Carnaval sustentável: como celebrar com alegria e responsabilidade

O Carnaval é muito mais que uma festa: é um mergulho na cultura brasileira, uma explosão de cores e uma celebração que une milhões de pessoas. Mas, em meio à folia, surge um desafio urgente: como aproveitar a festa sem deixar um rastro de impactos ambientais e sociais? Para o leitor do Portal Embarque na Viagem — viajante exigente que busca experiências autênticas e responsáveis —, reunimos dicas essenciais para um Carnaval sustentável, aliando diversão, consciência e valorização das comunidades.
Segundo o Instituto Aupaba, instituição sem fins lucrativos que atua como um hub de projetos voltados para o turismo regenerativo, o Carnaval brasileiro movimentará cerca de R$ 12 bilhões em 2025. Esse valor pode ser um motor de transformação se foliões e empresas adotarem escolhas mais conscientes. “A festa precisa ser um espaço para fortalecer culturas locais, reduzir desperdícios e gerar impacto positivo”, explica Luciana De Lamare, presidente do instituto.
Como curtir a folia de forma sustentável
1. Adereços sustentáveis glitter biodegradável e fantasias criativas
Troque o glitter comum, feito de microplásticos, por versões biodegradáveis (como as à base de algas ou mica mineral). Algumas marcas oferecem opções que não poluem rios e oceanos. Para fantasias, invista em brechós, alugue peças ou customize roupas antigas. Em Salvador, por exemplo, coletivos como o EcoBloco promovem oficinas de reaproveitamento de materiais.
2. Economia local: fortaleça pequenos empreendedores
O Carnaval sustenta milhares de profissionais, de artesãos a músicos de blocos de rua. Sendo assim, é melhor optar por:
- Comidas de rua de vendedores locais (experimente acarajé em Salvador ou tapiocas no Nordeste).
- Adereços artesanais, como máscaras feitas por comunidades quilombolas ou indígenas.
- Hospedagens comunitárias, como pousadas em favelas cariocas ou ecovilas no interior.
3. Turismo regenerativo: escolha destinos e blocos com propósito
Evite multidões em destinos superlotados e explore festas alternativas:
Blocos afro e culturais: Em São Paulo, o Ilú Obá De Min celebra a cultura afro-brasileira; no Recife, o Galo da Madrugada integra manifestações populares.
Carnaval de rua menos conhecido: Experimente optar por cidades menores, com seus blocos universitários e históricos, que combinem folia e preservação cultural/ambiental.
Hospedagens sustentáveis: Priorize hotéis com certificação eco-friendly, pousadas familiares ou projetos sociais.
4. Lixo zero: recicle e participe da economia circular
Uma única tarde de bloquinho no Rio pode gerar até 1.200 toneladas de lixo. Para mudar esse cenário, apoie a reciclagem e a economia circular. Muitas iniciativas já transformam resíduos do Carnaval em impacto positivo. Dê preferência a blocos que recolhem o próprio lixo, apoie cooperativas de reciclagem e doe fantasias e adereços para que tenham uma nova vida após a festa. Ah, e claro, leve seu copo reutilizável.
O Carnaval pode ser um marco de mudança — uma festa que celebra a vida sem sacrificar o planeta. Em 2025, faça parte desse movimento: escolha a sustentabilidade, valorize quem faz a cultura pulsar e leve para casa histórias que vão além da folia.
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