A Basílica de São Pedro, no Vaticano, passou na última sexta-feira (15) por um longo e sem precedentes processo de desinfecção contra o novo coronavírus, com atenção especial ao seu grande patrimônio artístico, antes da retomada das missas.
Neste dia, um grupo de técnicos, munidos com macacão branco, luvas e máscaras, ficou encarregado de limpar completamente o templo principal, completamente vazio e fechado desde o início de março para evitar multidões e contágios. Para preparar as basílicas, o Vaticano optou por usar uma solução diluída de cloro, uma das opções recomendadas pelas autoridades mundiais de saúde.
Trata-se de um fato inédito, com trabalhadores limpando a basílica utilizando produtos desinfetantes, cercados por obras de arte como a Pietà de Michelangelo. Limpar um templo como a Basílica de São Pedro, decorado com mármores valiosos e antigos, é um desafio adicional. Devem ser usadas substâncias adequadamente, pois podem danificar superfícies e obras de arte preciosas. A desinfecção é especialmente focada nas áreas de maior tráfego, como o próprio chão, sacristia, altares e escadas.
No último dia 7, o governo e a Conferência Episcopal Italiana assinaram um protocolo para permitir a retomada das missas com um protocolo de segurança, após uma série de controvérsias sobre sua suspensão. Para isso, nas celebrações litúrgicas está prevista a separação entre os fiéis e até o uso de máscara e luvas para o padre no momento da comunhão.
Esta manhã, a Basílica de São Pedro, em Roma, abriu suas portas ao público. Este é considerado um símbolo do retorno a uma relativa normalidade na Itália, onde o desconfinamento se acelera, com a retomada das missas e reabertura tímida de lojas e cafés. Na presença de vários policiais usando luvas e máscaras cirúrgicas, um punhado de visitantes, seguindo as marcações no chão para respeitar uma distância mínima de 1,5 m, entrou na Basílica, fechada desde 10 de março, depois de medir a temperatura e desinfetar as mãos com álcool em gel, constatou a AFP.
Sob a enorme cúpula com mármore esculpido e policromado, os fiéis podiam ser contados com os dedos de uma mão, alguns recolhidos em oração de joelhos diante do túmulo do falecido papa João Paulo II.
Primeiro país a confinar há mais de dois meses toda a sua população para conter a pandemia de coronavírus, a península lamenta a morte de aproximadamente 32.000 pessoas. No entanto, o país experimenta desde 4 de maio um pouco de liberdade, graças ao primeiro levantamento parcial das restrições. No domingo, os romanos pareciam se reapropriar da cidade eterna, sem nenhum turista estrangeiro e com poucos carros, mas atravessada por um número crescente de corredores, caminhantes e ciclistas. Esta manhã, o tráfego era quase normal aos pés do Coliseu ou nas principais avenidas do centro da cidade.
“Sinal de esperança” para o papa Francisco, as missas e as celebrações religiosas foram retomadas nas igrejas de Roma e no resto do país, com medidas adequadas de distanciamento social. Alguns devotos assistiram a uma celebração matinal na igreja de Santa Maria em Transpontina, perto do Vaticano, com separação obrigatória nos bancos e comunhão “sem contato”. Nenhuma celebração pública está prevista oficialmente na Basílica de São Pedro. No entanto, está marcada uma missa para o meio-dia na majestosa catedral gótica de Milão (norte), símbolo da capital da Lombardia, uma região duramente atingida pela covid-19.
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