Com a queda de preços no mercado e novas condições de pagamentos, modalidade de investimento pode ser aproveitada ao longo do tempo
A recessão, a redução de lançamentos pelo mercado e a queda de produção da construção civil já incentivaram os investidores a comprar imóveis no Rio, por exemplo, para garantir renda extra, haja visto que a aquisição de casas e apartamentos fica ainda mais difícil para quem não possui recursos. Ao longo da pandemia, com as medidas incrementadas para proporcionar mais adesão às compras, o período pode ser favorável para quem busca investir em imóveis.
Desde que o coronavírus chegou ao Brasil, há quase quatro meses, o cenário do setor imobiliário apresenta uma ligeira mudança. Em 2019, quase 10% dos registros de imóveis no Brasil correspondem a vendas de casas e apartamentos. No mesmo período, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mencionou que ocorreu uma alta de 37% nos financiamentos imobiliários que possuem recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Agora, apesar do período, 56% do setor registrou transações – algumas delas iniciadas depois das medidas de restrição. Uma pesquisa da consultoria Brain Inteligência Estratégica revelou que 47% dos entrevistados ainda desejam adquirir um imóvel em 2020. Esta é a segunda edição do levantamento e, na primeira, realizada em março, a intenção de compra era de 55%.
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Entre os motivos para a apreensão em relação às aquisições estão algumas das incertezas quanto ao futuro e ao bom negócio realizado, como a duração da pandemia (46%), a manutenção de emprego ou renda (24%) e a perda de renda (20%). “Não há dúvida de que é mais complicado, mas há vida neste momento”, resume Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain Inteligência Corporativa.
Investimento em imóveis
Mesmo neste cenário, a Caixa Econômica Federal tem anunciado uma série de medidas que visam aquecer o setor da construção civil, como a possibilidade de que pessoas físicas e jurídicas adiem parcelas de financiamentos por três meses e antecipem o recebimento de recursos.
Outra medida anunciada é que haverá um período de seis meses de carência para o início dos pagamentos de novos contratos de financiamento de imóveis. Com o conjunto de ações, a instituição financeira pretende injetar aproximadamente R$ 43 bilhões na economia para minimizar os impactos gerados pela doença.
Desse modo, é possível investir em imóveis com o objetivo de alugar ou vender posteriormente. Isso porque, além dessas medidas que possibilitam o financiamento, os preços tendem a estar mais baixos. Para procurar por valores mais acessíveis, o investidor pode procurar por eventos como leilões de casas e apartamentos.
“Mesmo com imóveis de valores mais acessíveis, muitas pessoas buscavam uma negociação melhor, queriam economizar na compra para realizar outros investimentos, como o de melhoria no próprio bem. Agora, por conta da crise, podemos dizer que os proprietários estarão mais dispostos a isso, bem como os interessados em comprar também. Afinal, não sabem quando poderão encontrar bons preços novamente e a tendência é de alta com a retomada da economia nos próximos anos”, ressalta Adonias Reis, corretor imobiliário, em entrevista ao portal Terra.