Como a população está contribuindo no combate ao coronavírus

Escassez de itens de segurança mobilizaram voluntários, que passaram a fabricar luvas e aventais para os profissionais de saúde

combate

Por conta da pandemia do novo coronavírus, itens que antes não faziam parte do dia a dia da maioria das pessoas passaram a ser fundamentais para evitar o contágio e a transmissão da COVID-19. Com isso, se tornou comum encontrar pessoas utilizando máscaras e, até mesmo, luvas descartáveis nas ruas.

Mas, ao mesmo tempo, esses itens são indispensáveis para médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, especialmente, neste cenário tão delicado. Então, para que não houvesse escassez desses produtos nos hospitais, uma opção criativa foi posta em prática pela população: máscaras de tecido. 

Mesmo com a ajuda dos habitantes, que aderiram rapidamente às máscaras reutilizáveis, este e demais itens de segurança descartáveis — voltadas para o uso de profissionais da Saúde — estão em falta. Sua matéria-prima, inclusive, está cada vez mais difícil de ser encontrada pelas indústrias. 

Então, em prol de um bem maior, a população mais uma vez se mobilizou para contribuir com o trabalho de médicos, enfermeiros e demais profissionais do segmento. Costureiras, empresários e outros se uniram em um combate para encontrarem saídas viáveis para que as equipes de Saúde se mantenham em segurança. Confira algumas delas, a seguir.

A união da comunidade para manter a segurança de profissionais de Saúde

Desde o início da pandemia do coronavírus, tornou-se comum encontrar notícias que apontavam a escassez de itens de proteção, como máscaras, luvas e aventais descartáveis, entre outros. Porém, a falta desses produtos deixa não só a população, mas os profissionais da Saúde e demais pacientes de hospitais ainda mais vulneráveis ao vírus.

Com isso, muitos médicos e enfermeiros tiveram que improvisar, utilizando capas de chuvas e sacos plásticos de lixo como aventais, por exemplo. Com essa situação, alternativas mais criativas foram postas em prática por grupos de pessoas que se uniram para ajudar os profissionais da Saúde, de alguma maneira. 

Um exemplo de cooperação e ajuda ao próximo foi dado por um grupo de costureiras de Limeira, que fabricaram 200 roupões cirúrgicos e 200 máscaras de proteção de tecido para a equipe de Saúde da região no último mês. Mas esse não foi o primeiro lote entregue para os profissionais. Ao todo, já foram fabricados mais de 2 mil máscaras e 500 roupões. 

Para realizar o trabalho, as costureiras voluntárias do curso de Corte e Costura da prefeitura da cidade entraram no combate e puderam utilizar o laboratório do curso de Design de Moda da FAAL (Faculdade de Administração e Artes de Limeira). Ainda é prevista a entrega de mais equipamentos de segurança. 

Para ajudar, é possível fazer doação de tecidos TNT, tricoline, látex e algodão. E, para quem deseja fazer parte do grupo de costureiras, é possível se candidatar, entrando em contato com o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) de Limeira, pelo telefone 3404-6253.

Outro exemplo de solidariedade foi dado por dois amigos de Santos, os empresários Alexandre Tavares e Pedro Calejo. A dupla decidiu pôr em prática uma ideia que surgiu nas redes sociais: a fabricação de máscaras de proteção facial feitas em impressoras 3D. 

Assim que decidiram iniciar a fabricação, a dupla contou com a ajuda de outros amigos que também tinham impressoras 3D neste combate. No começo, eles estavam doando as máscaras para médicos conhecidos, mas a notícia se espalhou rapidamente e outros profissionais de Saúde passaram a entrar em contato com os empresários para encomendar o item de segurança. 

O grande problema do grupo de amigos que fabrica as máscaras está no tempo em que elas levam para ficarem prontas. São cerca de três horas para a impressão de cada uma, além do período que eles levam para retirar rebarbas e cuidar de demais detalhes. 

Os voluntários contaram com uma doação de acetato, utilizado para a fabricação das fitas que são presas na cabeça. Outro material que também é usado e pode ser doado é o plástico. O grupo espera, ainda, contar com a ajuda de mais pessoas que tenham as impressoras 3D, além de encontrarem uma forma de otimizar o tempo de impressão e, assim, conseguir aumentar a produção dos itens.     

Para quem também quiser ajudar

Para quem deseja entrar neste combate e contribuir na fabricação de itens de seguranças ou, então, produzir para uso próprio, é possível encontrar diversos moldes de máscaras e aventais na Internet. Também é explicado quais os melhores tipos de tecido e os cuidados devidos na utilização e higienização correta dos itens. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *