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Risco de não haver Copa em Porto Alegre é alto

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, admitiu em entrevista a Rádio Gaúcha que pode não haver Mundial na capital gaúcha. Segundo ele, não há plano B. A única chance de se realizar as obras necessárias é por meio da votação de projeto de lei, que está travado na Assembleia há quase um mês. Esse projeto concede incentivos fiscais às empresas que bancarem as estruturas no Beira-Rio durante o torneio, que começa em 12 de junho.

O prefeito juntou-se publicamente ao alerta já dado pelo presidente do Internacional, Giovanni Luigi que já havia cogitado Porto Alegre fora da Copa em razão do impasse. Depois que o Poder Público resolveu contribuir com as estruturas temporárias, Luigi recuou e mostrou confiança no evento. Na última sexta, porém, ele voltou a colocar a Copa em risco.

Também na sexta, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltou a falar do atraso das obras do Beira-Rio e na Arena Corinthians. Para ele, os dois estádios concentram os maiores problemas.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, em audiência recente sobre o uso de recursos públicos na construção das estruturas temporárias, informou que, mesmo o Sport Club Internacional conseguindo a aprovação de isenção fiscal, ou tendo apoio de parceiros privados, o estado deverá ser ressarcido pelo clube após o Mundial. O clube, por sua vez, não quer arcar com as despesas.

Na foto estão: José Fortunati (à direita de Valcke) e a Secretária de Turismo Abgail Pereira. Foto: Reuters/Edison Vara

Na foto estão: José Fortunati (à direita de Jérôme Valcke Valcke) e a Secretária de Turismo Abgail Pereira. Foto: Reuters/Edison Vara

O que são as estruturas temporárias

As estruturas temporárias vão abrigar, no entorno do Beira-Rio, as áreas de imprensa, energia, tecnologia da informação e segurança, entre outras, necessárias para a organização da Copa. Fazem parte das despesas, por exemplo, gastos com assentos, tendas, plataformas, passarelas, cercas, iluminação, cabos, mobiliário e  divisórias. A maior parte dos itens será desmontado depois do Mundial.

Contratualmente, a obrigação sobre as estruturas temporárias é do detentor do estádio. Na maioria das cidades-sedes, o poder público é quem administra ou delega o gerenciamento dos estádios. Como o Beira-Rio é particular, a responsabilidade recai sobre o Inter em Porto Alegre. Os contratos foram assinados em 2007 e, dois anos depois, um aditivo também foi firmado.

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