A retomada das viagens de estudantes aos países de intercâmbio não depende apenas da reabertura das fronteiras, mas sim da situação econômica nos destinos
A reabertura das fronteiras não é a única questão para a retomada dos programas de intercâmbio em todo o mundo. Tudo depende também da situação econômica dos países.
Alguns destinos como é o caso da Austrália, que segue totalmente fechada na atual “bolha – Austrália e Nova Zelândia”, vem sofrendo alta pressão política no fator econômico porque apesar do brilhante resultado em termos de saúde e controle da pandemia, aumentam os problemas práticos de falta de mão de obra e mesmo por parte do setor de educação internacional que deixa de movimentar milhões causando forte impacto no PIB do país.
Grandes escolas diminuem os investimentos locais, seguindo com suas redes para outros destinos mais flexíveis e as menores escolas começam a ter sérios problemas financeiros causando uma ruptura e exigindo intervenção de toda a indústria educacional. A retomada ao normal exige uma atenção especial ao crescimento econômico que é movido pelos estudantes internacionais.
“Mais pessoas vão querer ir para estes países considerados saudáveis e seguros e com isso, vão abrir vagas de trabalho em especial para atender turistas. O setor de hospitality é o que mais contrata estudantes internacionais e é fácil ver que uma coisa puxa a outra.” A análise é de Alexandre Pucci, fundador da Information Planet e vice presidente da Abraseeio – Associação Brasileira de Agências Especializadas em Intercâmbio para Oceania.
Na visão do executivo, há sinais positivos de retomada dos programas de intercâmbio para a Austrália e Nova Zelândia, mas há muita especulação no mercado. “Não dá para precisar quando estaremos de novo trabalhando a pleno vapor, mas podemos dizer que os sinais são bem positivos. O movimento dos Estados Unidos feito ontem (com a liberação para estudantes brasileiros em programas de intercâmbio) prova isso e precisamos não só que as fronteiras estejam abertas, obviamente, mas que a retomada econômica seja positiva para que haja uma experiência positiva no programa de intercâmbio”, disse o executivo.
Os programas mais procurados tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia são de trabalho e estudo e já nos Estados Unidos, existe uma grande procura de cursos superiores os quais foram os primeiros a serem restabelecidos.
A tendência para a retomada das viagens deve ainda ser atendida pelo Canadá que tem início de curso superior em maio – para os intakes de Primavera e depois em setembro para os que iniciam no outono.
“Vale desde já pensar que um programa de longa duração exige um bom tempo de organização e por isso, aproveitar este período de fronteira fechada para iniciar as negociações e burocracias de visto pode ser uma boa solução para garantir valores promocionais e fazer as coisas com a calma necessária, deixando tudo pronto para no momento de reabertura o estudante possa seguir viagem.”
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