Em 2019, a venda de filhotes em pet shops será proibida no Reino Unido por lei. Um dos objetivos é pôr fim às condições terríveis nos criadouros de animais.
O Reino Unido (formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) irá proibir a venda de cães e gatos de menos de seis meses em pet shops do Estado formado pelos quatro países, anunciou o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) em comunicado para a imprensa (leia aqui – texto em inglês). A medida, aprovada por 95% da população – em consulta pública, será adotada em 2019 para conter a exploração e os maus-tratos aos animais.
Quem quiser um filhotinho vai ter que tratar diretamente com quem tem licença para criar animais ou ir a um centro de gatos e cachorros resgatados. “Quem deseja comprar ou adotar um cão ou gato de menos de seis meses terá que procurar um criador ou um abrigo” — anunciou o Defra. A ideia é fazer com que a lógica comercial, ainda tão forte no mundo inteiro, não prejudique a saúde dos bichos.
A nova lei será chamada de “Lucy’s Law” (Lei de Lucy), em homenagem à cadela da raça Cavalier King Charles Spaniel resgatada de uma “fazenda de filhotes” no País de Gales em 2013.
O secretário do Meio Ambiente da Inglaterra, Michael Gove, disse que esta mudança serve para “melhorar o bem-estar animal”. Um dos objetivos da nova lei é “pôr fim às condições terríveis nos criadouros de filhotes” que inundam o mercado – principalmente canis e gatis muito grandes, alguns sem licença.
As pet shops só serão autorizadas a negociar com abrigos que respeitem o bem-estar dos animais, ou diretamente com os criadouros.
A organização beneficente Britain’s People’s Dispensary for Sick Animals (PDSA) estima que 49% da população do Reino Unido tenha pelo menos um animal. Na região, a população é de 11,1 milhões de gatos, 8,9 milhões de cães e 1 milhão de coelhos.
Aqui no Brasil muitas pessoas já aderiram a essa prática, de só adotarem filhotes em feiras e abrigos. Na cidade de São Paulo, filhote só pode ser vendido, doado ou trocado depois de dois meses de vida. Não existe ainda uma legislação federal sobre o assunto.