Um dia, falando de futebol com uma amiga, que entende bastante e é fanática (no melhor dos sentidos) por um clube tradicional de São Paulo, o assunto violência entrou em questão e concordamos, assim como a grande maioria que conversa comigo concorda, que o futebol está um caos, não apenas, no quesito violência fora de campo como também na falta de profissionalismo e de amor ao clube de alguns jogadores e de muitos dirigentes que está acabando com o nosso futebol arte.
Continuamos a nossa conversa quando outro aspecto do futebol veio à tona e constatamos como o futebol é forte e pode até parar guerras. Sim, o futebol é uma arma político-social fortíssima. Pelé e o grande time do Santos, no final dos anos 60, pararam uma guerra na África, e quem não se lembra da democracia Corintiana?
Faz muito tempo que não vou a estádios. Aquela vontade de assistir a um grande clássico no domingo a tarde, com o ouvido colado no radinho de pilhas, se torna cada vez mais fraca e a violência fora e dentro dos estádios é um dos motivos.
Discriminação racial, jogadores sendo xingados em várias partes do mundo são retratos do futebol atual, onde a discordância gera traumas que demoram a passar, quando passam. Por que não ficar com a melhor parte: os dribles, os gols, os sorrisos?
Futebol, religião e política são assuntos pouco comentados em locais públicos, pois, de alguma forma geram um constrangimento quando os “comentaristas” passam a ignorar as outras opiniões. É estranho que assuntos importantíssimos para a nossa vida, como, o bem espiritual, o bem do país e o divertimento, estão, de alguma maneira, sendo excluídos das rodas de conversa dos brasileiros. Pior ainda é andar com a camisa do seu clube de coração, isso passou a ser uma afronta principalmente se você está em um bairro que é considerado “O bairro do outro time”.
É triste não poder expressar a alegria de usar a camisa do time que te deu e dá tantas alegrias.
7×1 contra a Alemanha foi só o balde de água fria. Lutemos contra todos os tipos de violência existentes dentro e fora dos campos.