Supla e Os Inocentes abriram o palco The One no The Town com protestos, clássicos do punk, covers bem executados e um final surpreendente que animou o público

O segundo dia do The Town ganhou uma abertura explosiva no palco The One, com a força de Supla e a energia histórica de Os Inocentes. A tarde foi um mergulho no punk paulistano, mesclando crítica social, memória e irreverência, num espetáculo que deixou claro: o gênero segue vivo, urgente e necessário.
Os Inocentes deram início à apresentação com clássicos como “Rotina”, “Expresso Oriente” e “Garotos do Subúrbio”, transformando o público em um grande coro coletivo. Entre sucessos, os músicos reforçaram o caráter político do punk, pedindo o fim da escala 6×1 e erguendo bandeiras da Palestina. Em sintonia com o público, Clemente e banda ouviram gritos de “sem anistia”, ecoando por todo o espaço e marcando a performance com protesto e resistência. E é exatamente isso que se espera de uma banda de punk rock, não é mesmo?
Na sequência, Supla trouxe seu carisma inconfundível, entrando no palco com uma máscara demoníaca e uma bandeira estampada com a frase “Salve-se quem puder”. Seu repertório misturou hits da carreira como “O Charada Brasileiro”, “Green Hair (Japa Girl)” e “São Paulo”, com versões surpreendentes de “As It Was” (Harry Styles), “Dancing With Myself” (Billy Idol) e até “Imagine” (John Lennon). A plateia, diversa e vibrante, embarcou na mistura entre humor, crítica e provocação. Um deleite para o público.

Um dos momentos mais simbólicos veio com a troca de clássicos: Os Inocentes executaram “Humanos”, da Tokyo (primeira banda de Supla), enquanto ele reimaginou “Pátria Amada”, do repertório dos Inocentes. Já juntos no palco, Supla e Clemente dividiram os vocais em “I Fought the Law”, do The Clash, transformando a canção em um manifesto coletivo de resistência.
O encerramento foi digno da intensidade punk. Todos voltaram ao palco para um final apoteótico, que incluiu “Garota de Berlim” e uma versão arrebatadora de “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones. O resultado foi uma plateia muito mais presente do que na tarde anterior, um show que não apenas abriu o palco The One com energia máxima, mas também reafirmou o lugar do punk como força cultural e política no Brasil.
- Brunch franco-brasileiro no Santa Teresa MGallery
- Parque Nacional de Itatiaia amplia experiência com hospedagens
- Nova York: o mundo em uma cidade
- Orlando e os Reinos da Imaginação
- Elton John, Gilberto Gil e Stray Kids são anunciados no Rock in Rio 2026
- A violência contra a mulher no Brasil: emergência permanente











