Em minha recente viagem ao Chile, a convite do Turismo Chile, visitei ao sul de Santiago (Chile), o Valle de Colchagua, uma das regiões agrícolas mais promissoras do país que possui vinícolas que vêm apostando em técnicas inovadoras para o cultivo dos vinhedos o que está resultando em rótulos de vinhos tintos e brancos cada vez mais sofisticados. Para os amantes do vinho, no “tour das vinícolas”, é possível entender o processo de produção, degustar a bebida, conhecer belas paisagens com videiras plantadas, vinícolas antigas, fazendas encantadoras, adegas modernas e tecnológicas.
No Valle de Colchagua as vinícolas são distantes uma das outras, por isso, fazer os passeios com a “Ruta del Vino Valle de Colchagua” foi a melhor opção.
Em minha passagem pelo Valle de Colchagua, fiz um tour em 04 vinícolas, incluindo os tanques e adegas, e na primeira parada pude saborear os vinhos da Vinícola Santa Cruz, uma das maiores da região. Ela possui uma estrutura incrível, um teleférico com uma vista deslumbrante sobre o vale e o vinhedo, que leva para um tour cultural até as aldeias dos povos indígenas do Chile: Mapuche, Aymara e Rapa Nui, mostrando seus rituais e crenças, principalmente em Machi e Chamán, inspiradores da alma de seus vinhos. Lá no alto também existe o “Observatório Astronômico Cerro Chamán” e a Puerta del Sol – um monumento que faz parte de um complexo calendário solar utilizado para a agricultura.
Também visitei a Viu Manent, cheguei perto da hora do almoço, pois o restaurante desta vinícola, o Rayuela Wine & Grill foi muito bem recomendado. Visitando a Viu Manent, primeiro faça um tour com degustação e depois aproveite o almoço para conhecer melhor os vinhos da casa. Chegue com tempo para conhecer bem esta viña, e já deixe sua mesa reservada, pois bem nos fundos do restaurante acontecem alguns eventos e competições de hipismo e o espaço lota de uma hora para outra. O passeio é feito em uma charrete, muito legal. E para os que sofrem em ficar longe da grande rede, a vinícola possui WIFI aberto na recepção, restaurante e no espaço café.
Na região de Apalta fui até a Vinícola Montes, que abriu o caminho para a qualidade plantando nas encostas das montanhas íngremes. Quando a vinícola iniciou suas operações, em 1987, havia apenas 14 vinícolas exportadoras no Chile, hoje são mais de 200, e a sede da vinícola, inaugurada em dezembro de 2004, tem como base em sua decoração a utilização das técnicas do feng shui.
O logotipo da empresa demonstra a fé no apoio permanente e contínuo dos anjos e, a vinícola emprega a música no processo de elaboração do vinho, na sala de barricas, os vinhos repousam ao som de cantos gregorianos.
Na Viña Montes, me senti nas nuvens!!!
Já a vinícola Casa Lapostolle é a mais francesa dos produtores chilenos. A vinícola foi fundada pela francesa Alexandra Marnier-Lapostolle e elabora tintos e brancos de grande classe e muita elegância, onde a inspiração são os melhores vinhos europeus. A Lapostolle incorpora a mais moderna e simples tecnologia no processo do vinho. A manipulação é mínima, e a gravidade move as uvas, o sumo e o vinho pelo prédio. Detalhe: as uvas são cultivadas de forma orgânica, com total respeito pela natureza e nossa saúde.
De fora, a visão da vinícola, que representa um ninho, é linda e cheia de significados. Um ninho estilizado, com 24 postes de madeira que representam os meses em que o vinho permanece na vinícola antes de partir para o mundo. Todo o piso é feito com a própria pedra de granito escavada no terreno. Como se não bastasse a qualidade do vinho, a Casa Lapostolle possui o Lapostolle Residence, que oferece serviço e gastronomia de alta qualidade. Uma experiência incrível, diferente, segura e de altíssimo nível.
Uma dica da Naira Amorelli que me ajudou muito: Leve, já do Brasil, uma boa quantidade de plástico bolha, assim, as garrafas de vinho que são despachadas na mala, já vão embrulhadas no plástico e colocadas estrategicamente entre as roupas.
Estando na região faça uma visita ao Museu de Colchagua, ele abriga um importante acervo da cultura chilena. A riqueza do folclore e das tradições, muito vivos no Valle de Colchagua, encanta os turistas. E pasmem, todo o acervo do museu é particular.
Uma visita a este museu é uma viagem às origens humanas, com exposições do período pré-histórico, pré-colombiana, sobre Guerras e suas armas, Conquistas (existe um espaço totalmente dedicado ao resgate dos 33 mineiros, que ficaram soterrados em agosto de 2010), e muitas surpresas.
Estive no Chile a convite do “Turismo Chile” em parceria com a “Foody Chile” e a “Ruta del Vino Valle de Colchagua”.
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