Interdisciplinaridade e futurismo marcam as linhas da Arquitetura atual
A arquitetura é um dos movimentos estéticos que mais nos encantam. Por ser uma disciplina de arte aplicada, está presente em nosso dia a dia de diversas formas. Com várias manifestações ao longo da história, ela pode ser observada em pontes, praças, casas e edifícios.
Nessa linha cronológica, a arquitetura contemporânea é o movimento posterior ao pós-modernismo. Teve início nos anos 1990 e está presente até os dias atuais. É o momento que fala do agora e se comunica com os assuntos da atualidade. Em outras palavras, a arquitetura contemporânea tenta responder às necessidades da humanidade hoje em dia.
Apesar de ainda trazer alguma herança de movimentos anteriores, como o modernismo e o pós-modernismo, tais como o minimalismo e o brutalismo, a arquitetura contemporânea tem muitas novidades em mesa. Uma das principais é a questão ambiental.
Existe, inclusive, um resgate de alguns modos de construir primitivos, semelhante ao que acontece com o crescimento do interesse por modelos de bioconstrução nos grandes centros, agora, associados, é claro, com ferramentas e técnicas mais modernas que, na verdade, viabilizam as construções.
Outra tendência da arquitetura contemporânea é a intersecção de disciplinas. Atualmente, muitos arquitetos se aventuram em outras áreas como o paisagismo, a construção civil, a moda e até a música.
A economia da arquitetura como um todo também tem questionado suas próprias estruturas. Apesar de contar com maioria feminina — estima-se que 62% dos profissionais de arquitetura no mundo sejam mulheres — este ainda é um mercado em que a presença masculina domina premiações e menções honrosas.
Mesmo assim, diante desses desafios estruturais, muitas mulheres se destacam no ramo. Confira alguns dos nomes que moldaram e continuam moldando a arquitetura da atualidade.
Elizabeth Diller
Conhecida por unir arquitetura e arte de maneira elegante, e pelo impacto de seus projetos em grandes cidades, a arquiteta polonesa radicada nos Estados Unidos é uma grande referência do movimento contemporâneo.
Em 2018, foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Na lista, apareceram diversos outros profissionais, mas Diller foi a única arquiteta a ser mencionada.
Projetos famosos incluem The Broad, The Shed e o The High Line Park, todos em Manhattan, na cidade de Nova Iorque. No Brasil, ela é responsável pelo projeto do Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana, ainda não concluído.
Em 2019, desenhou uma espécie de bolsa-vestido que poderia ser utilizada das duas formas junto à grife italiana Prada. Diller, segundo a própria arquiteta, é movida por buscar soluções para problemas, sendo uma profissional que borra as linhas divisórias entre arte, arquitetura, moda e design.
Kazuyo Sejima
Vencedora do Pritzker em 2010, maior prêmio de arquitetura do mundo, Kazuyo Sejima é uma referência em todo o mundo, mas principalmente no Japão, seu país de origem. Conhecida por projetos que integram a função do espaço e o ambiente onde será construído, é um nome forte em um mercado dominado por homens.
Além de ser uma das únicas, entre apenas três, mulheres a receber o Pritzker em 2010, Sejima foi a primeira a ser nomeada diretora de uma edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, no mesmo, na décima segunda edição do evento. Entre seus projetos mais conhecidos, destaca-se o New Museum, na cidade de Nova Iorque.
Zaha Hadid
Mundialmente famosa e com diversos projetos icônicos espalhados por todo o planeta, a iraquiana Zaha Hadid encerra nossa lista. Também vencedora do Prêmio Pritzker, Hadid é conhecida por obras grandiosas, caras e polêmicas. Lecionou em diversas universidades em todo o mundo e acumula diversas outras premiações.
Entre os projetos mais conhecidos, destaca-se Galaxy Soho, na China, London Aquatic Center, na Inglaterra, e Universidade de Economia de Viena, na Áustria. No Brasil, o projeto residencial Casa Atlântica foi cancelado devido à falta de licenciamento para execução da obra.
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