Quando fui convidada para viajar para Washington DC, automaticamente voltei aos meus tempos de escola. Era uma boa aluna, daquelas que fazia o dever de casa direitinho, que perguntava tudo para os professores e que sempre teve um bichinho curioso pulando na caixola. Ficava intrigada com a suntuosidade da Casa Branca, que para mim, ainda criança, era uma representação de poder absoluto e que não havia nada maior no mundo. Me lembro de ver uma reportagem onde comentava-se sobre o “american way of life”, o modo de vida americano, sempre me imaginei transitando ali, entre aquelas pessoas, observando de perto todos aqueles museus, aquelas casinhas charmosas, avenidas largas e ruas arborizadas, e claro, a “tal” Casa Branca. Tudo muito diferente da minha realidade, só fui sair do meu mundinho brazuca muito mais tarde e confesso que demorei bastante para ir conferir de perto a forma de viver da turma do Tio Sam.
Aí, um belo dia recebi esse convite para conhecer Capital Region, USA e na mesma hora voltei à minha infância e me vi respondendo o convite como uma criança de sete anos, sentada na frente do computador, tomada por uma sensação muito particular, um misto de ansiedade e excitação. Finalmente eu iria matar aquela curiosidade que me acompanhava há mais de 30 anos.
Vamos começar pelo começo. Capital Region USA corresponde a três distintos lugares: Maryland, Virgínia e Washington-DC, e agora vou falar sobre a capital americana. Outras publicações sobre Maryland e Virginia virão depois.
Se você tem uma imagem sisuda da capital americana, com políticos engravatados e um povo frio, apático, saiba que está muito enganado. Tudo por lá é muito leve, fluido e cool.
A vida cultural é um capítulo a parte. Com alguns dos melhores museus americanos (vários gratuitos), monumentos, memoriais, praças e parques, é inevitável respirar a história dos norte-americanos. O que acaba sendo uma excelente oportunidade para entender como o país tornou-se a grande potência que é hoje.
Uma boa referência pra você começar a ficar mais íntimo de WDC é tomar o National Mall como ponto de partida. Lá fica concentrada a maioria dos pontos turísticos da cidade.
Para ter uma ideia mais geral da geografia de WDC e poder passear a vontade e com mais calma depois, eu recomendo que você faça um passeio em um ônibus turístico de dois andares. Super práticos e com áudio guia em diversos idiomas, eles levam aos principiais pontos turísticos e ajudam a ter uma noção melhor das atrações. É uma boa ajuda também para quem não tem muito tempo de viagem.
WDC tem uma peculiaridade, é um excelente lugar para fazer tudo a pé. As longas e largas avenidas e ruas bem arborizadas são um convite a belas caminhadas. Então, leve aquele calçado bem confortável e vá bater pernas sem dó, nem piedade. A dica é deixar a preguiça de lado mesmo. Aproveite e veja aqui algumas opções de walking tours para descobrir cada cantinho por lá. Aproveite também para conhecer alguns dos bairros mais interessantes como: Dupont Circle, Capitol Hill, Georgetown, Chinatown e U Street.
Na região do National Mall estão os principais museus que compõem o Instituto Smithsonian, todos têm visitação gratuita! Não deixe também de conferir a National Gallery of Art, único museu do National Mall que não faz parte do complexo Smithsonian. Obviamente que existem outras excelentes opções de museus ao redor da região. E o melhor de tudo, todos ficam bem pertinho e você pode se deslocar a pé.
Dica de hospedagem
Em WDC fiquei hospedada no elegante Kimpton Carlyle Hotel Dupont Circle. Confira minha experiência no hotel aqui neste link.
Dicas de restaurantes
Durante essa viagem optamos por tomar café da manhã apenas um dia no hotel que fiquei hospedada, desta forma conheci outros lugares e destaco aqui aqueles restaurantes que minha experiência foi mais agradável.
O Café da manhã do Four Seasons Washington, DC foi um dos melhores cafés da manhã que já tomei nas terras do Tio Sam. Obviamente não preciso destacar o ambiente elegante do hotel como referência, e sim a variedade e qualidade de tudo que nos foi servido. Creio que a foto abaixo deixe bem claro o que quero dizer.
O café da manhã do Kimpton Carlyle Hotel Dupont Circle é menos suntuoso, mas muito interessante e satisfez meu desejo matinal de guloseimas. As panquecas estavam incríveis, vale destacar.
Em meio aos passeios culturais em WDC, fui almoçar no Zaytinya, um restaurante de influência grega para experimentar algumas das delícias do inovador e mundialmente reconhecido Chef José Andrés, um dos cem Chefs mais influentes do mundo, segundo a Fundação James Beard. Como estávamos em um grupo de sete pessoas, resolvemos nos jogar nas tapas e saímos de lá extasiados. Como se a excelência da comida não fosse suficiente, a carta de vinhos do restaurante é igualmente incrível. Confesso que voltar ao ritmo de antes e sair para visitar alguns museus foi um desafio. Obviamente o ritmo foi mais lento, mas extremamente prazeroso.
Geralmente a noite sempre busco uma opção mais próxima do hotel, se não tenho algum restaurante específico para conhecer e isso quase sempre rende boas surpresas. Vou destacar um restaurante que conheci e que ficava realmente próximo ao meu hotel, no bairro de Dupont Circle, apenas a 500 metros. O Hank´s Oyster Bar segue a linha mais jovem, descolada, perfeito para sair com os amigos e beber alguns drinques antes do jantar, ou se preferir, umas boas cervejas. Ambiente alegre, boa comida e preço justo.
Entre minhas andanças por WDC tive meu momento bonequinha de luxo e passei uma manhã totalmente dedicada a cuidar um pouco do corpo cansado no SPA Four Seasons Washington, DC, onde fiquei aos cuidados de profissionais incríveis. Confira minha experiência aqui.
Quando ir
Com estações bem definidas, o período ideal para você visitar WDC é entre a primavera e o outono, com um inverno bem rigoroso, o frio pode acabar comprometendo seus passeios. A primavera se destaca pelo espetáculo da florada das cerejeiras, o Cherry Blossom Festival. Os túneis formados pelas árvores ao longo do Tidal Basil, o lago artificial cercado de monumentos, próximo ao National Mall são incríveis. Haja cartão de memória para tantos cliques.
Se você prefere visitar WDC com um pouco menos de movimento, o melhor período é o outono. As ruas estão mais vazias, o clima ameno e as atrações menos lotadas.
Outras dicas
? É muito comum em todo o país dar gorjetas para garçons, taxistas, barmans e funcionários de hotéis. Em geral, 15% a 20% referem-se a um bom serviço prestado.
? Não esqueça que a idade mínima para bebidas alcoólicas é de 21 anos. Recomendo que leve consigo sua ID full time.
? Todos os transportes públicos em Washington são seguros, mas nem todos funcionam 24h. Então, fique atento ao horário de funcionamento.
? Não há necessidade de tomar nenhuma vacina para visitar os EUA.
? Apesar das farmácias americanas serem um verdadeiro playground onde encontramos de tudo um pouco, saiba que para comprar remédios mais fortes, como antibióticos, você irá precisar apresentar sua receita médica.
Muitas pessoas encaram uma visita a WDC como um bate-volta rápido, sem se dar conta do tamanho erro que está cometendo. Washington-DC é um dos lugares mais incríveis para visitar nos Estados Unidos. Não me refiro a grandes extensões geográficas, mas a riqueza cultural e a oportunidade de conhecer um pouco mais a fundo a história americana é algo indiscutivelmente único. Uma visita aos museus pode render até mais de três horas em um único museu e partindo desse cálculo, uma semana pode ser até pouco para sua viagem.
Naira Amorelli viajou para Washington-DC, Maryland e Virginia em Junho de 2016, a convite de Capital Region USA, Copa Airlines e teve sua viagem segurada por GTA – Global Travel Assistance.
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