Não podia começar esse texto de outra maneira que não com a definição de comida. Afinal, o que seriamos nós sem ela, que é o dilema da vida do homem moderno. O desejo de comer x o desejo de ser magro.
Há quem encare a comida apenas como uma maneira de sobrevivência, que não tem interesse em entender de onde vem e como são tratados os ingredientes que consomem.
Alguns anos atrás comecei a me interessar por aquilo que ingeria, de um livro sobre a história da culinária passei para outro de receitas, que me levou a outro de ingredientes e se tornou um vício sem fim. Compro, leio do início ao fim e reproduzo aquelas receitas que acredito ser capaz. Nunca fui de inventar pratos, meu negócio é mesmo a adaptação.
Da experiência em casa para as mesas dos restaurantes da cidade e do mundo, já com um olhar mais crítico que antigamente, passei então a buscar nas refeições que fazia o maior prazer possível.
Foi isso que a comida se tornou na minha vida, objeto de estudo, de admiração, de fascinação, inspiração, de paixão.
Uma vez nesse mundo não há volta, comecei a descobrir chefs, cozinheiros, produtores, pessoas que tem a comida não apenas como hobby, mas como trabalho. Cada dia uma nova descoberta, uma nova cor, um novo cheiro e finalmente um novo sabor.
Até o dia em que me dei conta que a comida é forma de expressar a arte. Um mesmo sabor com diferentes texturas e formatos. Novas misturas… um mundo infinito para ser desbravado.
São essas descobertas que estarei dividindo com vocês aqui nesse espaço. Sem a pretensão de uma especialista, apenas uma apaixonada curiosa que tem entre os prazeres da vida dividir suas vivências.