A Copa das Confederações deixou importantes frutos para o turismo e para a sociedade brasileira, em estimativa atualizada da EMBRATUR, levando em consideração gastos de turistas brasileiros e estrangeiros, além das seleções e delegações, ao menos R$ 311,5 milhões foram gastos pelos turistas que visitaram o Brasil durante os 15 dias do evento.
“Esses números mostram como os megaeventos trazem um retorno direto à economia local”, avalia o presidente da EMBRATUR, Flávio Dino. “Uma parte importante desses recursos vai diretamente ao bolso de comerciantes locais, vendedores de rua e pequenos empreendedores”.
Dino explica que este cálculo é modesto, porque leva em conta apenas o dinheiro gasto diretamente pelo turista. “Obviamente, esse consumo, assim como toda a organização do evento, movimentam uma cadeia produtiva muito mais ampla, que traz um impacto econômico imensamente maior”, afirma. “A Copa das Confederações é um evento voltado mais para o público interno, é um teste para a Copa do Mundo de 2014, quando, realmente, vamos receber um número massivo de estrangeiros”, afirma Dino.
Além do ganho financeiro direto, Dino contabiliza a exposição de imagem do país como um dos principais saldos. “Os jogos bateram recordes de audiência no exterior para a competição”, afirma. Ainda não há números fechados da audiência de todos os jogos, mas Brasil e Itália, realizado em Salvador, pela primeira fase, atingiu cerca de 50,4 milhões de espectadores nos 10 principais mercados de televisão do mundo.
O público televisivo italiano para o jogo superou 10 milhões de pessoas, maior do que qualquer jogo da Itália ao vivo na fase classificatória para a Copa do Mundo 2014. Essa marca na audiência também foi superior à das partidas ao vivo da Liga dos Campeões da UEFA na temporada 2012/2013. “São momentos como esses que colocam o Brasil na tela de milhões de pessoas em todo o mundo”, lembra Dino.
O cálculo de gastos feito pelo Instituto Brasileiro de Turismo levou como base o número de turistas e o tempo de permanência do visitante nas cidades que estão sediando os jogos, além do gasto de delegações e seleções que participam do torneio. Pela previsão da EMBRATUR, o turista estrangeiro ficou cerca de 10 dias na cidade, já o brasileiro, permaneceu três dias no local do jogo.