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Rock brasileiro domina o segundo dia do The Town 2025

O rock nacional brilhou no The Town 2025, com Pitty, Capital Inicial, CPM22 e Supla & Inocentes roubando a cena. Green Day e Iggy Pop completaram a noite histórica

segundo dia do The Town
Rock brasileiro domina o segundo dia do The Town 2025 – Foto: Divulgação

O segundo dia do The Town 2025 foi marcado por uma celebração que colocou o rock nacional no centro da Cidade da Música. Neste domingo, o look foi preto, com muitas jaquetas de couro e camisetas de bandas para acompanhar uma programação que uniu gerações e estilos, com o peso das atrações brasileiras roubando a cena, mas também com dois headliners internacionais que marcaram a noite: Iggy Pop e Green Day.

O palco The One foi o coração do rock brasileiro no festival, que brilhou como nunca neste domingo. A abertura ficou por conta de Supla & Inocentes, que entregaram um set vibrante e cheio de personalidade, reforçando a vitalidade da cena punk brasileira. Logo depois, o CPM22 levou o público de volta aos anos 2000 com hinos como Dias Atrás e Um Minuto para o Fim do Mundo, incendiando rodas punk do início ao fim da apresentação. A gente até preparou duas resenhas desses shows, que engoliram muitas atrações internacionais, e só comprovaram a qualidade da nossa música e o quanto é preciso dar mais destaque para nossas bandas.

Na sequência, Pitty emocionou com um repertório carregado de atitude e emoção. A artista, que está em pausa criativa, trouxe seus sucessos como Admirável Chip Novo e Máscara, que fizeram o público vibrar, mas o ponto alto mesmo foi quando, ao som de Na Sua Estante, a cantora deixou os fãs cantarem em coro, em um momento de pura conexão.

Fechando o palco, o lendário Iggy Pop provou porque continua sendo chamado de “padrinho do punk”. Aos 78 anos, mostrou irreverência e energia de sobra ao se jogar no palco e incendiar a plateia com clássicos como Funtime, The Passenger e I Wanna Be Your Dog, além de seu gingado claro! 

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Iggy Pop se apresenta no Palco The One no segundo dia do The Town 2025 – Foto: Divulgação

No Skyline, o destaque nacional ficou por conta de Capital Inicial. Dinho Ouro Preto e banda mostraram a força de décadas de estrada em um show contagiante, que colocou todo mundo para cantar em coro sucessos como Natasha, Quatro Vezes Você e Primeiros Erros. Mas é claro que Que país é esse?, clássico da Legião Urbana, que segue tão atual, incendiou a platéia, com Dinho deixando seu recado sobre o momento político que estamos vivendo.

Na sequência, Bruce Dickinson e Bad Religion entregaram apresentações competentes, sem grandes surpresas, mas foi o Green Day a atração internacional que roubou a cena. Comandados por Billie Joe, que parece ser eternamente conservado no formol, os americanos fizeram um show eletrizante, cheio de hits que atravessaram gerações e uma performance incansável, coroada por interações com a plateia e até um balão em formato de dirigível com a frase “Bad Year”. Um encerramento apoteótico para a noite.

No Factory, o público acompanhou a mistura de hardcore e nostalgia com o Tihuana, que ainda surpreendeu ao ser palco de um pedido de casamento ao vivo. Mesmo com a energia contagiante de todas as atrações, é difícil não notar que uma banda tão consolidada mereceria um espaço maior, mais à altura de sua grandeza, o que deixa uma reflexão sobre algumas escolhas de curadoria do festival.

Buhr trouxe uma performance experimental que uniu música, poesia e política, enquanto Ready to Be Hated e The Mönic convidando Raidol mostraram a força da nova geração do rock alternativo brasileiro.

O Quebrada veio pesadão com o trio mineiro Black Pantera e a potência de Punho de Mahin & MC Taya, que levaram representatividade e rimas afiadas ao palco. A noite também contou com mais uma etapa da Batalha da Aldeia – Superliga, garantindo a vibração das batalhas de rima na programação.

Black Pantera se apresenta no Palco Quebrada no segundo dia do The Town 2025 – Foto: Divulgação

Já a São Paulo Square se transformou em um clube de jazz com Kamasi Washington, a Orquestra Mundana Refugi e a The Square Big Band dividindo cena com a cantora Clariana, em um tributo marcante a Amy Winehouse.

E para encerrar o domingo, o duo Cat Dealers transformou o palco The Tower em uma imensa pista de dança a céu aberto, embalando a multidão até o último minuto.

Que venha a próxima semana, que promete muito!

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