Além de destacar a produção literária, a mostra também aborda outras facetas de Carolina, como sua incursão como compositora, cantora e artista circense
O Museu de Arte do Rio (MAR) está trazendo uma nova exposição imperdível para o Rio de Janeiro! A partir do dia 24 de junho, o MAR irá sediar a mostra “Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros”, em parceria com o Instituto Moreira Salles. Essa exposição é uma continuação da itinerância que passou por São Paulo e promete encantar o público carioca com mais de 400 itens expográficos.
A exposição é dedicada à trajetória e à produção literária da renomada autora mineira, Carolina Maria de Jesus, que se tornou famosa internacionalmente após a publicação de seu livro “Quarto de despejo” em agosto de 1960. Além de destacar a produção literária, a mostra também aborda outras facetas de Carolina, como sua incursão como compositora, cantora e artista circense. Com curadoria do antropólogo Hélio Menezes e da historiadora Raquel Barreto, e assistência de Phelipe Rezende, a exposição promete trazer uma perspectiva ampliada da vida e do legado dessa grande escritora.
“Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros” é o resultado de um esforço em destacar a grandiosidade da autora e apresentá-la como ela merece: uma mulher negra e artista emancipada, símbolo de resistência e luta política e cultural para o país. O Museu de Arte do Rio se orgulha em receber essa exposição, pois valoriza e amplia os protagonismos. Ao apresentar ao público a produção de Carolina, estamos difundindo seu legado e reafirmando sua importância como uma voz potente e imprescindível para o nosso país.
E não é só isso! No mesmo dia, o Museu de Arte do Rio irá promover o hasteamento de sua nova bandeira. Com um azul potente e estrelas, em alusão à bandeira nacional da República Federativa do Brasil, a bandeira do MAR traz a frase “A Ordem é Samba”. Essa frase é o título de uma música escrita por Jackson do Pandeiro em 1966. A nova bandeira, idealizada pela historiadora da arte Juliana Joannou, foi escolhida por votação popular e será lançada com uma animada roda de samba, contando com a participação dos integrantes do “Samba da Volta”. Será uma bela homenagem a Carolina Maria de Jesus! E o melhor de tudo, a entrada é gratuita.
Aproveite essa oportunidade única de conhecer a exposição sobre Carolina Maria de Jesus no Museu de Arte do Rio e prestigiar o lançamento da nova bandeira. Essa é uma chance de se encantar com a história e a obra dessa autora tão importante para a cultura brasileira. Não deixe de conferir!
Quem foi Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus foi uma figura marcante na literatura brasileira e uma voz poderosa na luta contra a desigualdade e o racismo. Nascida em Minas Gerais, em 1914, ela teve uma vida marcada por adversidades e desafios. Mãe solteira, viveu em condições precárias em uma favela em São Paulo, onde enfrentou a pobreza e o preconceito racial.
Foi através de sua escrita que Carolina encontrou uma forma de expressar sua realidade e denunciar as injustiças sociais. Em 1960, ela publicou seu livro mais famoso, “Quarto de despejo”, que se tornou um sucesso internacional. Nessa obra, Carolina registra em seu diário as dificuldades e a dura realidade da vida na favela, revelando as lutas cotidianas, as privações e a esperança que permeavam sua existência.
A escrita de Carolina Maria de Jesus foi revolucionária e única, pois trouxe à tona a voz de uma mulher negra e marginalizada, abordando questões sociais e raciais de forma crua e impactante. Ela se tornou um símbolo de resistência e representatividade para as mulheres negras e para todos aqueles que lutam por igualdade e justiça.
Além de sua produção literária, Carolina também explorou outras formas de expressão artística, como a música e o circo. Sua vida e obra são um testemunho da força e da resiliência humana diante das adversidades, e seu legado continua a inspirar gerações.
Carolina Maria de Jesus faleceu em 1977, mas sua voz e suas palavras permanecem vivas e poderosas até hoje. Ela deixou um legado importante na literatura brasileira, abrindo caminhos para que outras vozes marginalizadas pudessem ser ouvidas. Sua contribuição para a cultura e para a luta pelos direitos humanos é inestimável, e seu exemplo continua a nos lembrar da importância de lutar por um mundo mais justo e igualitário.
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