A cidade mais importante do Al-Andalus soube manter seu legado árabe, judeu e cristão, tornando-se uma das cidades com mais encanto da Espanha. Nesse Guia de viagem: Córdoba, você vai descobrir tudo sobre um destino com uma gastronomia que encanta e uma história que não deixa ninguém indiferente.
Por que visitar Córdoba?
Córdoba é um destino com um patrimônio único que combina o melhor da arte cristã, muçulmana e judaica. Essa mistura de culturas que continua latente em sua arquitetura, história e gastronomia encanta os milhares de viajantes que visitam Córdoba todos os anos.
Na capital califal, é imprescindível se perder pelo labirinto de ruas estreitas que foram o bairro da Judería, se impressionar com a grandeza da Mesquita-Catedral ou desfrutar da iluminação dos principais monumentos de Córdoba ao anoitecer.
Além disso, essa cidade às margens do rio Guadalquivir conta com quatro lugares declarados Patrimônio Mundial pela Unesco: a Mesquita-Catedral (1984), o centro histórico de Córdoba (1994), o Festival dos Pátios (2012) e o sítio arqueológico da Medina Azahara (2018).
Por onde começar?
O encanto de Córdoba é palpável em cada um de seus cantos e ruelas e se perder pelo centro histórico é a melhor forma de conhecer seus atrativos. Se você tiver pouco tempo para desfrutar do melhor da cidade, a gente também deixa aqui uma dica para você conhecer Córdoba em 24 horas.
Além disso, uma viagem a Córdoba não seria a mesma sem degustar seu famoso salmorejo, uma espécie de sopa fria de tomate com ovo e jamón, ver alguns de seus principais museus e mergulhar em sua apaixonante história.
Na hora de planejar uma viagem, é normal que surjam dúvidas relacionadas com o tempo, os preços ou a história da cidade. E neste Guia de viagem: Córdoba, a gente vai te ajudar a planejar sua viagem.
Tempo em Córdoba – quando ir?
Córdoba tem um clima mediterrâneo com verões muito cálidos e invernos suaves. Qual é a temperatura média segundo cada estação? Conheça a previsão do tempo em Córdoba.
Córdoba no inverno
O clima de Córdoba é bastante suave no inverno, com temperaturas médias altas de 16º ou 17ºC e mínimas médias de 5ºC. Nos últimos anos, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro têm sito mais secos que em anos anteriores e houve geadas.
Córdoba no verão
Nos meses de verão, Córdoba alcança as temperaturas mais altas da Europa, com termômetros que superam os 40ºC. A temperatura média mínima durante os meses de junho, julho e agosto é de 18ºC e quase nunca chove.
Melhor época para viajar a Córdoba
A melhor época para visitar Córdoba é a primavera. A temperatura é muito agradável para passear e, se você quiser, poderá fazer sua viagem coincidir com as datas das festas mais famosas da cidade e ver as ruas cheias de flores.
A parte negativa de viajar a Córdoba na primavera é a afluência de gente. É uma época escolhida por muitos turistas, o que leva a um aumento de filas nos museus e monumentos e o preço da hospedagem costuma ser mais alto também.
Se você não gosta de aglomerações, outra boa opção é visitar Córdoba no outono.
Feriados em Córdoba
- Ano Novo: 1º de janeiro.
- Dia de Reis: 6 de janeiro.
- Dia da Andaluzia: 28 de fevereiro.
- Feira de Córdoba: de 25 de maio a 1º de junho (data variável).
- Quinta-feira Santa: 18 de abril (data variável).
- Sexta-feira Santa: 19 de abril (data variável).
- Dia do Trabalho: 1º de maio.
- Assunção da Virgem: 15 de agosto.
- Virgem da Fuensanta: 8 de setembro.
- Dia da Hispanidade: 12 de outubro.
- São Rafael: 24 de outubro.
- Dia de Todos os Santos: 1º de novembro.
- Dia da Constituição Espanhola: 6 de dezembro.
- Dia da Imaculada Conceição: 8 de dezembro.
- Natal: 25 de dezembro.
Documentação de viagem
Visto, passaporte ou documento de identidade? Os cidadãos brasileiros precisam apenas de um passaporte válido para entrar na Espanha se o tempo de viagem for inferior a 90 dias, sem a necessidade de tirar nenhum visto.
Como chegar a Córdoba
As formas mais comuns de ir a Córdoba são de carro, ônibus e trem. Sua proximidade com grandes cidades faz com que os turistas internacionais voem a Málaga ou Sevilha e cheguem a Córdoba de trem ou pela estrada.
Trem
A afluência turística de Córdoba e sua estratégica localização geográfica fazem com que ela esteja bem conectada com grandes cidades vizinhas. Com os trens de alta velocidade (AVE), é possível ir de Madrid em uma hora e quarenta minutos, de Sevilha em quarenta minutos, e de Valência em três horas.
Para consultar os horários e preços para chegar a Córdoba de trem saindo de outras cidades, visite o site da empresa Renfe, onde você também poderá reservar online.
Embora as tarifas não sejam muito econômicas, os trens são cômodos e rápidos. Também há a possibilidade de ir a Córdoba com trens convencionais de meia distância, embora a duração e o conforto não sejam comparáveis.
Carro
Córdoba está, por exemplo, a uma distância de 450 quilômetros de Lisboa e a viagem entre a capital portuguesa e a cidade espanhola dura cerca de seis horas de carro. Saindo do Porto, a uma distância de 600 quilômetros, a viagem chega a sete horas.
Córdoba está a 390 quilômetros de Madrid. Para ir de carro, você pode pegar a estrada A-4 e o trajeto entre as duas cidades de carro será de aproximadamente quatro horas. Saindo de outras províncias, o trajeto de estrada é muito curto. Saindo de Málaga, você deve pegar a A-45; de Granada, a N-432; e de Sevilha, a A-4.
Se você for a Córdoba de carro, deve levar em conta que é praticamente impossível estacionar no centro histórico de Córdoba. Além de ter que pagar para estacionar na rua, há pouco espaço para os carros. Você não terá problemas para estacionar do outro lado do Guadalquivir ou na zona de El Arenal.
Ônibus
A forma mais econômica de ir a Córdoba é de ônibus, embora em função da sua cidade de origem possa ser cansativo. A viagem de ônibus de Madrid a Córdoba dura cerca de quatro horas e meia.
Avião
O aeroporto de Córdoba está a cerca de 15 quilômetros do centro da cidade. Atualmente conta apenas com voos privados de aviões de até oitenta passageiros, por isso não é uma boa opção para turistas estrangeiros.
A melhor alternativa é voar até Madrid, Málaga ou Sevilha e ir a Córdoba de trem ou de carro.
O que visitar em Córdoba
Córdoba é uma cidade cheia de história e monumentos que refletem a paisagem dos romanos, judeus, muçulmanos e cristãos. Conheça as visitas imprescindíveis de Córdoba e aproveita ao máximo sua viagem.
Mesquita-Catedral de Córdoba
A Mesquita-Catedral de Córdoba, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984, é o monumento mais visitado da cidade graças ao seu histórico minarete, o Pátio das Laranjeiras e a sala de oração, com mais de 1.300 colunas de mármore.
A Mesquita-Catedral de Córdoba é um templo chave em todo o Ocidente islâmico e o monumento mais visitado da cidade. Com mais de treze séculos de história, esse edifício serviu de lugar de culto para visigodos, muçulmanos e cristãos, e hoje é um monumento essencial para entender a história de Córdoba.
O símbolo por excelência de Córdoba é a mesquita, reflexo do poder do califado e do legado do al-Ándalus na Península Ibérica. Além disso, é um monumento que reflete perfeitamente a fusão da arte omíada com outros elementos cristãos.
Localizada no centro histórico da cidade, a poucos metros da Ponte Romana sobre o rio Guadalquivir, a Mesquita-Catedral foi durante anos, a maior mesquita do mundo. Hoje em dia, o templo reflete o poder de Córdoba como lugar islâmico no Ocidente durante o emirado e o califado.
A Mesquita-Catedral de Córdoba impressiona desde o primeiro momento em que se atravessa uma de suas cinco portas principais. Se hoje em dia as dimensões do templo impactam qualquer visitante, imagine a magnitude desse monumento na época em que foi construído.
Judería
Em pleno coração da cidade está a Judería, o distrito que foi foco da cultura hebreia, muçulmana e “andalusí” durante séculos e reflete a história de Córdoba.
O distrito mais antigo de Córdoba e uma de suas visitas imprescindíveis é, sem dúvida, a judería. Localizada em pleno coração da cidade, o bairro judeu é um labirinto de ruas estreitas de pedra onde você poderá relembrar a história de Córdoba e entender o estilo de vida das três culturas que coexistiram durante séculos: cristãos, judeus e muçulmanos.
A judería abrange desde a Porta de Almodóvar até a Mesquita-Catedral e mostra o traço típico das cidades muçulmanas, com ruas estreitas e diversas ruelas sem saída. Visitar a judería de Córdoba é viajar ao passado e conhecer a essência medieval da cidade através de seus edifícios caiados e decorados com flores e vasos coloridos.
Esse labirinto de ruas de pedra em pleno coração da cidade abriga diversos atrativos que fazem da judería um dos lugares com mais encanto de Córdoba:
- Sinagoga: É uma das quatro sinagogas históricas que ainda restam na Espanha. Embora sua arquitetura seja muito marcada pela influência da arte islâmica, suas paredes estão cheias de inscrições em hebreu. Junto à sinagoga de Córdoba está a Casa de Sefarad.
- Capela mudéjar de São Bartolomeu: Trata-se de uma pequena capela anexa à faculdade de Filosofia e Letras que reflete o estilo gótico-mudéjar.
- Souk municipal: É um dos pátios de Córdoba abertos ao público mais visitados na cidade. É um espaço que transborda tradição, graças à sua decoração bem cuidada e às oficinas de artesãos locais que trabalham a cerâmica e o couro. É um lugar perfeito para comprar algo típico da cidade.
- Praça de Maimônides: A poucos metros da sinagoga está essa praça que, em sua época, foi um lugar de encontro dos moradores da judería e que hoje em dia abriga o Museu Taurino de Córdoba.
- Calleja de las Flores: Sem dúvida, a rua mais famosa de Córdoba é a Calleja de las Flores. Dos seus extremos é possível contemplar seus edifícios brancos com vasos azuis com a torre do campanário da Mesquita-Catedral de fundo. É uma das zonas mais transitadas da judería e está cheia de comércios.
- Calleja del Pañuelo: Trata-se de uma das ruas mais estreitas de Córdoba, já que sua largura mede o mesmo que um pano (pañuelo) estendido.
- Casa Andalusí: Este edifício do século XII reflete perfeitamente o estilo de vida e o modelo de residência do período Al-Ándalus. No seu interior, você poderá ver uma coleção de moedas antigas e o Museu do Papel.
Alcácer dos Reis Cristãos
Com mais de seiscentos anos de história, o Alcácer dos Reis Cristãos é um dos monumentos mais visitados de Córdoba. Este edifiício serviu de quartel militar, residência real, prisão, centro administrativo e muito mais.
A partir do século XVI, o Alcácer pertenceu à Inquisição, até que, com a abolição dessa prática, se tornou uma prisão civil. A Galeria da Inquisição de Córdoba reúne diversos objetos que explicam as práticas desse capítulo obscuro da história.
O Alcácer dos Reis Cristãos se localiza a muitos poucos metros de Guadalquivir e se assenta sobre os cimentos do antigo alcácer muçulmanos que conectava com os banhos da época do califado. O alcácer cristão está rodeado pelas muralhas defensivas, dado seu caráter militar e, hoje em dia, permanecem em pé duas de suas quatro torres originais.
O interior desse complexo palaciano abriga diversos cômodos reais com objetos históricos de grande valor. Nos corredores que conectam cada sala é possível contemplar um sarcófago do século III.
Vale destacar que o Salão dos Mosaicos, que abriga uma importante coleção de mosaicos da época romana que foram trazidos da sua localização original na Plaza de la Corredera.
A beleza única desse lugar se une à sua importância histórica. A rainha Isabel a Católica costumava passear pelos jardins do Alcácer enquanto lia. Essa talvez seja a melhor parte de visitar o Alcácer dos Reis Cristãos.
Medina Azahara
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2018, a cidade de Medina Azahara é um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo e uma visita imprescindível para conhecer a história de Córdoba.
A cerca de oito quilômetros da capital está o lugar que foi o mais importante de Al-Ándalus: Medina Azahara. É difícil ter uma ideia da magnitude dessa cidade palatina, que já apenas 10% da sua superfície original foi escavada.
Apesar disso, os restos visíveis de Medina Azahara refletem o esplendor do califado cordobês e o desejo de Abderramão III de refletir seu poder no Ocidente.
Embora os restos arqueológicos de Medina Azahara não estejam completos, graças às diversas campanhas de restauração é possível ter uma ideia da magnitude original da cidade palatina. Passeando pelas ruínas da Medina Azahara, você poderá ver os restos da imponente muralha defensiva e dessas partes da cidade:
- O Alcácer: É a residência real do califa. É uma das zonas mais bem conservadas de Medina Azahara e abriga o Salão Rico, uma das estâncias com a decoração mais bem cuidada da cidade e onde aconteciam as recepções políticas.
- O Jardim Alto: O jardim se dividia em quatro zonas separadas pelos canais que coletavam água da serra. No centro do jardim havia um pavilhão rodeado por quatro piscinas.
- A Casa de Yafar: Trata-se da residência do primeiro ministro do califa Alhakám II. Yafar foi o encarregado de construir a maqsura da Mesquita de Córdoba, uma das partes mais chamativas do templo.
- Pórtico oriental: Esse imponente arco era a entrada principal de embaixadores e importantes personagens políticos à Medina Azahara.
- A Mesquita Aljama: segue a estrutura de outras mesquitas do Ocidente islâmico. A parte mais chamativa dos restos do templo é o sahn ou pátio de abluções.
Outras partes da cidade da Medina Azahara que podem ser diferenciadas são as latrinas, as residências superiores e o pátio dos pilares. Na maioria dos ambientes recuperados da estrutura original, podemos ver os mármores brancos e vermelhos com ornamentação bizantina.
Nos arredores das ruínas arqueológicas está o Centro de Interpretação da Medina Azahara. Esse museu guarda todos os objetos históricos encontrados nas escavações arqueológicas com o objetivo de impulsar os trabalhos de estudo e divulgação desse lugar histórico.
No Museu da Medina Azahara também é projetado a cada hora um documentário audiovisual que explica como era a vida na Medina Azahara. Recomendamos visitar o museu depois de ver a cidade palatina in situ para entender melhor sua importância.
Palácio dos Marqueses de Viana
O Palácio de Viana foi declarado Monumento Histórico Artístico Nacional em 1981 graças aos seus cinco séculos de história e à sua incrível coleção de pátios.
Em pleno bairro de Santa Marina está um dos edifícios mais interessantes da cidade dos califas e um dos monumentos mais visitados: o Palácio de Viana. Com mais de 6.500 metros quadrados, a maioria dedicados a pátios, jardins e espaços abertos, essa luxuosa residência é um reflexo da história de Córdoba e da ostentação de sua nobreza.
A maior atração do Palácio de Viana são seus doze pátios, que formam a coleção de pátios mais importantes da cidade. Esses espaços ao ar livre reúnem a essência da arquitetura romana e árabe tão característica de Córdoba.
Os dozes pátios estão unidos por galerias e abrigam uma grande variedade de plantas aromáticas, árvores cítricas e fontes. Visitar os pátios do Palácio de Viana é uma oportunidade perfeita para conhecer a importância da vegetação e da água nas casas medievais de Córdoba.
Sinagoga de Córdoba
Uma das três sinagogas anteriores ao século XV conservadas na Espanha é a Sinagoga de Córdoba. Esse templo localizado em plena judería reflete a importância dessa comunidade na história da cidade e sua convivência com outras culturas.
Na Espanha se conservam apenas três sinagogas anteriores à expulsão dos judeus em 1492: Santa María la Blanca e a Sinagoga del Tránsito, ambas em Toledo; e a Sinagoga de Córdoba. Essa última data de 1315 e se caracteriza por ser um templo judeu com decoração mudéjar.
A Córdoba judia
Os judeus habitaram Córdoba desde a época romana, onde gozavam de liberdade de culto. Durante a etapa muçulmana, os judeus conviveram em paz com as outras culturas e iam à sinagoga orar em liberdade.
A sinagoga era lugar de culto e ensino, onde os rabinos interpretavam as escrituras sagradas e ensinavam aos mais jovens as diretrizes do judaísmo.
Depois da expulsão dos judeus no final do século XV, a maioria dos seus templos foi destruída, com exceção da atual Sinagoga de Córdoba, que passou a funcionar como um hospital para hidrófobos, ermida e escola.
A sinagoga se localiza em plena judería, em frente à Casa de Sefarad, e simboliza a passagem dos judeus por Córdoba antes de que os Reis Católicos autorizassem sua expulsão em 1492. O acesso ao templo é um pequeno pátio de 25 m2, que conecta à sala de oração.
Museu Julio Romero de Torres
Uma forma de entender o folclore cordobês é através das pinturas de Julio Romero de Torres, que soube captar a essência andaluza de sua terra natal. O museu em homenagem a esse pintor simbolista reúne as suas obras principais na casa que o viu nascer.
O museu se divide em seis salas, em função da temática. O térreo reúne telas e esculturas de seu entorno familiar e pinturas da sua primeira etapa. No andar superior se reúnem suas obras mais místicas e aquelas relacionadas com Córdoba e o espírito flamenco da região. A sala “Semblanzas” abriga os numerosos retratos de mulheres que caracterizaram a pintura de Julio Romero de Torres.
Ponte Romana de Córdoba
Desde sua construção no século I a.C., a Ponte Romana de Córdoba foi a única ponte da cidade durante vinte séculos. Descubra a história desse monumento histórico que foi cenário de Game of Thrones.
No século I a.C., os romanos construíram a primeira ponte de pedra que atravessou o Guadalquivir e conectou as duas margens da cidade. Acredita-se que a via Augusta, que conectava Roma com Cádiz, passava pela Ponte Romana de Córdoba, também chamada de “Ponte Velha”.
Seu comprimento é de 331 metros e se sustenta sobre 16 arcos, quatro quebrados e o resto de volta perfeita. Devido às remodelações que a ponte sofreu ao longo da história de Córdoba, restam apenas dois arcos originais.
No entorno natural da Ponte Velha se destacam os moinhos da época medieval, como “Molino de San Antonio” ou o “Molino de la Albolafia”, que aparece no escudo da cidade.
A Ponte Romana une o bairro da Catedral com o Campo da Verdade e em seus extremos estão dois dos monumentos mais icônicos de Córdoba: a Torre de Calahorra ou a Porta da Ponte. Desde 1931, é considerado Bem de Interesse Cultural.
Em 2014, a Ponte Romana de Córdoba foi escolhida como cenário de algumas cenas da série Game of Thrones.
A única estátua que decora a Ponte Romana de Córdoba é o Triunfo de São Rafael, feita em 1651 como agradecimento ao arcanjo depois de uma epidemia de peste que atingiu Córdoba. O escultor encarregado do trabalho foi Bernabé del Río.
A imagem mais característica de Córdoba ao cair a noite é sua histórica Ponte Romana iluminada. O entorno do Guadalquivir é uma área perfeita para dar um passeio noturno e desfrutar da iluminação do centro histórico de Córdoba.
As tonalidades alaranjadas das luzes refletidas sobre o rio envolvem a Ponte Velha em um ambiente mágico.
Plaza de la Corredera de Córdoba
Desde sua criação no final do século XVII, a Plaza de la Corredera serviu como prisão, praça de touros, cenário de execuções da Inquisição e mercado. Conheça a única praça maior retangular da Andaluzia.
A poucos metros da Prefeitura de Córdoba está a maior e mais importante praça da cidade: a Plaza de la Corredera. Acredita-se que foi construída sobre os restos do antigo circo romano.
Durante a Idade Média, esse espaço foi utilizado como cenário de execuções da Inquisição e como prisão. Dizem que o carrasco vivia na própria praça caso houvesse alguma “urgência”. Anos depois, o espaço se tornou uma praça de touros até que no século XVII o arquiteto Antonio Ramos a modificou por completo e deu à Plaza de la Corredera seu aspecto atual.
No final do século XIX, a praça foi usada para abrigar o mercado mais importante de Córdoba. Hoje em dia, Plaza de la Corredera conta com diversas cafeterias e bares, além de sediar importantes festas de Córdoba, como a Noche Blanca del Flamenco.
Seu estilo lembra muito o da Plaza Mayor de Madrid e a Plaza Mayor de Valladolid.
Cavalariças Reais
Junto ao Alcácer do Reis Cristãos estão as Cavalariças Reais (Caballerizas Reales), fundadas por Felipe II com o objetivo de criar o cavalo pura raça espanhol. As quadras abrigam quinze carruagens do século XIX.
Em 1570, Felipe II decidiu dotar de um espaço importante em Córdoba a uma das suas grandes paixões: os cavalos. Por isso, ele mandou construiu as Cavalariças Reais em um edifício anexo ao Alcácer e desenvolver ali seu projeto de criar uma nova raça de cavalo mais forte e ágil. É assim como nasce o cavalo de pura raça espanhol ou cavalo andaluz.
Na primeira metade do século XVIII, um devastador incêndio arrasou as Cavalariças Reais e obrigam sua reconstrução quase total. Atualmente é possível visitar a quadra principal, que data do século XVI, as quadras de sementais e um picadeiro.
O principal atrativo das Cavalariças Reais é a coleção de carros de cavalos antigos da quadra principal, uma divisão coberta por uma grande abóbada de arista. Aqui se realizam espetáculos equestres.
Em 1929, as Cavalariças Reais foram declaradas Monumento Histórico Nacional e Patrimônio Nacional.
Flamenco em Córdoba
O folclore de Córdoba não poderia ser entendido sem o flamenco, uma arte declarada Patrimônio Cultural da Humanidade que une voz, dança e expressão de sentimentos.
O flamenco é a arte por excelência da Andaluzia, uma fusão de dança, voz e expressão que foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Também conhecido como “cante jondo”, o flamenco é uma forma de transmitir paixão, tristeza e muitos outros sentimentos através do corpo e dos acordes do violão.
A tradição do flamenco em Córdoba remete ao século XV, quando os estilos mouriscos, cristãos e ciganos se uniram, colaborando com distintas nuances a uma nova arte que perdura até os nossos dias. Além de Córdoba, o flamenco está muito arraigado em cidades andaluzas como Sevilha ou Granada.
Onde se hospedar em Córdoba
A variedade de preços e zonas de hospedagem na cidade permite aos viajantes encontrar hotéis para todos os gostos e bolsos. Conheça as melhores zonas para dormir em Córdoba.
Melhores áreas para dormir em Córdoba
Córdoba é uma cidade de tamanho perfeito, ideal para percorrer a pé. Por isso, não importa se você ficar hospedado fora do centro histórico, já que você não perderá muito tempo para chegar ao coração da cidade.
Se você não tem problema de orçamento, a melhor área para se hospedar em Córdoba é a judería. É o centro nevrálgico da cidade e o bairro concentra a maior parte da oferta hoteleira. A localização dos hotéis na judería é excelente e costumam ter um encanto especial, seguindo a arquitetura tradicional de Córdoba. Além disso, apesar de estar no centro da cidade, é uma área bastante tranquila e com bares e restaurantes.
Uma opção mais econômica é a zona norte de Córdoba. A Plaza de las Tendillas, a Plaza de la Corredera e os arredores de Vial Norte são zonas bastante acessíveis para todos os bolsos e localizadas a 25 minutos a pé da Mesquita-Catedral. Além disso, essa área está ao lado das estações de trem e ônibus.
Onde comer em Córdoba
A cozinha cordobesa se caracteriza por pratos frescos, como o salmorejo, as anchovas em vinagre e o vinho. Sua gastronomia é uma das mais completas da Andaluzia graças à sua grande variedade de carnes e verduras.
Como em grande parte da Andaluzia, a cozinha de Córdoba tem uma base mediterrânea, caracterizada pela ausência de especiarias e a abundância de verduras e legumes em seus pratos mais tradicionais.
Se você quer provar o melhor da gastronomia cordobesa, o ideal é comer em uma taberna no centro da cidade ou visitar alguma das suas diversas adegas para degustar o vinho típico da zona. Como diz o provérbio cordobês “mal por mal, melhor taberna que hospital”.
Pratos típicos de Córdoba
A gastronomia cordobesa combina ingredientes típicos de Andaluzia com elementos próprios. Em seguida, detalhamos os pratos típicos de Córdoba:
- Salmorejo: Sopa fria de tomate, miolo de pão, azeite de oliva, alho e sal. Costuma ser acompanhado de ovo cozido e jamón. É um prato típico de verão, mas pode ser encontrado o ano todo nos restaurantes cordobeses.
- Rabo de touro: Refogado de rabo de touro acompanhado por molho denso e batata cozida.
- Flamenquín: Filé de lombo de porco enrolado sobre jamón e frito com ovo e farinha.
- Anchovas em vinagre: Pequenas anchovas marinadas em vinagre com alho e salsinha. Costuma ser apresentado como acompanhamento.
- Berinjela com mel: Fatias de berinjela fritas com azeite de oliva e cobertas com mel de cana. Esse prato também é típico de Granada.
- Japuta marinada: Peixe chaputa (chamado de japuta ou palometa na Espanha) marinado, cortado em pedaços e servido com alho, cominho e vinagre. É um prato muito típico dos bares de Córdoba.
- Jamón ibérico: Córdoba é uma zona rica na criação de porcos, por isso é bastante comum encontrar esses produtos, como o jamón (espécie de presunto), lombo e salchichón (feito com as carnes magras do porco ibérico). A denominação de origem mais prestigiosa na região é Los Pedroches.
- Bolo cordobês: Torta folhada recheada de cidra, cabelo de anjo e, às vezes, jamón serrano. É a sobremesa tradicional das festas de San Rafael.
- Fiti-Fiti: Mistura de vinho doce e vinho branco cujo nome vem do termo inglês “fifty-fifty”.
- Vinhos de Córdoba: A tradição vinícola de Córdoba faz dessa cidade andaluza uma terra rica em vinhos de todos os tipos. Os vinhos de Córdoba mais famosos são Pedro Ximénez, Fino Cordobés, Casa Villa-Zeballos ou Montilla-Morilles.
- Rebujito: a bebida por excelência da Andaluzia também é muito comum em Córdoba. É obtida da mistura de vinho manzanilla com refrigerantes como Sprite ou água com gás.
Melhores lugares para comer em Córdoba
Em Córdoba, é possível encontrar restaurantes em praticamente todos os pontos da cidade. Em relação à qualidade-preço, as áreas mais recomendadas para comer em Córdoba são a judería, os terraços da ribeira do Guadalquivir e a Plaza de las Tendillas.
A poucos metros da muralha da cidade está o Mercado Victoria, uma opção bastante recomendável para comer porções e provar um pouco de tudo. Se você procura um lugar similar em plena judería, o mercado Los Patios de la Marquesa oferece comida típica com espetáculos de flamenco.
História de Córdoba
O nome de Córdoba significa “cidade do rio” ou “cidade dos turdetanos”, povoado pré-românico que habitou esse território.
Fundação de Córdoba e época Romana
No ano 169 a.C., o general romano Claudio Marcelo levantou um acampamento militar em uma colina do Guadalquivir, dando lugar ao primeiro assentamento na zona. Esse pequeno núcleo populacional rapidamente levou à fundação da cidade romana de Corduba.
Pouco a pouco, Corduba se estendeu e prosperou como cidade até que, em 45 a.C., a guerra civil desatada entre César e os filhos de Pompeu obrigou a cidade a se posicionar em um dos lados. O apoio de Corduba aos pompeianos e sua posterior derrota provocou uma terrível represália que acabou com a vida de 22.000 habitantes.
Em pouco mais de vinte anos, Córdoba recuperou seu papel relevante em Hispânia. No ano 27 a.C., o imperador Augusto nomeou Corduba a capital da Bética, importante província romana em Hispânia. Nos anos seguintes, a cidade viveu uma época de esplendor e chegou a se tornar uma das cidades mais importantes do Império Romano e da Europa.
Corduba protagonizou um autêntico renascer urbanístico. Foram construídos grandes monumentos, como o fórum, o circo, o teatro, o Templo Romano, uma grande muralha que rodeava toda a cidade e a Ponte Romana, que unia a cidade com Roma através da via augusta. Alguns desses monumentos podem ser visitados na atualidade.
Ademais, a cidade viveu um renascer cultural graças a grandes pensadores da época, como o filósofo Sêneca ou o poeta Lucano, ambos de Corduba.
A meados do século VI, Corduba perde seu papel de capital e sofre diversas revoltas que marcam seu imparável declive. No ano 572, os visigodos se assentam em Córdoba e permanecem quase dois séculos no domínio da cidade. Durante esse período, os judeus, que haviam gozado de liberdade de culto com os romanos, foram perseguidos e obrigados a abandonar sua religião.
Este fato provocou o futuro apoio do povo hebreu às tropas muçulmanas que invadiram a cidade a princípios do século VIII.
Invasão muçulmana e Emirado de Córdoba
No ano 711, as tropas berberes do norte da África cruzaram o estreito de Gibraltar e começaram a invasão da Península Ibérica. Apenas sete anos depois, esse novo território denominado al-Ándalus se tornou uma província dependente do Califado Omíada.
Durante vinte anos, o exército berbere avançou até ser derrotado em Tours, no nordeste da França. Essa batalha marcou o início do retrocesso muçulmano, que provocou conflitos internos entre árabes e berberes.
No meio do caos, o jovem Abderramão I, único sobrevivente do massacre da dinastia omíada na Síria, fugiu de Damasco e fundou o primeiro emirado omíada de Córdoba em 756. Assim, Córdoba se tornou a capital de al-Ándaluz e se fez independente politicamente do califado, embora tenha mantido seus vínculos religiosos.
Nos 170 anos seguintes, sete emires sucederam Abderramão I. nesse tempo, Córdoba viveu uma importante transformação urbana e cultural. O bairro judeu, conhecido como judería, se ampliou e as ruas seguiram o traçado típico da arquitetura muçulmana, dando lugar a um labirinto de ruas estreitas.
Além disso, seguindo a ideia do “jardim do paraíso”, os pátios das casas se encheram de fontes e flores aromáticas. Esse novo modelo de residência foi mantido até os dias de hoje, dando lugar aos famosos pátios de Córdoba. Também foram construídas mesquitas e banhos árabes na capital e o templo mais importante de al-Ándalus: a Mesquita de Córdoba.
A vida na capital de al-Ándalus seguiu seu rumo tranquilamente até a chegada do oitavo emir, Abderramão III.
Califado de Córdoba
O oitavo emir de Córdoba, Abderramão III, rompeu definitivamente os vínculos religiosos com o califado de Bagdá no ano 929 e se autoproclamou califa de Córdoba. Sob seu mandato, a cidade viveu uma época de esplendor sem precedentes e chegou a ser o principal centro cultural do Ocidente.
Com quase um milhão de habitantes, Córdoba simbolizou a convivência de judeus, cristãos e muçulmanos durante mais de um século. Em todo esse tempo, a cidade califal se tornou o ponto de encontro de célebres cientistas, filósofos, astrônomos e matemáticos. Além disso, foram feitas importantes obras públicas, como a pavimentação das ruas, esgotos e iluminação noturna.
Mas, sem dúvida, a obra mais importante da Córdoba califal foi a construção da Medina Azahara em 936. Abderramão III trasladou o governo e a corte a essa cidade palatina, de onde gerenciou o funcionamento do califado, recebeu líderes internacionais e conciliou as relações entre berberes, cristãos e judeus.
Seu sucessor no trono foi Al-Hakam II, quem por sua vez deixou o trono ao seu filho Hisham II, de apenas onze anos. A inexperiência do jovem califa fez com que o fidalgo Almançor ganhasse protagonismo e influência até concentrar todo o poder civil e militar.
Os constantes ataques de Almançor aos reis cristãos fizeram como que esses se unissem e protagonizassem um levantamento que colocou fim ao califado de Córdoba no ano 1031. Os berberes saquearam e incendiaram Medina Azahara e a comunidade muçulmana de Córdoba se dividiu em pequenos estados denominados reinos de taifas.
Reconquista e época cristã
Depois da dissolução do califado de Córdoba, a capital ficou dividida em 39 reinos de taifas, o que fez com que o poder político ficasse descentralizado. As tropas almorávidas aproveitaram essa situação e arrasaram esses reinos, que mais tarde se rebelaram dando lugar aos segundos reinos de taifas.
No século XII, o império almóada chegou à Península Ibérica e unificou todos esses reinos. Poucos anos depois, os almóadas foram derrotados pelos cristãos, dando lugar aos terceiros reinos de taifas.
Finalmente, as tropas cristãs de Fernando III entraram em Córdoba e conquistaram todo o território em 1236. Embora a cidade tenha mantido sua essência árabe, os muçulmanos foram expulsos, a medina passou a ser vila medieval e foram construídas diversas igrejas. A história de Córdoba iniciou sua etapa cristã.
No século XV, os Reis Católicos se instalaram em Córdoba para dirigir da cidade a reconquista de Granada e a cidade recuperou parte de seu esplendor. Em 1486, Isabel e Fernando receberam o marinheiro genovês Cristóvão Colombo no Alcácer dos Reis Cristãos para escutar sua inovadora rota rumo às Índias.
A cristianização total de Córdoba chegou em 1482, quando os Reis Católicos expulsaram os judeus e muçulmanos da Península Ibérica. Como consequência, em 1523, Carlos I autorizou a construção de uma catedral no interior da Mesquita.
Nos anos seguintes, também foram construídas as Cavalariças Reais, a Porta da Ponte e a Plaza de la Corredera.
Córdoba teve um papel de protagonista em 1808, quando as tropas do general Castaños venceram o exército francês na Batalha de Bailén, que representou a primeira derrota de Napoleão e o início do seu declive.
História de Córdoba no século XXI
Desde meados do século XX, a cidade viveu um renascimento econômico e cultural que derivou em um aumento considerável da população.
Hoje em dia, Córdoba é um importante núcleo turístico que atrai visitantes do mundo todo graças à sua riqueza patrimonial. A Unesco declarou Córdoba Patrimônio da Humanidade em 1984. Recentemente, em 2018, o conjunto arqueológico de Medina Azahara foi declarado Patrimônio Mundial.
Córdoba em 24 horas
O tamanho de Córdoba é ideal para percorrer a cidade em um dia e visitar seus monumentos e atrações turísticas mais importantes. Aqui, neste Guia de viagem: Córdoba sugerimos também uma alternativa para visitar Córdoba em 24 horas, pensando em aproveitar ao máximo a cidade e tentar ver os principais monumentos de Córdoba em um dia.
Em função do dia da semana que você viajar a Córdoba, você deve levar em conta os horários dos museus e monumentos que incluímos na nossa rota, isso é muito importante. Os horários mudam bastante de acordo com a época do ano e muitos pontos de interesse permanecem fechados às segundas.
A rota que sugerimos é pensada para os turistas que cheguem a Córdoba à tarde e tenham as últimas horas desse dia e todo o dia seguinte para desfrutar da cidade.
Ao chegar
Se você tiver a tarde livre, depois de deixar as malas no hotel, nossa recomendação é começar a conhecer Córdoba pela zona norte. A Plaza de las Tendillas é um bom ponto de partida para verificar o contraste entre a zona mais comercial e a parte medieval da cidade. Além disso, aqui você encontrará um posto de informação turística com mapa e outros folhetos úteis.
Dessa praça no centro, você poderá pegar a rua Claudio Marcelo, descer até o Templo Romano e ver os restos das muralhas romanas que atravessavam a cidade. Seguindo a rua Rodríguez Marín, você chegará a uma das praças mais famosas da cidade: a Plaza de la Corredera. Se você tiver fome, pode aproveitar para comer ou beber algo nos diversos bares da praça.
A apenas cinco minutos desse lugar está a Plaza de Séneca, com um busto do célebre filósofo cordobês. A partir daqui, se abrirá diante de nós a labiríntica judería, um labirinto de ruas estreitas onde você pode se perder e desfrutar do seu encanto no final da tarde.
Embora seja impossível traçar uma rota exata pela judería, esse bairro abriga diversos restaurantes e bares onde comer, você só precisa escolher o que mais gostar. Depois de jantar, vá rumo ao sul até chegar à ribeira do rio Guadalquivir. Aqui você encontrará monumentos como a Ponte Romana, a Porta da Ponte ou a Torre de la Calahorra iluminados. Uma imagem de cartão postal.
Dia completo
A melhor maneira de começar um dia de turismo em Córdoba é visitar seu monumento estrela e símbolo da importância histórica de al-Ándalus: a Mesquita-Catedral. Recomendamos chegar cedo para poder seguir o itinerário sem atraso.
Deixando a Torre Campanário à sua direita, você verá a rua Medina y Corella. Se você virar à esquerda no final da rua e seguir reto, chegará na Sinagoga de Córdoba, outra das visitas imprescindíveis da cidade.
Ao redor desse templo judaico estão outros lugares de interesse, como a Capela mudéjar de São Bartolomeu, a Casa Sefarad ou a Casa Andalusí. No final da rua desse último museu, você verá a Porta de Almodóvar e as antigas muralhas da cidade. Além disso, essa zona tem diversos restaurantes onde comer e provar os produtos típicos de Córdoba.
Com o apetite saciado, você poderá continuar a rota visitando o majestoso Alcácer dos Reis Cristãos, um lugar cheio de história. Depois sugerimos visitar as Cavalariças Reais, muito próximas ao complexo palaciano.
Para ter uma visão completa da história de Córdoba, você também pode visitar os Banhos do Alcácer do Califa, um exemplo único da arquitetura árabe que os muçulmanos deixaram em sua passagem por Córdoba.
Se você ainda tiver tempo, não deixe de visitar o Museu de Julio Romero de Torres e o Museu Arqueológico. Os dois fecham por volta das 21:00 horas no horário de inverno.
Mais de 1 dia em Córdoba?
Se você tiver a sorte de ter mais de um dia em Córdoba, não vá embora da cidade sem visitar o sítio arqueológico de Medina Azahara. Além disso, você também pode aproveitar para ver outros lugares de interesse, como o Palácio de Viena e seus pátios, o misterioso Cristo dos Faróis ou visitar os museus que lhe pareçam mais interessantes.
Além disso, você poderá aproveitar sua passagem pela cidade para relaxar no hammam Al Ándalus e reviver a intimidade dos banhos árabes.
Agora sim, acho que deixamos esse Super Guia de viagem: Córdoba, bem completinho, com muitas referências para te ajudar no seu planejamento de viagem. Faltou alguma coisa? Fala pra gente, vamos adorar acrescentar suas dicas e ajudar ainda mais pessoas nesta missão de fazer uma viagem incrível pela Espanha.
Com informações de: Turismo de Espanha / Biblioteca de Espanha / Civitatis
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