Pode parecer um contradição dizer que faremos um roteiro pelo lado moderno da cidade do Porto, já que a cidade tem centenas de anos e é mundialmente famosa pela sua arquitetura antiga, além do vinho que leva o seu nome, mas o Porto pode nos surpreender com um lado bem contemporâneo e jovial!
Quem desembarca no Aeroporto Internacional Sá Carneiro já vai perceber do que estou falando e a partir dali pode chegar ao centro de metrô. Para começar o nosso passeio, vá até a estação Casa da Música. Já para quem chega de trem na estação Campanhã, também deverá pegar o metrô para a mesma estação, em ambos os casos não é preciso fazer qualquer tipo de baldeação, pois a linha é direta.
Ao sair da estação você não vai precisar procurar muito, pois logo irá se deparar com uma enorme construção com a forma de um poliedro irregular, projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas: a Casa da Música. Trata-se de um excelente local para apresentações musicais, claro!, que recebe mais de 900 apresentações por ano. Mesmo que você não tenha a oportunidade de assistir nada por lá, faça a visita guiada pelo seu interior, que é lindo! Ela acontece diariamente às 11h e 16h. Mais informações aqui!
Dali, apesar de ser perto, eu aconselho a pegar um táxi até a próxima parada (uma corrida de menos de €5): a Fundação de Serralves, mas se preferir ir de ônibus, as opções são o 201, 203, 502 ou 504. Inaugurada na década de 90, ela foi, em grande parte, a responsável pelo boom modernista que tomou conta do Porto. Trata-se de uma grande área numa das regiões mais nobres da cidade, que conseguiu uma feliz encontro entre arte contemporânea e natureza. O museu, um edifício de linhas minimalistas, fica no meio de uma enorme área verde e, em seu grande jardim, já é possível ver várias obras de arte, como a “Colher de Jardineiro” do renomado artista da pop art Claes Oldenburg feita junto com sua esposa Coosje van Bruggen. Há ainda uma linda casa em estilo Art Decó , um restaurante e uma casa de chá bem charmosa.
A próxima parada, há uns 5 km de distância, é na rua de Miguel Bombarda e adjacências (neste caso terá mesmo que ir de táxi, mas relaxe porque a corrida é barata). Essa região, especialmente entre a Rua da Cedofeita e a Rua da Boa Nova, foi recentemente tomada por pequenas galerias, casas de chá (se gosta, não perca a Rota do Chá um espaço surpreendente que fica no nº 457), mercearias de orgânicos, bares e lojas alternativas, que misturam o vintage e o contemporâneo. Você pode estranhar a parte externa dos edifícios, que por vezes tem um certo ar decadente, mas não se engane, pois é lá dentro que tudo acontece. Explore sem medo, em especial aos fins-de-semana, quando tudo fica mais animado.
Dali, numa pequena caminhada de pouco mais de 900 metros, provavelmente já no fim do dia, você poderá curtir a happy hour (ou a night, mais tarde) em outra rua cool, a rua da Galeria de Paris. De dia ela é calma e seu edifícios antigos guardam livrarias e antiquários, mas no fim do dia a transformação começa a acontecer e muitos desses espaços viram boates e bares modernos e estilosos, cheios de música e alegria. A vida noturna portuense pulsa mais forte ali!
Surpreso com este lado do Porto que em nada nos lembra as caves de vinho?! Aqui estou te mostrando apenas uma pequena parte do que pode visitar, pois a cidade tem muito mais para descobrir.
Boa viagem!