Viajante Sangue Bom, graças a você o número de doadores no Brasil vem crescendo, mas isso ainda não é suficiente para manter os estoques, já que muitos bancos de sangue estão em situação crítica.
Os brasileiros, infelizmente, não têm o costume de doar sangue. A OMS (Organização Mundial da Saúde) constatou que o percentual de doadores de sangue no Brasil não chega a 2%. O assunto doação de sangue ainda é pouco discutido por grandes veículos de comunicação, sites, blogs, rádios e tvs, mesmo sendo de extrema importância para a vida de muitas pessoas.
Diante desse cenário, é comum algumas dúvidas tais como: Por que devo doar sangue? Como é o procedimento? Onde posso doar? Quem pode fazer a doação? Se eu doar uma vez terei que doar sempre? O sangue tem prazo de validade? É seguro ou existem riscos?
Segundo Dr. Nei Marinho, cirurgião plástico e diretor geral do Hospital San Paolo (www.hsanpaolo.com.br) – centro hospitalar de média complexidade localizado na zona norte de São Paulo, na Rua Voluntários da Pátria, 2786 – Santana, o maior problema para que as pessoas não doem sangue é o medo.
A falta de informação faz com que muitos mitos sejam criados em cima desse assunto como, por exemplo: se eu doar uma vez e não doar mais meu sangue vai engrossar ou até mesmo o meu organismo vai produzir mais sangue do que o normal. “Tudo isso é falso. Caso o doador queira doar apenas uma vez, sem problemas, ele não vai ficar com sintomas ou sequelas desse procedimento, ele apenas vai deixar de ajudar muitos pacientes que precisam receber o sangue”, completa o médico.
A importância de doar sangue é apenas uma, salvar vidas. “Quando alguém doa sangue está doando um pedaço da sua vida para ajudar a do próximo. Existe uma frase que diz tudo e que muitos já viram pelas ruas de São Paulo, DOAR SANGUE É DOAR VIDA”, explica Dr. Nei.
Não existe nenhum risco de contaminação para o doador, pois todo material utilizado é descartável. Antes que a pessoa retire o sangue, é feita uma série de perguntas e só quem passa desta fase poderá fazer a retirada de sangue. O sangue coletado passa por uma bateria de análises e se ele for totalmente saudável vai para o hemocentro, caso contrário ele é descartado. No hemocentro ele permanece em temperatura ideal, com toda infraestrutura adequada com geladeiras e freezers próprios para o armazenamento e só é retirado quando um paciente necessita.
“É importante destacar que todas as pessoas que fazem a doação recebem os resultados do exame. E o sangue quando doado não é identificado com o nome de quem o doou, apenas o tipo sanguíneo”, ressalta Dr. Nei Marinho.
Veja alguns dos requisitos necessários para que a pessoa possa doar sangue.
Quem pode doar
Pessoas saudáveis, que pesam mais de 50 quilos e maiores de idade.
Quem não pode doar
Pessoas que tenham doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas. Usuários de drogas ilícitas injetáveis e que tenham ou já tiveram Malária.
O que é janela imunológica?
É o período de impedimento temporário, por exemplo, uma pessoa que fez uma tatuagem há menos de 12 meses não poderá doar sangue, porque pode ser que ela tenha contraído alguma doença e o organismo ainda não há detectou. Isso vale para qualquer atividade de risco como, por exemplo, relações sexuais com vários parceiros em pouco tempo.
Pessoas que tenham tido um resfriado devem esperar uma semana para que se esteja novamente apto à doação.
É recomendável evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ter ingerido bebidas alcoólicas 12 horas antes.
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