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Museu do Amanhã abre exposição “Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia”

Museu do Amanhã abre exposição inédita sobre pandemia da Covid-19 nesta quinta-feira, 4 de março.

Coronaceno

Mostra “Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia” propõe reflexão sobre como a influência humana e a globalização foram fundamentais na disseminação do novo coronavírus, além dos impactos no mundo e mudanças no estilo de vida

O ano de 2020 ficará marcado na história mundial pela pandemia da Covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março do mesmo ano.  Em diversos lugares ao redor do planeta, ruas ficaram silenciosas, comércios foram fechados e um dos piores cenários econômicos, nunca antes visto, estava se formando. Para incentivar a reflexão sobre os impactos da doença no mundo e as perspectivas de mudanças no estilo de vida, o Museu do Amanhã abre a exposição “Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia”, em cartaz de 4 de março a 30 de maio. A mostra é dividida em seis núcleos – “Essenciais”, “Do vírus à pandemia”, “Sociedades transformadas”, “Memorial aos que partiram”, “A cultura é o caminho” e “A ciência é protagonista” – e tem curadoria assinada por Luiz Alberto Oliveira e Leonardo Menezes, gerente de conteúdo e de exposições do museu. A mostra é uma realização do IDG/Museu do Amanhã, em parceria com a Globo e parceria de conteúdo com a GloboNews.  

Ao entrar na primeira sala da exposição ““Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia”, o visitante é convidado a refletir sobre o tema proposto: como a influência humana e a globalização foram fundamentais para a expansão do vírus por todos os continentes. Textos contextualizam a mostra e explicam o motivo pelo qual o Museu trouxe o tema para debate. Mais à frente, é possível conhecer a sala “Essenciais”, uma área dedicada aos profissionais que mantiveram suas tarefas desde o início. Médicos, enfermeiros, cientistas, farmacêuticos, garis, profissionais de higienização, entregadores e motoristas de transporte público são homenageados por meio de retratos pendurados e textos que evidenciam a importância destes profissionais, que deixaram para trás a segurança da casa e suas famílias para nos proteger e mitigar o número de vítimas.  Imagens das cidades de Wuhan, berço do coronavírus, Rio de Janeiro e Paris, com áreas públicas vazias, também trazem a dimensão de que o mundo inteiro foi impactado pela pandemia.  

Seguindo o trajeto da exposição, chega-se à sala “Do vírus à pandemia”. Foram espalhadas pelas paredes mãos e gotículas chapiscadas com tinta fluorescente que se revelam aos olhos dos visitantes com a presença de luzes negras. Ali, a ideia é reforçar que a principal via de contaminação é o toque, o contato. A sala conta ainda com vídeo explicativo e uma instalação central, representando artisticamente o coronavírus em grande escala, fora de seu universo microscópico. Construída no formato de um polígono, pensado propositalmente para trazer uma sensação de desconforto, “Sociedades transformadas”, próxima área da exposição, traz o propósito de entender como a civilização mundial foi afetada pela pandemia do novo coronavírus. Em uma de suas paredes há uma maquete com vista aérea de São Paulo e rostos com máscaras projetados sobre alguns prédios, remetendo à situação de distanciamento social, enquanto em outras são projetados vídeos mostrando diferentes cenários sociais, evidenciando como a desigualdade social ampliou os efeitos da pandemia.  

“Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia”

Instigar a conscientização e ampliar o respeito às vítimas é a ideia do módulo “Memorial aos que partiram”, que traz uma série de ampulhetas penduradas no teto representando o tempo de vida esgotado e reforçando o quão frágil é o ser humano. As paredes, por sua vez, estampam nomes daqueles que perderam a vida na luta contra a doença, além de gentílicos, etnias indígenas e nomes próprios no plural. Ao fundo, a narração do poema “Os Dois Horizontes”, de Machado de Assis”, por Cissa Guimarães, com trilha sonora de Amazing Grace, executada pela Orquestra Sinfônica Ouro Preto, reforça a saudade e o respeito aos que infelizmente partiram. 

Trazendo esperança para o futuro, a mostra faz um viva especial para a ciência, que assumiu protagonismo na pandemia e grande importância na intensificação das pesquisas científicas. O módulo “A Ciência é Protagonista” promove uma imersão do visitante ao recriar laboratórios, com equipamentos reais utilizados em pesquisas, além de itens pessoais de cientistas brasileiros. Com objetivo de reforçar o papel fundamental da ciência para a sobrevivência, a sala homenageará os pesquisadores brasileiros representados pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz – uma de nossas parceiras de conteúdo -, que mergulharam na busca pela cura e desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.  

“A Cultura é o Caminho” encerra o percurso da exposição. Sendo a indústria cultural um dos setores mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, a sala evidencia as dificuldades enfrentadas e a transformação da cultura, “do tradicional ao digital”, com as grandes produções incorporadas aos ambientes digitais, não só como forma de sobrevivência, mas também como resiliência e fonte de bem-estar mental para a sociedade.  

Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia é uma exposição realizada pelo Museu do Amanhã, em parceria com a Globo e GloboNews.  

Coronaceno

Protocolo de segurança sanitária 

O Museu do Amanhã vem adotando um rígido protocolo de segurança sanitária desde a reabertura ao público, em setembro do ano passado. As visitas acontecem com horário marcado e a compra de ingressos é feita pela Ingresso Rápido. Não há mais bilheteria no local. É obrigatório o uso de máscaras dentro do museu e a capacidade de público foi reduzida. Há medição de temperatura na entrada, sinalização que mostra a necessidade de distanciamento social e totens de álcool gel em lugares estratégicos. Além disso, os aparelhos de ar-condicionado filtram todo o ar do museu de 20 em 20 minutos. Na exposição Coronaceno, todo o protocolo será seguido e ela também terá capacidade limitada, além de educadores para orientar o público sobre as medidas necessárias para a proteção de todas e todos.  

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