O estilo art-nouveau seduziu a Europa no final do século XIX. O jornal britânico The Guardian publicou, no mês passado, uma lista com as 10 cidades onde a art-nouveau mais brilha. E Aveiro é uma delas.
Curvas delicadas com motivos inspirados na natureza. “Este era o mote do estilo art-nouveau que se espelhou em todo o tipo de representações, desde as joias à arquitetura”, explica o artigo do The Guardian, acrescentando que, mais tarde, este estilo deu origem a um outro movimento, mais retilíneo, que foi batizado de Art Déco.
O artigo salienta que algumas cidades do Leste Europeu – sobretudo Praga, Riga e Budapeste – foram um bastião deste estilo, preservando ainda muitos dos prédios de art-nouveau. Mas, lamenta que muitos países não tenham sabido preservar as suas peças, como Paris, onde os edificios de Hector Guimard foram demolidos, sobrando apenas três entradas assinadas por este arquiteto.
Mesmo assim, a influência da art-nouveau continua visível em muitas cidades europeias e Aveiro, diz o The Guardian, é um dos destinos de eleição para quem aprecia estas linhas românticas.
“A meio caminho entre Porto e Coimbra, Aveiro é uma cidade flutuante cheia de tesouros da art-nouveau. (…) Faça um passeio num dos moliceiros estilo gôndola até ao Rossio e experimente a iguaria local na Casa dos Ovos Moles de Aveiro, que fica num prédio art-nouveau com varandas em ferro e molduras florais nas janelas”, recomenda o artigo.
O jornal recomenda ainda uma “visita ao Museu de Arte Nova, na Rua Dr. Barbosa Magalhães, com o seu palacete e o seu salão de chá, no primeiro andar, que, à noite, se transforma num bar de cocktails que serve caipirinhas” e onde a “luz do fim de tarde ilumina os azulejos pintados com pássaros e motivos florais”.