diversos animais de estimação

O povo egípcio considerava os animais encarnações dos deuses e foram uma das primeiras civilizações a adotá-los como animais domésticos. Os egípcios eram amantes de gatos (relacionados a deusa Bastet), falcões, cachorros, leões e macacos. Os animais de estimação ocupavam uma posição privilegiada nos lares da época e eram mumificados e enterrados com seus donos, quando eles morriam. Sabe-se também que os policiais do Antigo Egito utilizavam cães e macacos treinados em patrulhas. Ai gente, é muito amorzinho por essa galera, viu.

Antigo Egito

6 – Tutancâmon pode ter sido assassinado por um hipopótamo

Pouco se sabe sobre a vida do jovem faraó Tutancâmon. Mesmo assim, alguns historiadores asseguram saber exatamente como ele morreu. O estudo de sua múmia indica que ele foi embalsamado sem seu coração ou sua caixa torácica, uma alteração bastante drástica de acordo com as tradições funerárias da época e que pode indicar o fato de Tutancâmon ter sofrido uma lesão horripilante, que deformou seu corpo. Segundo diversos egiptólogos, uma das causas mais prováveis para tal ferida seria a mordida de um hipopótamo, cuja caça desportiva era uma tradição daquele tempo. Não quero nem imaginar a cena.

Antigo Egito

7 – Muitos médicos egípcios tinham especialidades determinadas

A profissão de médico na Antiguidade costumava ser genérica, ou seja, o profissional estudava e empregava todo o conhecimento disponível sobre a saúde do corpo humano. Existem provas, porém, de que os médicos egípcios se agrupavam e atuavam em determinadas partes do organismo. Pode-se dizer que foi uma forma bastante antiga de especialização médica. O historiador grego Heródoto observou, a partir de 450 a.C que, no Antigo Egito, havia um médico para curar cada tipo de doença: alguns cuidavam dos olhos, outros dos dentes, entre outros exemplos. Desde sempre fazendo da forma certa.

8 – Os trabalhadores egípcios faziam greve

Os trabalhadores do Antigo Egito não pensavam duas vezes em protestar por melhores condições de trabalho. Um dos exemplos mais famosos foi o da grande greve de trabalho ocorrida no século XII a.C, durante o reinado de Ramsés III. O que motivou o protesto foi a falta de pagamento, na época feito em grãos, aos trabalhadores envolvidos na construção da necrópole real de Deir el-Medina. O protesto foi pacífico e consistiu na ocupação dos templos mortuários até um líder ser ouvido. A greve foi bem-sucedida. Depois de receberem seus grãos, todos retornaram ao trabalho. Taí um povo que sempre exigiu que seus direitos fossem respeitados.

A pirâmide de Khafre e a Grande Esfinge de Gizé, no platô de Gizé, na cidade do Cairo, no Egito

9 – Os faraós do Antigo Egito sofriam de obesidade 

A arte egípcia retratava os faraós sentados e com corpos esculturais, mas a dieta faraônica revela outra história. Rica em cerveja, pão, vinho e mel, a alimentação egípcia era riquíssima em açúcar e diversos estudos demonstram que, na cintura da realeza, os quilos se acumulavam ainda mais. O exame de várias múmias revelou que muitos imperadores eram gordos e tinham uma saúde debilitada, agravada pelo diabetes. Um dos exemplos mais notáveis é o da rainha Hatshepsut, que em seu sarcófago é representada por um corpo esbelto e atlético, mas, na vida real, era gorda e careca. Mas gente, essa não botava a foto verdadeira na rede social.

10 – Homens e mulheres egípcios usavam maquiagem 

A vaidade é tão antiga quanto a humanidade e os antigos egípcios não foram exceção. Homens e mulheres se maquiavam pesadamente e acreditavam que o costume invocava a proteção dos deuses, mais exatamente Horus e Ra. Os cosméticos eram feitos à base de diversos minerais e misturados a uma substância chamada Kohl. A mistura era aplicada aos olhos com utensílios feitos de madeira, osso e marfim. Também era bastante comum o uso de perfumes, feitos com uma base de óleo, mirra e canela. Além disso, acreditava-se que a maquiagem tinha propriedades de cura. A pesquisa mostra que os cosméticos com chumbo, muito usados ao longo do Nilo, ajudavam a evitar infecções oculares. Eu voto por todo mundo continuar se maquiando de forma igual nos dias de hoje.

11 – Os antigos egípcios forjaram um dos mais antigos tratados de paz da história

Durante séculos, os antigos egípcios lutaram contra o império hitita pelo controle das terras que formam o atual território da Síria. Ramsés II governou sob ameaça constante de invasões em seu território por diversos povos. E foi então que, em 1259 a.C, egípcios e hititas negociaram um tratado de paz que deu fim ao conflito armado e promoveu um acordo de cooperação mútua, para evitar uma invasão por um terceiro povo.

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