Em sua terceira edição, projeto convidou profissionais para criar locais que instiguem a reconstrução social
A pandemia do coronavírus afetou a vida de todos os brasileiros. Para alguns grupos sociais, é dado o momento de reconstruir alguns processos deixados para trás ao longo destes oito meses de reclusão social usando a reflexão e as artes. É assim que pensam os fundadores do Projeto Circular: Arte na Praça Adolpho Bloch, de São Paulo, que já está em sua 3ª edição, denominada Sentar-Ler-Escrever.
A ideia é proporcionar ao público do local uma experiência para se reconstruir. De autoria de FarahService, empresa que busca contribuir para a qualidade de vida da população, conta com a curadoria de Marc Pottier, crítico francês. Nesta etapa, alguns dos artistas convidados são: Claudia Jaguaribe, Delphine Sanoian, Felipe Seixas, Flávio Brick, Graziella Pinto, Jorge Méndez Blake, Kulikyrda Mehinako da Aldeia Kaupüna, Rodrigo Bueno, Susanne Schirato e Verena Smit.
“Para esta terceira edição, queremos oferecer um local e uma experiência em que o público possa ‘se reconstruir’ após o confinamento, um jardim onde as pessoas possam se reiniciar em paz. Sentar é parar, perguntar a si mesmo, colocar-se à disposição do pensamento. Mas é também perguntar-se ativamente, presente e conscientemente. Pode se tornar uma experiência mais forte do que o esperado. Sentar também pode ser um momento de repouso, de respiração consciente, de meditação, um momento em que a mente escapa calmamente”, explicam os organizadores do evento.
O processo de exposição contou com algumas etapas: a integração dos artistas com a natureza e com o espaço da Praça Adolpho Bloch; a produção das obras com o intuito de integrá-las ao ambiente natural, mas com abertura suficiente para inserir outros elementos; e, por fim, a abertura e exposição das artes. Também há o incentivo pela reflexão, a partir do trabalho dos artistas.
Inauguradas em 19 de setembro deste ano, as obras ficarão abertas para visitação até o dia 31 de janeiro de 2021. A praça que abriga as obras fica localizada no Jardim América, na cidade de São Paulo.
Aumento de procura por espaços verdes
“A quarentena fez com que as pessoas buscassem por casas maiores, com áreas ao ar livre. Diferentemente dos apartamentos em condomínios, nas casas não é preciso ter contato com outras pessoas nos elevadores e halls de áreas comuns”, afirma Igor Freire, diretor de vendas da Lello Imóveis.
Assim, o mercado de engenharia civil segue otimista. Isso porque, com as demandas percebidas – como um espaço amplo, silencioso e uma área aberta para a realização de atividades em casa – por parte da população com o período de reclusão, novos projetos surgem.
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