Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory fizeram história nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ao conquistarem, pela primeira vez, três medalhas na ginástica artística para o Brasil. Neste sábado (20/08), eles encheram o auditório do Rio Media Center (RMC), onde conversaram com os jornalistas sobre o desempenho que tiveram e as perspectivas para o esporte no país.
Os ginastas ressaltaram a importância de um trabalho continuado e de incentivos para a obtenção de resultados expressivos.
Arthur Zanetti, prata nas argolas nos Jogos Rio 2016 e ouro em Londres (2012), destacou a necessidade de um trabalho de base não apenas para os atletas, mas para a formação de equipe técnica.
Arthur Nory, que fez dobradinha com Diego e foi bronze no solo, acrescentou a importância do foco e da determinação para a conquista de bons resultados.
Segundo Nory, as medalhas contribuem para que a nova geração se interesse mais pelo esporte. “É muito importante ter ídolos, poder seguir o exemplo de quem você admira. Os meus eram a Daiane dos Santos e o Diego. Toda criança deve ter alguém para se inspirar. Com esses resultados, a gente mostra uma imagem boa e que ajuda o desenvolvimento do esporte no país”, destacou Nory.
Diego usou sua história pessoal para exemplificar os percalços e a evolução que a ginástica teve no Brasil. O atleta foi sozinho para os Jogos de Pequim (2008), depois em companhia de dois ginastas para Londres (2012). “Fui para Pequim e Londres sem ter no Brasil o mesmo tablado em que ia competir para poder treinar. Agora, para os Jogos do Rio já temos essa estrutura”, afirmou.
Além do incentivo financeiro, ele destacou a importância de persistir em um sonho para conquistar uma medalha olímpica. Nos Jogos anteriores, duas quedas o deixaram fora dos pódios e tiveram um forte impacto sobre o atleta. “Eu cheguei a Pequim achando que seria medalhista, não estava preparado para uma derrota. Quando caí, foi uma derrota pessoal. Continuei com a ajuda de um psicólogo e consegui ir para Londres. Mas caí de cara. Depois dessa, entrei em depressão, achei que nunca teria uma medalha olímpica”, contou Diego.
Mas as derrotas e as dez cirurgias que sofreu entre os ciclos olímpicos não o afastaram do sonho olímpico, que foi alcançado justamente no Brasil. “Foi muito gratificante, era o meu maior sonho, foi o melhor dia da minha vida”, disse Diego.