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E depois das Olimpíadas?

Vancouver foi um verdadeiro show de classe e beleza nessas Olimpíadas de Inverno. Tanto é que passada uma semana do encerramento, ainda encontramos pelas ruas pessoas falando e “se derretendo” pelas modalidades, que são novidade de uma forma geral para o povo brasileiro, assim como também encontramos pessoas apaixonadas pelas montanhas de neve e por uma organização primorosa.
Estes Jogos de Inverno de Vancouver que duraram 17 dias (de 12 e 28 de Fevereiro) e reuniu no total 83 países, 2.800 atletas, e levaram para a região da British Columbia um impulso econômico invejável. Foram gerados entre  15 e 20 mil empregos diretos segundo a PricewaterhouseCoopers. Também foi constatado que a cidade de Vancouver recebeu em média 250 mil visitantes durante as Olimpíadas. Vancouver, que é conhecida como uma cidade exemplar para receber os turistas estrangeiros, se saiu muito bem nesta missão, com mérito.

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Mesmo com uma economia das mais influentes do planeta, e com PIB em torno dos US$ 1.274 trilhões, o país teve ainda assim alguns problemas para realizar essa Olimpíada de Inverno, e isso não se limita ao acidente fatal do atleta de Iuge Nodar Kumaritashvili algumas horas antes da abertura das competições.
Mesmo com uma população esclarecida, algumas ações foram movidas contra os jogos devido a um crescente número de impostos pago pelos moradores, pela destruíção do meio ambiente, além de gastos de 2 bilhões de dólares canadenses numa Parceria Pública Privada para construção de uma auto-estrada do centro de Vancouver até o Aeroporto Internacional.
Obras diversas custeadas com dinheiro público, geraram controvérsias. E mesmo com o aumento no emprego na região de Vancouver, muito parecido ao ocorrido nos Jogos de Inverno de 2006, em Turim, na Itália, e nos de Salt Lake City, nos Estados Unidos, em 2002, os críticos locais dos Jogos de Vancouver disseram que os ganhos econômicos foram ofuscados pelos custos sociais.
Um bom exemplo para se seguir é o de Barcelona, na Espanha. A cidade se transformou no sentido mais benéfico depois dos Jogos. Um Programa para a Olimpíada foi feito lá e, muito além da construção de instalações e complexos turísticos, foi focada a divulgação das belezas da Espanha e da Catalunha. De forma inteligente foram feitos investimentos em melhorias na cidade, no transporte público, em limpeza e no treinamento de pessoas para receber turistas. Diferente do que ocorreu na China, que hoje tem no estádio Ninho de Pássaro, construído por cerca de US$ 450 milhões e com capacidade para para 80 mil pessoas, um peso para a administração de Pequim.
Tendo exemplos assim, é hora do Brasil atentar para seus estudos da infra-estrutura dos Jogos Olímpicos de 2016. É preciso que além de construir monumentos e modernos complexos esportivos, que se construa algo que possa ser viável posteriormente e ser utilizado pela população após os jogos.
Mais do que beleza e festa, que venha real e efetivo progresso.

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