Gastronomia etc.

Qual a receita para a longevidade do segmento gastronômico?

Pensar que a alguns anos atrás tudo era muito objetivo, entrávamos no restaurante, sentávamos, recebíamos o cardápio, escolhíamos e fazíamos os pedidos, conversávamos um pouco, nos alimentávamos, pagávamos a conta e íamos embora. E atualmente, a rotina é um pouco diferente, pois chegamos no restaurante, solicitamos o login e senha do WIFI, fazemos SELFIE, celularesgeralmente pedimos ao garçom – antes de fazer o pedido – para tirar nossa foto com celular de todos os amigos, se a foto não ficar boa ocupamos o garçom com a segunda foto, tiramos fotos dos pratos, bebidas, sobremesas… Por tudo isso, além dos fatores econômicos, a longevidade no segmento gastronômico está diretamente ligada ao acompanhamento das constantes mudanças de perfil do cliente.

Nesse movimento de transformação, alguns fatores tiveram influência direta. Existe um número crescente de pessoas que fazem suas refeições fora de casa. A demanda maior e a necessidade de agradar diferentes gostos exige um permanente cuidado com a variação e atualização do cardápio, outro fator está relacionado ao maior nível de exigência do consumidor. Como, ao longo dos anos, ele passou a fazer mais refeições em restaurantes, agora, tem exigido e priorizado opções mais saudáveis de refeição, lugares que priorizem a agilidade no atendimento (já que muitos clientes dispõe de cada vez menos tempo para se alimentar), e para finalizar, podemos incluir na lista o uso da tecnologia, pois muitas empresas não acompanham as transformações tecnológicas.

Jantar

Acompanhar as constantes alterações e exigências do cliente pode ser uma boa receita para  longevidade do segmento gastronômico.

– Ter uma única pessoa para supervisionar e controlar todo o trabalho executado no restaurante, garantindo a qualidade do serviço ajuda muito, principalmente com os clientes ‘cri cri’, que criam confusão por tudo.

– Funcionários em sintonia atendem melhor, é frustrante pedir algo no cardápio e minutos depois ter a surpresa que falta algum ingrediente.

– Não invente no menu, o seu cardápio, quando bem trabalhado, influencia diretamente na aceitação e venda de um produto. E outra coisa, pense na quantidade de cardápios que devem ser impressos, leve em conta a quantidade de mesas, o número de pessoas na casa nos horários de pico, não tem coisa mais chata do que uma pessoa esperar a outra escolher um prato, eu particularmente gosto muito de discutir sobre cada prato, principalmente os que não conheço.

– Treinar algum funcionário para auxiliar os clientes a tirar as fotos na mesa, assim, reduziria a ocupação do tempo dos garçons e a permanência de grupos maiores nos restaurantes.

E por fim, porém não menos importante, educação é fundamental. Todo mundo tem dias ruins: o cliente pode estar mal humorado porque brigou com alguém, ficou preso no trânsito ou está tendo um dia daqueles. Funcionários que adotam um tom de voz calmo, desacelerado, tendem a melhorar a situação e a tornar a refeição mais agradável. Assim, todos ficam mais satisfeitos. O proprietário vai ter menos dor de cabeça, o garçom vai ter seu trabalho otimizado e o cliente, satisfeito, irá retornar.

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