Dicas & Destinos

Nova York além da Big Apple

Nova York é uma cidade tão imensa e tão fascinante que pouquíssimos viajantes se dispõem a renunciar a ela – nem que seja por um só dia – para ver essa outra cara dos Estados Unidos que existe num raio de menos de 200 quilômetros. Mas vale a pena. Das mansões de luxo dos Hamptons, onde os ricos e famosos nova-iorquinos veraneiam, ao descontraído ambiente gay da interminável praia de Fire Island. Poderemos também visitar os vinhedos e as vinícolas de North Fork ou percorrer o vale do Hudson, com suas agradáveis trilhas rústicas e suas elegantes casas históricas.

01 – Além da Grande Maçã

Ao norte da cidade dos arranha-céus estende-se o resto do Estado de Nova York, com o qual a Big Apple não tem nada em comum, exceto um disfuncional Governo com sede na capital estadual, Albany. Esta incongruência provoca certa paralisia política, mas é uma bênção para quem se diverte tanto subindo montanhas e visitando parques naturais quanto nos bares do Lower East Side.

A melhor coisa deste Estado são seus rios, como o Hudson, que se transforma em uma rota de fuga da grande cidade para o norte. De Albany, no sentido oeste, o canal do Erie percorre 843 quilômetros em direção ao lago do mesmo nome, junto às cataratas do Niágara e Buffalo, uma cidade animada, apesar dos seus invernos rigorosos. O rio São Lourenço delimita a fronteira com o Canadá na região das chamadas 1.000 Ilhas, que ainda não são muito conhecidas – e convém descobri-las o quanto antes.

A água também é protagonista na região dos Finger Lakes e na cidade universitária de Ithaca, famosa por seus vinhos. Se somamos a isso a natureza agreste dos montes Adirondack, as atraentes fazendas dos Catskills e as intermináveis praias de areia de Long Island, é fácil entender por que muita gente deixa a cidade e não volta mais.

02 – Long Island, a escapada natural

Embora seus 190 quilômetros de extensão incluam, tecnicamente, os bairros do Brooklyn e Queens (localizados no seu extremo oeste), todo mundo considera que Long Island começa onde a cidade acaba, depois de um labirinto de rodovias e bairros periféricos. Mas quando tudo isso fica para trás, surgem as dunas varridas pelo vento, os luxuosos resorts de praia, as fazendas, as vinícolas, os portos pesqueiros e baleeiros criados no século XVII… E então se entende por que seus admiradores a chamam de Strong island (ilha forte).

Graças à Ferrovia de Long Island, que tem três linhas da Penn Station (em Manhattan) até o extremo leste da ilha, pode-se visitar a região sem carro. Além disso, os serviços de ônibus da Hampton Jitney e da Hampton Luxury Liner conectam a metrópole com vários povoados dos Hamptons e Montauk, e a primeira passa inclusive pelo Brooklyn, chegando até North Fork. De carro, é ainda mais fácil visitar diferentes pontos da ilha de uma só vez: a rodovia I-495 (Long Island Expressway, o LIE) percorre a ilha pelo centro, mas convém evitá-la nos horários de pico, porque congestiona.

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03 – Os loucos anos vinte na Gold Coast

A costa norte de Long Island, conhecida como Gold Coast e relativamente próxima de Nova York, é onde, nos anos vinte do século passado, veraneavam famílias como os Vanderbilt, os Chrysler e os Guggenheim – além do próprio Jay Gatsby. Embora atualmente pareça um bairro residencial, ainda restam vestígios daquela época, além de alguns recantos naturais realmente bonitos.

Tudo aqui evoca os ricos e famosos: perto da localidade de Port Washington fica a antiga propriedade dos Guggenheim, a Sands Point Preserve, com bosques e uma linda praia na baía. O centro de visitantes fica no Castelo Gould, construído no século XIX por Howard Gould, herdeiro de um magnata ferroviário. Também se pode visitar a mansão Falaise, de 1923, uma das poucas que permanecem intactas e com decoração da época, e mais a leste, depois Oyster Bay, fica a Sagamore Hill, onde viveram o presidente Theodore Roosevelt, sua esposa e seus seis filhos. Esta casa vitoriana de 23 quartos foi restaurada em 2015 e hoje admite visitas guiadas. Atrás do museu começa uma trilha que vai até uma praia pitoresca.

04 – A Long Beach mais divertida

Contrapondo-se à exclusividade das praias do norte, no sul da ilha há balneários mais populares, aos quais é fácil chegar em transporte público. Apesar de lotadas no verão, são um destino divertido para passar o dia. O trem leva diretamente a Long Beach, logo depois dos limites da metrópole, e a rua principal está cheia de sorveterias, bares e restaurantes. A leste se estende o Parque Estadual de Jones Beach, um microcosmo de cultura praiana de 10 quilômetros de extensão, com surfistas, aposentados, adolescentes do bairro e gays, todos disputando seus pedaços de areia.

O balneário seguinte é a Costa Nacional de Fire Island, em cujo extremo oeste há uma ponte que cruza a baía e dá acesso ao Parque Estadual Robert Moses. Só é possível chegar de balsa à ilha Fire (carros não entram), e os visitantes habituais costumam levar seus pertences em carrinhos de compra. A ilha conta com uma dúzia de povoados minúsculos, quase todos residenciais. Destacam-se as festivas Ocean Beach Village e Ocean Bay Park, assim como os enclaves gays de Cherry Grove e The Pines, também acessível de balsa a partir de Sayville.

05 – A elegância dos Hamptons

As pessoas abastadas de Nova York passam o verão nos Hamptons. Está a apenas duas horas de Manhattan, mas você pode topar com Spielberg, as irmãs Hilton, as famosas atrizes Renée Zellweger e Sarah Jessica Parker, e até mesmo com Madonna no mercado orgânico; aqui os milionários passeiam com seus cachorros na praia.

Estas várias cidadezinhas da costa de Long Island (East Hampton, Bridgehampton, Southampton, Montauk, Sag Harbour) são o refúgio de veraneio da elite mais WASP (sigla em inglês de White, Anglo-Saxon and Protestant, ou Branco, Anglo-Saxão e Protestante) de Nova York — e de todo o país—, em suas casas do século XVIII. Além dos atores de cinema, rappers e modelos, existem grupos de amigos que alugam essas casas para uma escapada no fim de semana, que se misturam com antigos pintores, artistas e boêmios que ainda moram na região e que foram os responsáveis por sua popularização nos anos vinte. Os poucos que restaram se refugiam em Shelter Island ou Sag Harbor.

Esta Malibu de Nova York, repleta de celebridades, mansões de luxo e festas, no entanto, esconde lugares que remetem aos nativos americanos, belas Main streets, parques estaduais varridos pelo vento e até mesmo praias quase virgens. É uma viagem que vale a pena, especialmente no outono, quando não há tantos turistas de verão e o clima ainda é agradável.

Atrás da fama e poder dos Hamptons, há uma longa história cultural, pois aqui viveram famosos escritores e outros artistas. As cidades do extremo oeste (Hampton Bays, Quoge e Westhampton) são mais tranquilas do que as do leste, que começam em Southampton, onde se concentram as grandes fortunas mais clássicas e, também, bons museus e esplêndidas e extensas praias. Em Bridgehampton, podemos encontrar lojas e bons restaurantes e, em Sag Harbor, ao norte, um antigo porto baleeiro, com belas ruas antigas.

Os novos ricos, no entanto, começaram a ocupar as cidadezinhas de Montauk ou East Hampton, onde até recentemente havia apenas pescadores e surfistas e, agora, hospedam as festas de famosos, que às vezes até atuam no palco do Guild Hall.

06 – Arte, história e alta cozinha

Existem algumas atrações que não se espera encontrar em uma região de praia, como o Parrish Art Museum, instituição que ocupa um grande e elegante celeiro, projetado pela Herzog & De Meuron, e apresenta a obra de artistas locais como Jackson Pollock, Willem de Kooning e Chuck Close. Para ver mais de Pollock, é possível também fazer uma reserva e visitar sua casa-estúdio próxima.

Existem outras visitas culturais interessantes, como o Shinnecock Nation Cultural Center, um museu gerido pela tribo shinnecock, de 1.300 membros, cujo povoado de história viva é um dos poucos vestígios da vida dos nativos americanos em Long Island. Outro espaço expositivo histórico é o Southampton Historical Museum, instalado em um conjunto de edifícios clássicos bem conservados (entre eles a mansão de um capitão baleeiro), que já existiam antes que os Hamptons fossem o que são agora.

Para comer, o Nick & Toni´s (136 North Main St., East Hampton) é uma instituição nos Hamptons e além da cozinha italiana feita com produtos dos sítios próximos, oferece a possibilidade de compartilhar o restaurante com algum famoso.

07 – O outro Cape Cod

A leste de Southampton, Bridgehampton conta com a menor main street de todas essas cidadezinhas, mas está repleta de lojas e restaurantes. 11 quilômetros mais ao norte, em Peconic Bay, está o antigo povoado baleeiro de Sag Harbor, com muitas casas antigas e locais interessantes. Na câmara de comércio, no final da rua principal, pode-se conseguir mapas para realizar um circuito a pé pelo local. É quase obrigatório fazer uma parada no Whaling Museum, mas o melhor é andar pelas minúsculas ruas da vila, semelhantes às da península próxima de Cape Cod, em Massachusetts, perfeitas para um passeio tranquilo.

Daqui é possível pegar um barco até a tranquila Shelter Island, boa parte dela ocupada por uma reserva natural (Mashomack) com trilhas para excursão. Existem também restaurantes românticos e Bed&Breakfast perfeitos para descansar por alguns dias.

08 – Surfistas e boêmios em Montauk

Tempos atrás, Montauk poderia ser considerada como a vizinha tranquila e humilde dos Hamptons, mas atualmente essa cidadezinha do extremo leste de Long Island atrai muito a atenção dos visitantes mais jovens e até mesmo de um subgrupo de moderninhos: moradores, pescadores e surfistas veteranos formam um grupo heterogêneo que faz com que o ambiente de seus bares e restaurantes seja muito animado.

Montauk, também conhecida como The End, é especialmente famosa por sua praia de Ditch Plains, boa para surfar. Com os surfistas chegaram também os hipsters endinheirados e surgiram hotéis chiques-boêmios, como o Surf Lodge e o Ruschmeyer´s, mas continua sendo um lugar mais tranquilo do que os Hamptons, com uma comunidade simples e restaurantes informais de peixes e mariscos.

Existem vários complementos que fazem a escapada perfeita, como o lago Montauk, que na realidade é uma grande enseada com diversos locais de esporte em suas margens; o próximo Montauk Point State Park, com o farol de Montauk Point, ativo desde 1796; restaurantes de marisco, como o Westlake Fish House, no porto esportivo homônimo, e o magnífico pôr do sol em Long Island. Uma última dica: os especialistas dizem que o bar Montauked, em Firestone Road, merece uma visita.

09 – Vinhos em North Fork

A península que se estende ao norte de Long Island, North Fork, é conhecida por seus sítios e seus bucólicos vinhedos, nos quais podemos encontrar vários turistas de passagem pelas tabernas nos finais de semana. A maior cidade é Greenport, lugar tranquilo com barcos de pesca, passado baleeiro e um velho carrossel em Harbor Front Park. É um lugar agradável e fácil de se percorrer a pé a partir da estação de LIRR. Se for de carro, é possível seguir até Orient Beach State Park, uma península de praias limpas com uma plácida baía para remar.

Bem em frente, fechando a baía de Gardiners, está a ilha de Shelter, uma versão menor e mais tranquila dos Hamptons, mas com um toque de antigo povoado marítimo. Possui comunicação por barco com Greenport e North Haven, próxima a Sag Harbor, e ao sul está a Mashomack Nature Preserve, estupenda para remar.

A pousada North Fork Table & Inn é o alojamento predileto dos mais refinados em Sherter Island, com quatro quartos e um excelente restaurante de produtos frescos comandado por alunos da famosa Gramercy Tavern, em Manhattan. Para comer também podemos ir ao Claudio´s (111 Main St.), uma lenda em Greenport, propriedade da mesma família portuguesa desde 1870. Para petiscar, o Claudio´s Clam Bar, no cais próximo, é mais do que recomendável.

10 – Escapada campestre: o Vale do Hudson

As paisagens do rio Hudson, ao norte da cidade de Nova York, serviram de inspiração a uma corrente da pintura paisagista do século XIX – a chamada Escola do rio Hudson –, mas também atraíram muitas famílias ricas que se instalaram aqui em grandes fazendas. Hoje os sítios e parques da região atraem os amantes da natureza e ex-urbanos. As cidadezinhas próximas à Grande Maçã têm um ar suburbano, são mais povoadas e possuem ligação com a linha de trem Metro-North. Mas quanto mais ao norte formos, mais rural (e às vezes despovoado) é o ambiente.

É fácil chegar de Nova York: a conexão ferroviária Metro-North sai da Grand Central (em Manhattan) e vai até Poughkeepsie; outra linha atravessa Nova Jersey e chega a Harriman e a Amtrak também chega nessas localidades.

Em Tarrytown e Sleepy Hollow, a leste do Hudson, encontraremos várias casas majestosas, enquanto Beacon, antiga povoação industrial, se transformou em bastião da arte de vanguarda. Para aproveitar a natureza, a vila de Cold Spring oferece boas excursões por Bull Hill e outros locais, não muito distantes da estação de trem. Se for de carro, é possível atravessar a margem oeste do rio e explorar o Harriman State Park e a Bear Mountain, de cujo pico, aos 397 metros, é possível ver os prédios de Manhattan.

Outras visitas recomendadas no vale do Hudson são Kykuit, em Tarrytown, uma das mansões da família Rockfeller que possui obras de arte asiáticas e europeias, assim como jardins com paisagens; Lyndhurst Castle, uma impressionante mansão neogótica do século XIX que foi residência de verão de um magnata do ramo ferroviário, assim como a surpreendente Dia Beacon, ao norte de Cold Spring, conhecida filial do nova-iorquino Dia Center for the Arts instalada em uma antiga fábrica que expõe enormes obras de ferro de Richard Serra e instalações móveis.

Também podemos visitar o histórico Sunnyside, original edifício construído por Washington Irving, autor de livros como A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça e Contos da Alhambra. Os guias, vestidos com roupas do século XIX, contam interessantes histórias durante todo o trajeto. Aqui também se encontra West Point, a famosa academia militar que forma oficiais desde 1802. O museu (grátis) é imprescindível para os apaixonados do exército.

11 – Pogskeepsie, cultura no feminino

A principal cidade da margem oriental do Hudson é muito conhecida nos Estados Unidos pela universidade de humanas Vasar, que até 1969 era exclusivamente feminina. Mais ao norte está Hudson, com uma moderna comunidade de artistas e escritores, e em cuja rua principal encontraremos antiquários, lojas de móveis de luxo e galerias de arte. A maioria dos visitantes se dirige ao norte, ao bucólico Hyde Park, para visitar a residência de Franklin D. Roosevelt, conhecida como a outra CIA. Uma casa relativamente modesta, mas que no verão atrai multidões de visitantes, especialmente por seu museu, construído ao redor da biblioteca particular do presidente. Ali ele gravava seu inovador programa de conversas no rádio, ao lado da chaminé. Também se pode visitar Val-Kill, a casinha de campo de Eleanor Roosevelt.

O principal ponto de interesse da área é o Walkway Over the Hudson, uma antiga ponte ferroviária sobre o rio, que se transformou na maior ponte de pedestres do mundo – 2 quilômetros de percurso– e em parque estadual.Para ver como os mais ricos e elegantes da sociedade norte-americana passavam as férias, pode-se visitar a Vanderbilt Mansion, residência de verão da conhecida família de magnatas das ferrovias: um espetáculo beux arts que conserva quase toda a decoração original.Para comer convém provar a cozinha francesa de Bocuse, um dos excelentes restaurantes comandados pelos estudantes do Culinary Institute of America, a escola de cozinha mais prestigiada do país, com propostas tão chamativas –e a preço razoável– como o sorvete de nitrogênio líquido.

12 – Florestas românticas em Catskill

Nesta região montanhosa, a oeste do vale do Hudson, poderemos encontrar uma mescla de culturas, naturais e artificiais. A romântica imagem dos desfiladeiros cobertos de musgo e os cumes arredondados que popularizaram os pintores da Escola do Rio Hudson impulsionaram um movimento de conservação; em 1894, a Constituição estadual foi alterada para que milhares de hectares ficassem protegidos como terreno de floresta selvagem.

Ao longo do século XX, os Catskills se tornaram o destino de verão de muitos judeus nova-iorquinos de classe média. Todos os hotéis da época já fecharam, mas ainda restam comunidades judaicas em muitos povoados e também se conservou um certo ambiente hippie em numerosas fazendas. Na última década foram abertos estabelecimentos mais sofisticados para os hipsters urbanos, que lá vão passar o fim de semana. No outono, é a paisagem mais perto de Nova York onde se pode contemplar as árvores tingidas com as espetaculares cores da estação.

13 – Nostalgia ‘hippie’ em Woodstock

Embora o mítico festival de 1969 tenha sido em Bethel, a uma hora de Woodstock, esta cidadezinha conserva o espírito daquela época, com camisetas tingidas à mão e um ambiente de comuna por todas as partes, desde a rádio e o cinema até a feira (farm festival, às quartas-feiras). A localidade de Saugerties, uns 11 quilômetros a leste, não é tão pitoresca e, em comparação, lembra a cidade grande, mas o farol, em uma elevação sobre o rio Hudson, merece uma visita.

É possível ir em excursão a West Saugerties, onde ficava a Big Pink –famosa residência onde Bob Dylan e The Band gravaram nos anos 60– e ali pegar a Platte Clove Road (Cty Rd 16) no sentido noroeste. Uma dezena de quilômetros de curvas que propiciam um dos panoramas mais espetaculares dos Catskills.O outro Woodstock está materializado no Bethel Woods Center for the Arts, que acolhe a Feira de Música e Arte de Woodstock na fazenda de Max Yasgur, nos arredores de Bethel, a 110 quilômetros do povoado de Woodstock. Inclui um anfiteatro que recebe grandes concertos de verão e um nostálgico museu sobre o movimento hippie da década de sessenta.

Fonte: El País

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