Que tal fazer um passeio por alguns lugares do Centro Histórico do Rio de Janeiro usando apenas o VLT?
O Rio de Janeiro é uma cidade que respira história e cultura. Felizmente, hoje é possível passear pelo Centro Histórico da cidade de uma maneira simples, confortável e barata, utilizando o VLT, um meio de transporte moderno que conecta alguns dos pontos mais históricos.
Separamos aqui alguns lugares imperdíveis que você pode visitar no Centro Histórico do Rio de Janeiro, usufruindo de toda esta comodidade:
Complexo da Praça XV
A Praça XV, também conhecida como Largo do Paço, é a praça mais antiga do Rio de Janeiro. Ela abriga vários pontos de interesse histórico, como o Paço Imperial, o Arco do Telles, o Chafariz do Mestre Valentim e o Palácio Tiradentes. Além disso, a praça é conhecida por sua feira de antiguidades aos sábados e pela vibrante cena de skateboarding.
Antes, Largo do Paço, a praça recebeu esse nome por homenagear o dia 15 de novembro de 1889, marcado pela Proclamação da República.
Para chegar à Praça XV, você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Praça XV.
Paço Imperial
O Paço Imperial, que fica na Praça XV de Novembro, é um edifício histórico construído em 1743. Originalmente, serviu como o Paço dos Vice-Reis do Brasil, tendo antes disso sido a casa dos governadores e a casa da moeda. Com a chegada da Corte de D. João VI ao Rio de Janeiro, em 1808, o edifício foi designado como a sede dos governos do Reinado e do Império.
Após a Proclamação da República, o Paço Imperial passou a ser a sede dos correios e telégrafos. Em 1938, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tornando-se um marco importante na história cultural da cidade.
Desde 1985, o Paço Imperial tem funcionado como um centro cultural ligado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura. Oferece exposições durante todo o ano, com entrada gratuita para o público.
O Paço Imperial abre de terça-feira a domingo, das 11h às 18h. Para chegar lá, você pode pegar as linhas 2 ou 4 do VLT.
Arco do Teles
O Arco do Teles é um marco arquitetônico na história da cidade do Rio de Janeiro. Ele é o que resta do antigo prédio da família Telles de Menezes e liga a Praça XV à Travessa do Comércio. Foi construído na década de 1740 pelo brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim.
Em 1738 a Casa dos Governadores (depois se tornaria o Paço Imperial) começa a ser construída a mando do governador Gomes Freire de Andrade, Conde de Bobadela. Em 1743 a construção da nova Casa dos Governadores é terminada e a região do Largo do Paço ganha uma grande valorização. Vendo o crescimento da área, o juiz português Antônio Telles Barreto de Menezes (que deu origem ao nome do arco) resolve comprar terrenos na área e construir um casario, ou seja um conjunto de casas, a fim de alugar para comerciantes e para as classes mais altas do Rio de Janeiro.
No meio das construções das casas o engenheiro português José Alpoim encontrou um problema, a construção das casas obstruía a passagem da travessa do Mercado do Peixe (atual travessa do Comércio), foi então que Alpoim resolveu criar um arco no meio de um dos prédios, que viria a ser o Senado da Câmara (equivalente a Câmara Municipal), atualmente o arco fica no número 34, da Praça XV de Novembro.
Para chegar ao Arco do Teles, você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Praça XV.
Chafariz do Mestre Valentim
O Chafariz do Mestre Valentim, também conhecido como Chafariz da Pirâmide, foi construído em 1789 e fica na Praça XV de Novembro.
Além de atender a necessidade básica de fornecer água para a região do entorno, foi um ponto de encontro importante na cidade, atraindo uma variedade de pessoas para o comércio e atividades sociais.
Para chegar ao Chafariz do Mestre Valentim, você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Praça XV.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé é uma das igrejas mais importantes, historicamente falando, do Rio de Janeiro. Foi a sede episcopal da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro até 1976, antes disso foi também a Capela Real/Imperial. Por lá aconteceram os mais importantes fatos religiosos ligados à Família Real e Imperial. Na cripta, que fica logo abaixo do altar, e pode ser visitado aos sábados, vamos encontrar o túmulo de Cardeal Arcoverde e uma urna com os restos mortais de alguém muito peculiar na História do Brasil: Pedro Álvares Cabral, o navegador português, que ao desviar de sua rota original, se deparou com o Brasil.
A igreja de Nossa Senhora do Carmo fica bem em frente à histórica Praça XV de Novembro, ao lado dos edifícios coloniais do antigo Convento do Carmo e da Igreja da Ordem Terceira do Carmo.
Para chegar à Igreja você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Praça XV.
Convento do Carmo
O Convento do Carmo, localizado na Praça XV, no centro da cidade, foi o local onde a rainha de Portugal Maria I viveu ao chegar ao Brasil em 1808, e por lá viveu por oito anos, até morrer em 1816.
O convento foi fundado pelas freiras carmelitas em 1590, e atualmente, é administrado pela Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro.
Para chegar ao Convento do Carmo, você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Praça XV.
Região Portuária e Pequena África
A Região Portuária do Rio de Janeiro, também conhecida atualmente como Porto Maravilha, é uma área estratégica localizada na cidade. Esta região, que abrange os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, é rica em patrimônios materiais e imateriais. A região portuária, onde o samba nasceu, tem uma notável vocação cultural, com manifestações artísticas de todos os tipos, sendo um marco da identidade desses bairros.
A Pequena África é uma região histórica que abrange parte dos bairros da Gamboa, da Saúde e do Santo Cristo, na região portuária. Este nome é uma referência à concentração de escravizados alforriados e comunidades quilombolas no local. A Pequena África marca a existência de diversos locais que definem o espaço como território de influência africana, como as rodas de samba na Pedra do Sal e o candomblé da Tia Ciata. É nesta região que ficam diversos atrativos muito importantes para visitação.
Cais do Valongo
O Cais do Valongo foi um importante ponto de desembarque e comércio de africanos escravizados nas Américas. Funcionou entre 1811 e 1831, ano em que foi proibido o tráfico transatlântico. Durante este período, cerca de um milhão de pessoas desembarcaram no Valongo para serem vendidas e transportadas a diversos pontos do país.
Para chegar ao Cais do Valongo, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Parada dos Museus/Valongo.
Jardim Suspenso do Valongo
Construído nos moldes dos parques franceses do século XIX, o Jardim Suspenso do Valongo retornou aos padrões originais após a obra realizada nos últimos anos.
Réplicas das estátuas dos Deuses Minerva, Marte, Ceres e Mercúrio, que antes adornavam o Cais da Imperatriz, estão expostas no jardim.
Para chegar ao Jardim Suspenso do Valongo, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Parada dos Museus/Valongo.
Pedra do Sal
A Pedra do Sal é muito mais que um espaço apenas geográfico, é um monumento religioso e histórico da cultura africana no Brasil.
Desde o século XVIII, a região, conhecida pelo desembarque do sal, foi densamente habitada pela população negra. Os primeiros terreiros de candomblé da cidade foram fundados nas imediações da Pedra do Sal, assim como o samba carioca e os primeiros ranchos e cordões carnavalescos. Atualmente é possível curtir uma tradicional roda de samba, que recebe visitantes de todas as nacionalidades, em busca da tradição carioca.
Para chegar à Pedra do Sal, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Parada dos Navios/Valongo.
Morro da Conceição
Marco da ocupação inicial da cidade do Rio de Janeiro pelos portugueses, o Morro da Conceição formava, juntamente com os morros do Castelo, de Santo Antônio e de São Bento, um quadrilátero onde a cidade cresceu por três séculos.
Seu modo de vida particular, semelhante aos tradicionais bairros portugueses, se manteve apesar das profundas transformações urbanas ao seu redor.
Para chegar ao Morro da Conceição, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Parada dos Navios/Valongo.
Largo de São Francisco da Prainha
Popularmente conhecido como Largo da Prainha, está localizado no sopé do Morro da Conceição. Por lá você vai encontrar muitos bares e rodas de samba.
Para chegar ao Largo de São Francisco da Prainha, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Parada dos Navios/Valongo.
Institutos dos Pretos Novos
Situado na Gamboa, o Instituto dos Pretos Novos é um local essencial para a compreensão e reflexão sobre a história brasileira. Ele tem como objetivo a pesquisa, o estudo, a investigação e a preservação do patrimônio africano e afro-brasileiro, enaltecendo a memória e a identidade cultural brasileira em Diáspora.
Por lá você vai encontrar uma variedade de atividades, incluindo oficinas, passeios históricos gratuitos pela região e uma galeria de arte contemporânea que estimula reflexões sobre questões básicas de direitos humanos, racial e igualdade de gênero. Inaugurada em setembro de 2012, a galeria busca unir o pensamento artístico contemporâneo à história local, transformando a cena cultural na Região Portuária.
Para visitar o museu, é necessário adquirir um ingresso, que pode ser gratuito ou pago, dependendo do dia da visita. O museu está localizado na Rua Pedro Ernesto, 32, Gamboa, perto da estação do VLT da Praça da Harmonia.
Cemitério dos Ingleses
O Cemitério dos Ingleses, também conhecido como British Burial Ground, é uma necrópole particular, de orientação originalmente protestante, localizada no bairro da Gamboa. Fundado em 1811, é o cemitério a céu aberto mais antigo do Brasil ainda em atividade. Inicialmente, o cemitério possuía um atracadouro próprio, situado no então “Saco da Gamboa”, para o desembarque dos oficiais e marinheiros ingleses que morriam nas longas travessias do Atlântico.
Atualmente, qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, pode ser enterrada no local.
Para chegar ao Cemitério dos Ingleses, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação Cidade do Samba/Tia Ciata.
Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento foi fundado em 1590 por monges que vieram do Mosteiro da Bahia no ano anterior, apenas duas décadas e meia após a fundação da cidade. Esta foi a segunda ordem religiosa a se estabelecer no Rio de Janeiro, sendo superada apenas pelos jesuítas.
O mosteiro tem uma presença significativa na cidade, sendo um dos maiores patrimônios históricos e religiosos do século XVII. A construção do mosteiro demorou mais de um século para ser concluída, exibindo uma simplicidade e beleza que fascinam tanto os cariocas quanto os turistas.
A Igreja Abacial está aberta todos os dias para os fiéis, das 6h30 às 18h30. No entanto, os Ofícios de Vigílias e Completas são exclusivos para o público interno.
O mosteiro está localizado no topo do Morro de São Bento, perto da Praça Mauá. Para chegar, você pode pegar a linha 1 do VLT e descer na estação São Bento.
Real Gabinete Português de Leitura
Esta biblioteca e instituição cultural lusófona, que fica ali pertinho da Praça Tiradentes, é reconhecida pela UNESCO e possui a maior coleção de obras portuguesas fora de Portugal. E esse acervo só cresce a cada ano.
Viagem no Tempo – Descubra o Centro Histórico do Rio
O Real Gabinete Português de Leitura foi fundado em 1837 por um grupo de quarenta e três imigrantes portugueses, entre eles alguns refugiados políticos, para promover a cultura entre a comunidade portuguesa na então capital do Império. O edifício da atual sede, projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro, foi erguido entre 1880 e 1887 em estilo neomanuelino, em um terreno doado por Dom Pedro II, tendo ele lançado a pedra fundamental, e sua filha, a Princesa Isabel, tendo participado da inauguração.
Para chegar ao Real Gabinete Português de Leitura, você pode pegar a linha 2 ou 4 do VLT e descer na estação Tiradentes.
Biblioteca Nacional
Com uma história que remonta a mais de 200 anos, a Fundação Biblioteca Nacional é a mais antiga instituição cultural do Brasil, estabelecida antes mesmo da formação do país como uma nação independente. Ela é reconhecida pela UNESCO como uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e é a maior em toda a América Latina.
A coleção da biblioteca, que é estimada em aproximadamente dez milhões de itens, originou-se da antiga livraria de D. José. Esta coleção de livros foi criada para substituir a Livraria Real, que foi destruída em um incêndio causado pelo terremoto de Lisboa em 1º de novembro de 1755.
A missão da Biblioteca Nacional é coletar, registrar, preservar e disponibilizar o acesso à produção brasileira. Ela se dedica a garantir a troca de conhecimentos com instituições nacionais e internacionais, além de preservar a memória bibliográfica e documental do Brasil.
A Biblioteca Nacional fica na Av. Rio Branco, 219, e você chega nela pelas linhas 1 e 3 do VLT. O local está aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. A entrada para visitantes, que inclui visitas guiadas e exposições, encerra às 16h30.
Theatro Municipal
O Theatro Municipal, que foi inaugurado em 14 de julho de 1909, é um dos edifícios mais significativos da cidade. Construído no início do século XX como parte das reformas urbanas implementadas pelo prefeito Pereira Passos, é considerado o principal teatro do país e um dos mais importantes da América do Sul.
No início, o teatro funcionava principalmente como um local para apresentações de companhias estrangeiras. No entanto, a partir da década de 1930, começou a desenvolver seus próprios grupos artísticos, e hoje mantém uma orquestra sinfônica, um coro e uma companhia de balé.
Com o passar do tempo, o teatro passou por várias reformas para se modernizar e se adaptar às novas necessidades. Atualmente, oferece visitas guiadas, apresentações pagas e programas educacionais. A entrada para a visitação custa R$20,00 para o ingresso inteiro e R$10,00 para a meia entrada. O teatro fica na Praça Floriano, S/N – Centro, e pode ser acessado pelas linhas 1 e 3 do VLT.
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