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Place de La Concorde – do sangue e terror a uma das mais imponentes praças de Paris

História sempre foi uma grande paixão minha e isso eu deixo muito evidente, tanto aqui, no Embarque na Viagem, quanto lá no Portal de Portugal. Busco sempre deixar alguma curiosidade ou acontecimento importante sobre os lugares que visito em minhas viagens. Desta vez, em Paris, não foi diferente. Hoje vou falar sobre um lugar que todos nós, que turistamos por Paris, sempre visitamos, achamos lindo, tiramos várias fotos, mas muitos não fazem nem ideia do que aconteceu ali, da história daquele lugar. Hoje o papo é sobre a Place de La Concorde, o lugar que por muito tempo abrigou um dos maiores temores dos franceses, a guilhotina.

A Place de La Concorde é uma das praças públicas mais importantes de Paris, sendo também a maior da capital. Foi desenhada em 1755 (curiosamente, no mesmo ano do grande terremoto de Lisboa) e construída entre 1757 e 1779,  toda ornamentada com estátuas e fontes.Foi nomeada de Praça Louis XV em honra do Rei, que também tem uma estátua equestre erguida nesse local.

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Ao lado da Champs-Elysées, esta praça pode sim ter um belíssimo obelisco, lindas fontes e ser uma das maiores e mais fotografadas da França, mas também foi o palco de episódios sangrentos durante o período final da Revolução Francesa. 

Durante a Revolução Francesa a estátua equestre foi derrubada e a praça ganhou o novo nome de Praça da Revolução. Foi aqui que Louis XVI foi executado na guilhotina, no dia 21 de Janeiro de 1793. Outros prisioneiros políticos – inclusive Maria Antonieta, Robespierre, a princesa Isabel da França, Madame du Barry, além dos presos da La Conciergerie, também seguiam para sua morte rápida.

Após a Revolução, a praça voltou a mudar de nome; desta vez, para Praça da Concórdia, simbolizando assim a reconciliação. Porém, aquando da queda de Napoleão Bonaparte em 1814 (iniciando-se assim a Restauração Bourbon), a praça foi apelidada uma vez mais Praça Louis XV e Praça Louis XVI (1826) até que, finalmente e em 1830, após a Revolução de Julho, voltou a ter o nome pelo qual a conhecemos hoje.

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Place de La Concorde nos dias de hoje

A Place de La Concorde adquiriu seu aspecto atual entre 1836 e 1840, quando foi colocado no centro um enorme obelisco que marcava a entrada do Templo de Luxor, no Egito antigo, com mais de 3.300 anos de antiguidade, presente do vice-rei egípcio ao povo francês. 

O obelisco chegou na Place de La Concorde ou Praça da Concórdia no ano de 1836, durante o reinado de  Luís Felipe. Além de belíssimo, é decorado com hieróglifos que celebram o reino do faraó egípcio Ramsés II.  Este fato já torna o obelisco uma das atrações imperdíveis da cidade. Esse belíssimo monumento está situado no exato lugar onde antigamente ficava a guilhotina, que decapitou milhares de pessoas durante a Revolução Francesa. 

Ao redor do obelisco existem duas fontes monumentais de estrutura romana que apresentam esculturas nas quais figuras humanas se misturam com animais marinhos.

A Praça está fechada apenas por um dos seus lados, onde estão os imponentes edifícios da sede do Ministério da Marinha e o Hôtel de Crillon, um dos mais antigos e luxuosos do mundo.

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Do obelisco é possível ter uma bela vista do Jardim de Tuileries com o Museu do Louvre ao fundo, no sentido contrário é possível contemplar a Champs Élysées e o Arco do Triunfo e ainda de outro ângulo, a linda Dama de Ferro parisiense.

Infelizmente quando estive por lá a praça estava toda tapada para a montagem do palco e camarote de autoridades para a apresentação das comemorações de 14 de Julho. Pude apreciar o obelisco um pouco mais longe do que gostaria, mas tudo bem, afinal “nós sempre teremos Paris” para revisitar. E que seja em breve.

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