Antes apenas exportadoras de vinho, agora os vales do país também oferecem passeios para os visitantes
Famosos no mundo todo a partir dos anos 1990 por causa da descoberta da existência de uvas carménère, os vinhos chilenos agora também carregam consigo as atrações turísticas que se tornaram os vales produtores do país, que, como os voos oferecidos pela Latam, tiveram um aumento de turistas brasileiros.
Estima-se que o Chile possua cerca de 400 vinícolas distribuídas pelos onze vales que vão de Santiago à província fria de Bio-Bio. Dessas, cerca de 150 são abertas à visitação de turistas – a maioria delas próximas à capital chilena, no chamado Vale do Maipo. Algumas delas são acessíveis quase totalmente por metrô, como a Concha y Toro, próxima à estação Las Mercedes, em Santiago, enquanto outras apostam em experiências ainda mais radicais.
É o caso da Santa Rita que, em parceria com uma operadora de turismo, criou um passeio turístico de bicicleta ao redor das plantações de uva. Os visitantes pedalam por 10 quilômetros pelo terreno da vinícola enquanto são orientados por um guia que vai improvisando uma palestra sobre a história da produção de vinhos no país e o cultivo de uva na região.
Outras vinícolas oferecem passeios de charrete pelas plantas e ainda algumas que chegam a ter equipamentos específicos, como um observatório astronômico e um teleférico. Em uma delas, no Vale do Colchagua, há até uma réplica do DeLorean, o carro que ficou famoso no filme “De Volta Para o Futuro”, lançado no Brasil em 1985.
De acordo com os ampelógrafos, a melhor época para visitar as vinícolas chilenas é entre os meses de março e abril, quando as parreiras ficam cheias de frutas e exigem a colheita de todos os cultivadores. No Chile, o terceiro mês do ano é conhecido como “vindima”, o período em que as uvas devem ser retiradas e levadas à produção.
Outra data possível é nos primeiros dias de setembro, quando o Chile comemora a data nacional do vinho. De acordo com relatos históricos, no dia 4 de setembro de 1545, o conquistador espanhol Pedro de Valdívia, um dos primeiros invasores europeus a chegar à região que hoje é o Chile, escreveu uma carta a Carlos V, rei da Espanha, pedindo que a produção da bebida fosse intensificada no país para ajudar na evangelização dos índios.
