Entre comemorações e novidades, três exposições temporárias em 2021 estão agendadas, a primeira delas sobre a pandemia do coronavírus
No próximo dia 18 de dezembro de 2020, o Museu do Amanhã completa cinco anos de inauguração. Num ano marcado pela pandemia do coronavírus, o Museu está reaberto desde setembro, com protocolos rígidos de prevenção ao coronavírus, e recebeu 49 mil visitantes desde então. Em seu mês de aniversário acontecerá a última edição do ano do Amanhãs aqui e agora, programa criado em abril deste ano para promover debates entre especialistas e formadores de opinião de diversas áreas sobre a pandemia, suas causas, impactos e incertezas sobre o futuro. Para conversar sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis da Agenda 2030 da ONU, com os quais o museu é alinhado, os convidados serão a bióloga Débora Foguel, a jornalista Flávia Oliveira e o ativista pelos Direitos Humanos Raull Santiago.
A exposição de longa duração do museu, que foi atualizada em setembro com informações, vídeos e depoimentos sobre o coronavírus, também terá novidades para o público em dezembro: o vídeo “Humano”, que trata de temas como a inteligência artificial, vida artificial, híbridos, novos materiais, exploração espacial, vida alienígena e educação. Segundo Leonardo Menezes, Gerente de Conteúdo e Curador de Exposições do museu, além de novos dados de pesquisas, o vídeo também está mais leve e colorido, para que, além da reflexão, o público possa sentir um certo otimismo para construir o futuro.
“Incluímos também novas perguntas sobre questões éticas alinhadas a esses amanhãs, como por exemplo, até onde devemos deixar o desenvolvimento da inteligência artificial avançar sem regulação e limites. A pandemia também aparece quando mostramos como a inteligência artificial foi utilizada para a logística de circulação de materiais pelo mundo. Mostramos como foi usada também na China para o reconhecimento facial e controle da movimentação de pessoas e até que ponto podemos abrir mão de direitos individuais para conter um problema mundial de saúde pública”, afirma Menezes.
Programação 2021
Tendo como eixos temáticos a emergência climática, biodiversidade e bem estar, o Museu do Amanhã vai inaugurar três exposições temporárias em 2020 e uma experiência imersiva: a mostra Coronaceno – Reflexões em tempos de pandemia, sobre a pandemia do coronavírus, e duas mostras sobre a Amazônia. “No próximo ano, teremos as conferências da ONU sobre biodiversidade, no primeiro semestre, e mudanças climáticas, no segundo. Também a cidade vai receber o Congresso Mundial de Arquitetura, que aconteceria em 2020 e foi adiado por conta da pandemia”, explica Menezes.
O Museu do amanhã em 2020
Em março, quando foi fechado ao público por causa da pandemia, o Museu do Amanhã manteve atividades e programas no ambiente online e nas redes sociais, como o Clube de Leitura, o Evidências das Culturas Negras e a yoga. Foi criado também o Amanhãs aqui e agora, debates semanais no Youtube com cientistas, filósofos, psicanalistas, historiadores e educadores, entre outros, o Diálogos para a Sustentabilidade, e, em parceria com o Programa da Onu para o Meio Ambiente (PNUMA), o Caminhos para Sociedades Sustentáveis. Os dois promovem encontros mensais para o diálogo sobre clima, oceanos, saneamento básico, entre outros assuntos prioritários da agenda 2030 da ONU, os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Entre Museus, programa que levava estudantes da região portuária a 21 museus do Rio, se transformou no Entre Museus Hoje, que são pílulas de conteúdo feitas pelas equipes dos museus parceiros.
A exposição Pratodomundo – Comida para 10 bilhões, que recebeu mais de 250 mil pessoas no Museu em 2019, estreou seu tour virtual em abril. “Inovanças – Criações à brasileira” também ficou disponível online e contou com uma visita mediada com o público através de um encontro virtual no zoom. Outras mostras temporárias estavam disponíveis ao público da quarentena no Google Arts and Culture.
O Museu do Amanhã também lançou três novas publicações no período: a pesquisa Pandemia e Visão de Futuro, na qual ouviu mais de mil pessoas sobre a percepção delas em relação a temas como desigualdade, informação e desejos de mudanças para o futuro. O livro digital “Meninas na escola, mulheres na ciência”, em parceria com o British Council, que traz sugestões de abordagem da temática por profissionais da educação nas escolas. Por fim, a pesquisa “O Amanhã do Rio”, estudo que perguntou à população carioca quais devem ser as prioridades e as propostas para que o Amanhã que desejam para a cidade e os bairros onde vivem seja alcançado.
Nesse período, o museu teve um aumento de 207% no número de seguidores de seu canal no youtube e produziu mais de 80 horas de programação. Com um protocolo rígido de segurança sanitária para o público e os colaboradores, o museu recebeu mais de 40 mil visitantes desde a abertura.
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