Você, que nos acompanha por algum tempo, já sabe que somos apaixonados por histórias e curiosidades, por isso mesmo temos várias séries aqui no portal, falando um pouco sobre algumas pelo mundo. E só por isso, “inspirados” neste momento caótico de descompensação climática que estamos vivendo, trazemos mais uma série, para que através da linha do tempo da nossa história, você possa compreender um pouco mais como o Rio de Janeiro foi se transformando ao longo dos séculos. E hoje, vamos aproveitar a sensação térmica de quase 60°C que tivemos na semana passada, para falar de que? Falta d’água! 😖
No calor escaldante do verão de 1888, o Rio de Janeiro se via às voltas com uma seca implacável, deixando os termômetros insanos marcando 42°C. Mais ou menos o que vivemos recentemente na cidade, mas por sorte, em tempos mais flexíveis de bermudas e croppeds. A população daquele tempo sofria muito com a irregularidade no abastecimento dos chafarizes, que eram estrategicamente posicionados para levar água para as residências, e o imperador D. Pedro II, pressionado pela imprensa e pelos cidadãos, decidiu agir.
Em meio a esse cenário desértico, o jovem engenheiro Paulo de Frontin, com apenas 29 anos, emergiu como um herói improvável. Um concurso foi anunciado para escolher um escritório de engenharia que pudesse solucionar a crise hídrica. Desafiando empreiteiros do Governo Central, que prometiam uma solução em seis meses, Frontin, junto com seu parceiro Belfort Roxo e alunos da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, assumiu o desafio.
A promessa audaciosa de Frontin ecoou: resolver o problema em apenas seis dias. Houve muito alvoroço, desconfiança e pressão política, mas a equipe venceu a concorrência e colocou mãos à obra. O projeto consistia basicamente em canalizar a água das cachoeiras do Rio Tinguá, na Serra do Comércio, Baixada Fluminense, até a Represa do Barrelão, na cidade do Rio. A tubulação corria ao lado da Estrada de Ferro Rio d´Ouro, e o resultado diário era impressionante: 16 milhões de litros de água.
Ao cumprir o prazo prometido, Belfort Roxo e Paulo de Frontin não apenas resolveram a crise imediatamente, mas também entraram para a história. E é por isso que hoje os nomes desses engenheiros viraram municípios no estado do Rio de Janeiro, perpetuando sua contribuição. Uma justa homenagem.
As (constantes) Crises Hídricas na Cidade
A cidade do Rio, naquela época, enfrentava uma situação crítica com a água. Imagine-se em pleno calor do verão, os cariocas enfrentando 42°C, e a fonte vital, os chafarizes, falhando em fornecer água de maneira regular. Era uma provação constante, um desafio enfrentado cotidianamente pela população. A sede era uma sombra constante sobre a cidade, criando um pano de fundo desafiador que necessitava urgentemente de uma solução.
Foi nesse contexto que Belfort Roxo e Paulo de Frontin entraram em cena, transformando não apenas a situação hídrica, mas também o destino do Rio de Janeiro. Sua intervenção não só restabeleceu o abastecimento em tempo recorde, mas também deixou um legado que, até os dias de hoje, ressoa nos nomes dos municípios que se formaram a partir de sua conquista.
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