Por Nathalia Sena
Nos últimos cinco anos, o percentual de riqueza produzido por mulheres cresceu 25%, segundo a Boston Consulting Group (2016), e 1 bilhão de mulheres entrarão no mercado de trabalho na próxima década (PWC, 2015). Mas, e a educação financeira? Vai ladeira para baixo!
E isso, não é uma visão pessoal. É fato, e eu vou te provar com mais um dado: finanças pessoais está entre os temas que elas menos acompanham, segundo pesquisa “O Perfil de Consumo das Mulheres Brasileiras”, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Lideram o ranking de interesse os assuntos: culinária (65,1%), moda (46,8%) e beleza (40,3%).
Esse quadro é muito perigoso pois cuidar das finanças vai além da gestão do seu dinheiro, sendo imprescindível para manter nosso bem-estar e saúde mental. De acordo com mais um levantamento realizado pelo SPC Brasil, pessoas com dívidas acumuladas a mais de três meses sofrem com ansiedade, relatada por 63% dos entrevistados, estresse e irritação (58,3%), tristeza e desânimo (56,2%), angústia (55,3%) e vergonha (54,2%) – esta última, mais frequente entre nós, mulheres, (57,6%) do que entre os homens (49,4%). Sem falar que 75% dos entrevistados tiveram seu padrão de vida afetado.
Agora, some a isso a jornada tripla que muitas de nós enfrentamos, nos dividindo – ou seria multiplicando? – entre carreira, cuidados com a casa e filhos, e a responsabilidade de ser a chefe de família – no nosso país, 37% das mulheres são. É um ser que vive em uma panela de pressão, pronta para explodir.
E é essa mesma mulher, desinteressada em finanças e equilibrando todos esses pratos, que vai enfrentar todas as contas de início de ano – material escolar, IPTU, IPVA e os resquícios dos gastos de dezembro -. Como não cair nessa armadilha emocional do “eu mereço”?
Como mulher e educadora financeira, entendo suas dores, e para te ajudar a superá-las, vou compartilhar contigo quatro dicas para que você possa trabalhar melhor sua educação financeira de forma inteligente e manter a sua saúde emocional em dia.
A primeira dica é simples e direta: compre somente o que você realmente está precisando no momento. Seja na ida ao supermercado ou ao shopping, leve a sua lista de compras e o valor teto para cada produto e serviço que irá adquirir.
A segunda dica é que quando sair para as compras, evite comprar na primeira loja que entrar. Pesquise os preços e escolha aquele produto com o melhor custo-benefício para você.
Já a terceira dica é aproveitar as liquidações de Janeiro, com as queimas de estoque que oferecem preços para lá de vantajosos e bem melhores que Black Friday.
E a quarta dica para começar 2021 com o pé direito é organizar as suas finanças e montar a sua reserva de emergência para garantir a sua segurança. A situação que vivemos em 2020 provou que todo mundo precisa ter um plano B não passar por situações difíceis.
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