Com a crise do novo coronavírus e a recomendação de medidas de afastamento social, muitas lojas e comércios de diferentes tipos precisaram buscar alternativas para continuar com as vendas.
Estabelecimentos que não tinham serviço de entregas nem estavam cadastrados em aplicativos de delivery foram obrigados a solucionar essas questões o mais rápido possível em uma corrida para diminuir o prejuízo.
Nesse cenário, foi possível notar um crescimento das vendas online, com os consumidores procurando maneiras de adquirir seus produtos, mesmo à distância. De acordo com uma pesquisa nacional realizada pela consultoria Ebit/Nielsen, entre os dias 15 e 25 de março, foi possível notar que o número de consumidores realizando sua primeira compra de supermercado (varejo de autosserviços) por plataformas online cresceu 96% no período. Além disso, o número de estreantes em compras virtuais em diferentes setores aumentou 12%.
Entre os alimentos mais procurados pelos consumidores, os itens de cesta básica tiveram destaque, com aumento de 165%. Em seguida estão frios, com 106%, hortifrutigranjeiros, com 93%, carnes, com 59%, e padaria, com 52%. As entregas de diferentes tipos de pedido, inclusive de alimentos e outros itens de supermercado, estão disponíveis em praticamente todas as cidades brasileiras, com muita força nas capitais, com opções de mercado delivery em RJ e SP, por exemplo.
Com o crescimento brusco da demanda, muitos estabelecimentos encontraram dificuldades com o passar das semanas. Assim, os prazos de entrega de encomendas aumentaram, o valor do frete para entrega subiu e os casos de produtos em falta ficaram mais frequentes. Isso se deve porque, para muitos estabelecimentos, o comércio online não era a maior forma de faturamento, além de contar com uma demanda que era facilmente atendida, situação que mudou nas últimas semanas. Ao entrar em aplicativos de delivery de mercado, há o aviso de que os grupos especiais, como idosos e pessoas com problemas de saúde, terão prioridade na prestação do serviço, indicando que o sistema não consegue suportar a grande quantidade de pedidos.
Ainda de acordo com o relatório da Ebit/Nielsen, foi possível notar o crescimento na procura de certos produtos especialmente por causa da Covid-19. O álcool em gel foi um dos itens mais impactados pela pandemia, apresentando crescimento de 310% nas vendas online. Além dele, outros itens do tipo tiveram um aumento na procura, como o álcool de limpeza, com 65%, e a água sanitária, com 41%. A perspectiva é de que, após a pandemia, a maneira como o consumo funciona sofra mudanças, já que, tanto o público, quanto as empresas, estão adquirindo maior familiaridade com o comércio online.
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