Por Larissa Priscila Bredow Hilgemberg
Qualquer pessoa pode desenvolver a criatividade aplicando métodos e exercícios para torná-la mais presente em nossa vida
Você sabia que a Criatividade é uma habilidade que não é natural? Nós não nascemos criativos, mas nos tornamos ao longo da vida, com muito trabalho e prática. Sabe aquela frase, atribuída a Thomas Edison (o criador da lâmpada), “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”? É exatamente isto!
Sendo uma habilidade aperfeiçoada e não adquirida de nascença, qualquer pessoa pode desenvolvê-la e há métodos e exercícios para torná-la mais presente em nossa vida. Quando conseguimos trazer a criatividade para o nosso cotidiano, potencializamos possibilidades, diminuindo o esforço e vivendo com mais qualidade.
Por falar em Thomas Edison, ele foi um inovador! Aproveitou as oportunidades e estudou muito para chegar às suas invenções. E ele utilizava métodos criativos, o que chamamos de Pensamento Divergente. O inventor criou em 1876 o mimeógrafo, uma junção da máquina de cópias com a caneta elétrica – outra invenção do próprio Edison. Com esta criação, foi possível popularizar as cópias.
Aliás, a impressão de muitas cópias de um texto foi possibilitada mais de 400 anos antes da invenção do mimeógrafo. O alemão Johanes Gutemberg cria em 1450 a prensa móvel, também utilizando o chamado Pensamento Divergente, ele utiliza os tipos móveis (que eram como carimbos de letras) e une ao mecanismo da prensa de uva (prensa usada para transformar uva em vinho), e assim cria a primeira impressora.
Você vai dizer: ah, mas eles são inventores! É verdade, são inventores, mas nós também temos a possibilidade de criar algo novo a partir da união de outras criações para facilitar a nossa vida. Desde uma receita de bolo, que adequamos ingredientes, até processos que adaptamos em nosso trabalho ou objetos que passam a ter uma nova utilização.
O Pensamento Divergente também pode ser conhecido como Pensamento Lateral e antes de explicá-lo, preciso contar mais uma história:
Conta-se que na década de 1920, nos Estados Unidos, quando os primeiros arranha-céus foram erguidos e habitados, os moradores e condôminos dos prédios começaram a reclamar da extrema lentidão dos elevadores. Proprietários, síndicos, engenheiros e outros profissionais passaram a pensar em alternativas para acelerar a “viagem”, mas o trabalho não era fácil, pois os motores eram muito grandes e pesados, e a opção de diminuir o tamanho dos motores tornava o custo muito alto e trazia insegurança. Muitas pessoas pensaram sem chegar a uma boa resolução.
Eis que então uma pessoa muito criativa e com uma boa dose de pensamento lateral trouxe a solução: instalar grandes espelhos nos elevadores! Afinal, não era o tempo em si o motivo da reclamação, mas era o tempo perdido dentro daquela caixa. E assim foi feito, os espelhos foram colocados nos elevadores e, adivinhem, as reclamações diminuíram. Afinal, as pessoas podiam converter o tempo perdido no elevador nos minutinhos para terminar de arrumar o cabelo, passar um batom, arrumar o chapéu ou apenas admirar-se!
Toda a situação foi resolvida com poucos dólares e pouca mão de obra, de forma simples, fácil, barata e criativa.
Sendo assim, podemos definir o Pensamento Divergente ou Lateral como aquele que foge do senso comum. Quando desenvolvemos o Pensamento Lateral, desenvolvemos raciocínio lógico, deixamos as possibilidades ilimitadas e abrimos as portas para novas ideias. Criamos, resolvemos, conectamos histórias e ideias, solucionamos problemas.
Mas o que eu posso fazer para desenvolver mais este tipo de pensamento e, consequentemente, minha criatividade? Confira algumas dicas (simples, fáceis e baratas):
- Tenha um caderninho ou bloco de notas no celular e anote as ideias que surgirem (por mais absurdas que elas possam parecer), aliás, leve em conta seus pensamentos, sem julgamento;
- Mude pequenos hábitos e rotinas: trace outra rota para o trabalho, sente na outra ponta da mesa de jantar, fuja do padrão do cotidiano;
- Desenvolva o raciocínio lógico e o Pensamento Lateral com jogos e atividades: vale responder charadas, sudoku e cruzadinhas, fazer brincadeiras de trocar palavras ou tentar dar a maior quantidade de novas utilidades para um objeto comum. Por exemplo, se você tem uma garrafa em casa, para o que mais ela serve além de armazenar líquidos?;
- Ao se deparar com um problema, pense em resoluções diferentes das que você normalmente toma;
- Leia, estude, se interesse. Não é possível desenvolver novas possibilidades de pensamento sem ter uma bagagem de conteúdo. Novas ideias não aparecem se mantivermos apenas os conhecimentos antigos;
- Por fim, aprenda novas habilidades! Se interesse por novos temas! Uma vez me perguntaram e eu repasso a pergunta a você: Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
Autora: Larissa Priscila Bredow Hilgemberg é licenciada em Letras, Pedagogia e História, especialista em Educação Corporativa e Docência EAD, professora da área de Linguagens Cultural e Corporal do Centro Universitário Internacional Uninter
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