Entre praias, florestas e pequenas aldeias, Portugal revela uma porção de lugares incríveis e atraentes. Indo além de Lisboa, a conhecida capital, o lado mais interiorano é que esconde cantos dos mais encantadores. Confira abaixo quais são eles:
Ribeira de Odeleite – Castro Marim
Este belo rastro de água é também chamado de Rio do Dragão Azul. Fonte de águas claras, é considerado sagrado pelos chineses, que mantêm um fascínio pelo local tão longe de seu país. A barragem em Algarve acabou trazendo sorte, já que por causa dessa fama, o turismo cresceu consideravelmente.
Quinta da Regaleira – Sintra
Um monumento tão surpreendente só poderia ter saído de contos de fadas, certo? Errado. A Quinta da Regaleira é bem real e tem em seu território um palácio, com jardins, lagos, grutas e este poço enigmático, construído com base na alquimia. Bem interessante para quem adora mistérios e descobrir mais sobre simbologia.
Casa do Penedo – Fafe
Na região norte de Portugal, uma casa de pedra impressiona por seu formato bem curioso. Formada por quatro rochas de grandes dimensões, a Casa do Penedo é uma residência rural de férias, construída em 1974. Em seu interior, onde não há nenhuma instalação elétrica, o estilo rústico é predominante, com mobília, escadas e corrimão feitos de troncos.
Caverna Benagil – Lagoa
Formada pela erosão do vento e da água, esta cavidade natural impressiona por sua beleza e estrutura. O acesso é feito por barco ou caiaque, levando cerca de 1 hora para ir e uma para voltar. Com esse visual, pode ter certeza de que o passeio vale a pena.
Azenhas do Mar – Sintra
Não muito distante de Lisboa, a cerca de 40km, e mais próxima ainda do centro histórico de Sintra, fica esta simpática aldeia em forma de berço, entalada num rochedo e com a maioria das casas pintadas de branco. A aldeia romântica é formada por casinhas construídas em cima de uma rocha, perto de um dos melhores mirantes da região. O grande atrativo é uma piscina cravada na rocha, própria para banhos refrescantes no Verão.
Ourique – Alentejo
Alentejo é marcada pelo tempo, com muralhas, castelos, pátios e jardins. A vila de Ourique passou de campo agrícola para bairro residencial em 1879. Belos edifícios do século 19 encantam os turistas, que passeiam também no Mercado de Campo, uma das principais atrações turísticas, construído há oito décadas atrás.
Praia Dona Ana – Lagos
Considerada a melhor praia de Portugal e até a mais bonita do mundo por algumas publicações importantes, esta pitoresca faixa litorânea é pequena no tamanho e grande em sua beleza. Falésias cercam a baía, banhada por águas cristalinas que divertem os turistas aos fins de semana, deixando o local bastante cheio. Até a gente quer estar lá!
Palácio da Pena – Sintra
Este foi o primeiro palácio de estilo romântico de toda a Europa. Construído para ser observado de qualquer ponto do Parque Nacional da Pena, tem em seus arredores uma floresta e jardins luxuosos com mais de 500 espécies arbóreas, vindas de várias partes do mundo. As princesas piram!
Piódão – Arganil
Piódão faz parte das “Aldeias Históricas de Portugal”, um conjunto de aldeias e vilarejos que foram restaurados e se encontram protegidos, devido à sua importância histórica. Não sendo propriamente desconhecida entre os portugueses, é muitas vezes deixada de fora pelos visitantes, que acabam se rendendo mais facilmente aos longos areais do Algarve.
As paredes de xisto e as portas e janelas pintadas de azul caracterizam a aldeia, que nos períodos festivos, como Páscoa e Natal, vê regressarem muitos dos jovens que foram obrigados a deixar a terra em busca de melhores condições de vida. A população que por aqui ficou vive essencialmente da agricultura e faz as delícias dos visitantes, já que alia a hospitalidade a uma forma de vida que mantém tradições com séculos de história.
Piódão impressiona pela longevidade, com casas que parecem estar no mesmo ponto em que estavam quando foram construídas, com as ruas apertadas e o chão de pedra a nos transportar para um tempo que não é o nosso.
Nota: Se visitar Piódão, separe um tempo para ir até à aldeia vizinha de Foz d’Égua, onde encontrará a natureza em estado puro da Serra do Açor, o ponto de encontro de duas ribeiras, a de Piódão e a de Chãs, com uma ponte no melhor estilo Indiana Jones, e uma praia fluvial que será uma tentação nos dias mais quentes.
Portas de Ródão
Classificada desde 2005 como Monumento Natural, esta é, de fato, uma das mais majestosas construções da natureza em terras lusitanas e um dos pontos altos do Rio Tejo. A formação geológica foi criada por uma falha tectónica e pela erosão das águas do Rio junto do relevo rochoso da Serra das Talhadas, fraturando-a e abrindo um caminho de 45 metros de largura, onde o Rio hoje continua seu curso natural.
A biodiversidade é uma das riquezas das Portas de Ródão, atraindo bird watchers e abrigando algumas espécies raras e em vias de extinção. Também por isso, vale a pena se entregar a um dos barcos que operam passeios turísticos ao longo do Rio, parar na ponte que o atravessa ou pegar o trem da linha da Beira Baixa.
Monsanto – Beira Baixa
Também parte do grupo de aldeias histórias, Monsanto tem a particularidade de ter sido construída em meio a enormes pedregulhos, hoje cobertos de musgo e que oferecem outra cor a este lugar. Com origens na Idade da Pedra, Monsanto foi considerada “a aldeia mais portuguesa de Portugal” em 1938, por António de Oliveira Salazar, à época líder da ditadura que tomou conta de Portugal durante mais de 40 anos. A explicação para o veredicto do chefe de Governo está relacionada com a cultura e arquitetura ricas, que misturam influências dos vários ocupantes da região.
As casas foram esculpidas em pedra granítica, com telhados vermelhos e perfeitamente ancoradas nas pedras. No topo de uma dessas montanhas de granito, fica um castelo que oferece uma das melhores vistas da região.
Monsaraz – Alentejo
É verdade que Portugal não tem falta de encantadoras cidades no topo de colinas, mas por alguma razão (que você precisa explorar) Monsaraz, no Alentejo, ficou entre as finalistas de um concurso que rolou no país, chamado “As 7 Maravilhas de Portugal”. Este pequeno vilarejo apresenta também uma atmosfera medieval, com a particularidade de ter as casas caiadas de branco e de abrigar um castelo (construído para servir de proteção aos ataques dos espanhóis) com uma vista panorâmica sobre essas pequenas e antigas casas agrupadas e sobre os campos que vão em direção ao rio Guadiana, na fronteira entre Portugal e Espanha.
Arquipélago das Berlengas
Quando se fala em ilhas e arquipélagos de Portugal, Açores e Madeira surgem no topo da lista. Não é difícil encontrar portugueses que não conheçam o Arquipélago das Berlengas e já tenham visitado Açores e Madeira (bem mais longe no Atlântico, acessíveis apenas em viagens de avião) mais do que uma vez. A boa notícia é: comparações à parte, as Berlengas têm muito para oferecer aos visitantes.
A pouco mais de 10km da cidade costeira de Peniche, é fácil acessar a ilha principal, Berlenga Grande, através de um ferry boat que opera entre maio e setembro (no resto do ano, o Atlântico não deixa). O arquipélago é parcialmente desabitado, excepção feita à ilha principal, onde o mar rico em diferentes espécies de peixe serve de sustento à população.
A ilha não tem mais do que 2km de comprimento, mas é feita de penhascos, vales, enseadas e cavernas de granito, entrecortadas por águas claras, em um cenário difícil de encontrar em outras paradas. A grande variedade de espécies de aves (cuidado com as gaivotas, elas dominam a ilha) fez das Berlengas Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO. Se pensa visitar a ilha em breve, não se esqueça de incluir o Forte de São João Baptista no roteiro, uma fortaleza militar acessível por uma estreita e serpenteante escadaria.
Se a paixão bater forte, pode pegar sua tenda e acampar numa das encostas da ilha.