Pintura mais célebre de Da Vinci, a Mona Lisa é uma obra de arte que recebe milhões de visitantes todos os anos
A Mona Lisa é a obra mais célebre do pintor italiano Leonardo Da Vinci e a atração mais cobiçada do Museu do Louvre, em Paris. De acordo com dados da administração, cerca de 80% dos visitantes comparecem ao local com o objetivo de ver a pintura de dimensões modestas (77 cm de altura por 53 cm de largura) e aura enigmática. Por dia, estima-se que 30 mil pessoas passem pelo salão no qual está instalado o retrato da burguesa Lisa Gherardini, também conhecida como La Gioconda, em referência ao marido Francesco Del Giocondo.
Com tamanha popularidade, a experiência de visitar o quadro mais famoso do mundo pode ser um tanto caótica para marinheiros de primeira viagem. Para evitar frustrações, é importante se preparar para encarar filas, enfrentar multidões, e, mais importante, não alimentar a expectativa de que será possível admirar a obra por mais do que alguns poucos minutos. Além disso, é importante saber que não será possível ver o quadro muito de perto — o acesso ao lado de dentro do cordão de isolamento só é permitido a cadeirantes e a pequenas turmas de maternal.
A Mona Lisa está instalada na Salle des États, cômodo usado por Napoleão III para conduzir sessões legislativas entre os anos de 1859 e 1870. O quadro é protegido por um vidro à prova de bala desde 1950, quando um visitante atirou ácido e acabou danificando a superfície da pintura. Em 2019, durante processo de renovação da ala, a tela ganhou uma nova proteção, mais fina e com propriedade antirreflexo, o que garante uma melhor visibilidade para o público. O salão abriga, ainda, outras pinturas italianas renascentistas do século XVI.
Uma maneira de tornar a experiência de ver a Mona Lisa menos conturbada pode ser chegar ao Louvre nas primeiras horas da manhã — o museu abre às 9h — ou deixar para apreciar o quadro nas noites de quarta e sexta-feira, quando as visitas noturnas se estendem até às 21h45. Quando não é possível fugir da multidão, alguns visitantes costumam levar binóculos para conseguir uma melhor visualização da pintura, mas isso também não é garantia de uma boa experiência.
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Na verdade, a oportunidade de um encontro reservado com a maior obra-prima de Da Vinci é praticamente impossível, até porque, mesmo que você se veja sem a companhia de outros visitantes no salão, a equipe de segurança estará sempre a postos vigiando a obra. O mais perto que se pode chegar disso é reservar uma diária para gravar nas dependências do museu, ao custo de um cachê que pode variar entre 10 e 18 mil euros, a depender da finalidade do projeto (reportagem de TV, documentário, filme de ficção, trabalho estudantil, etc…). Além disso, o Louvre oferece a possibilidade de agendar visitas privativas em dias que o museu está fechado para o público, mas passeio sai por salgados 10 mil euros para grupos com menos de 50 pessoas.
Mona Lisa – o quadro mais famoso do mundo
Antes de se tornar a obra-prima mais famosa do mundo e aparecer estampada em uma enorme variedade de objetos — a lojinha do Louvre possui desde ímãs de geladeiras e camiseta até canecas personalizadas com o rosto da Gioconda –, a Mona Lisa era apenas uma entre tantas outras belas pinturas de Leonardo Da Vinci. Sua fama só começou a crescer a partir do começo do século XX, quando em 1911 o quadro foi roubado pelo italiano Vincenzo Peruggia e permaneceu desaparecido por dois anos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a pintura foi escondida em pelo menos cinco localidades diferentes para não cair na mão dos nazistas. Com o final do conflito, viajou aos Estados Unidos em 1963, em um gesto de agradecimento do governo francês pela participação americana na derrota das tropas alemãs, e ao Japão, em 1974. Atualmente, a Mona Lisa é propriedade do Estado Francês e possui valor de mercado estimado entre 1 e 2 bilhões de euros.
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