O Brasil esconde uma infinidade de tesouros naturais e culturais preparados para serem descobertos. Você que viaja por esse país multicultural, pode ter certeza que, ao andar pelas ruas de qualquer cidade, verá sempre um grupo de pessoas em uma roda de capoeira ao ritmo dos berimbaus e outros instrumentos de percussão. A capoeira está em todos os cantos do Brasil. Esta combinação de dança, música, acrobacias e expressão corporal de origem africana, foi se estendendo ao longo da história a todos os lugares do país. A sua origem continua sendo incerta.
Segundo alguns estudiosos, a capoeira designava um tipo especial de gaiolas nas quais se transportavam as aves que eram conduzidas pelos escravos aos mercados durante os séculos XV e XVI. O termo se estendeu aos escravos, trazidos de Angola e da África em geral e, segundo os defensores desta teoria, enquanto aguardavam a chegada dos comerciantes, os escravos se divertiam praticando esta arte-luta. Entretanto, outros afirmam que era uma variante de uma dança cortejo angolana. Se foram os escravos os que adaptaram uma dança preexistente no Brasil ou vice-versa, é algo que ainda não se determinou. Mesmo assim, a capoeira surgiu como uma forma de resistência à opressão, uma arte praticada em segredo, como homogeneizadora dos africanos sob a opressão escravista.
Quando a escravidão foi abolida em 1888, os escravos libertos se transferiram a diferentes cidades do Brasil. Muitos se uniram para formar grupos criminosos, que se moviam à margem da lei em uma situação na qual o emprego escasseava. Dentre as suas tradições estava a capoeira, que foi associada inevitavelmente com o crime e, como consequência, proibida. O castigo por sua prática era extremo: os infratores tinham seus tendões cortados nas costas e nos tornozelos. Mas continuaram praticando-a na clandestinidade.
Em princípios do século XX, Mestre Bimba, um mestre na arte da capoeira, abriu a primeira academia para o seu ensino. Sua capoeira mudou a concepção que se tinha desta arte, eliminando os rituais e tradições existentes. Sua importância foi tamanha que, em 1937, foi convidado a atuar com seus alunos em um evento para o presidente do Brasil de então, Getúlio Vargas. Este ficou tão impressionado que declarou a capoeira o esporte nacional do Brasil.
Na atualidade, esta arte marcial não só é ensinada como uma arte, mas também como uma forma de vida, uma inspiração na qual duas pessoas lutam seguindo o ritmo da música sem se tocar (embora existam versões nas quais, sim, há golpes). É uma forma de integração social, sem discriminação de religião ou status social, na qual nenhum dos participantes pretende demonstrar a superioridade de alguém com relação aos demais.
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