Você já deve ter ficado frente a frente com lindos tapetes persas em algum momento da vida e certamente pintou uma curiosidade sobre sua origem, a forma como são produzidos e sua história. Reunimos aqui abaixo um material bacana para saciar sua fome de cultura.
A ORIGEM
É impossível dizer quando surgiu o primeiro tapete oriental. O certo é que ele servia como proteção contra a friagem do chão, dispensando o uso de couro de animais. Um conto islâmico diz que Lockman, o sábio (um contador de fábulas do tempo do rei David 1011-972 a. C.) observou a arte de tecer de uma abelha, e com essa pedra fundamental deu início à arte de tecer tapetes. O Mundo descobriu e hoje o Brasil é um dos grandes consumidores dessa grande arte que é o Tapete Persa.
CURIOSIDADES
– Um tapete persa escolhe seu dono, reza a lenda;
– Um tapete persa pode durar 100 anos;
– Um metro quadrado de um tapete persa pode LEVAR ATÉ 1 ANO para ser confeccionado, no entanto de acordo com o tamanho, um tapete pode demorar 4 a 5 anos;
– Um tapete persa diz muito sobre seu dono;
– Os Egípcios tecem tapetes com desenhos que contam a história da humanidade, que hoje decoram os ambientes mais elegantes de uma casa, mas poucas pessoas sabem das simbologias de um tapete persa.
O Empresário brasileiro Morales nascido em Barcelona, veio de navio em busca de uma nova vida e desembarcou em São Paulo aos 3 anos de idade. Foi uma longa jornada até se apaixonar pelos tapetes persas. Hoje conhecido com o “Rei dos Tapetes” leva essa paixão para milhares de brasileiros. Com 25 anos na rota dos tapetes e mais de 50 mil peças vendidas, entre as obras feitas com seda, lã, juta e algodão, vindas de países como Índia, Irã, Paquistão e Turquia, há itens que chegam a custar 100 mil reais. NO BRASIL Vários famosos e personalidades políticas, do esporte e artistas decoram suas casas com os Tapetes persas sob consultoria do Morales. O Rei dos Tapetes também fez consultoria e colocou seus tapetes em novelas globais como “O Clone” e “Caminho das Índias”
A TECELAGEM
A tapeçaria começa com a confecção do trançado básico. Este trançado é composto por algumas correntes colocadas na moldura, já na medida definitiva. O espaço existente entre elas define a segurança das diversas partes da peça podendo ser mais finas ou espessas quando estiverem prontas. Os nós são atados pelo trançado básico. A execução de cada carreira de nós segue uma direção, permitindo que cada fio básico fique uma vez voltado para frente e outra vez para trás. Antes de começar a atar os nós, é preciso preparar uma ourela nos lados mais compridos do trabalho.
A ourela consiste em prender dobrados duas ou três vezes, juntos, os fios básicos externos. Quando a beirada do tapete está pronta, tem início o trabalho de atar. Ao término do trabalho de atar os nós, os finais são feitos para que não saia dos padrões. Depois de pronto, o tapete recebe a ourela nos lados mais curtos, igual à que foi feita no início do trabalho nos lados mais longos. O tapete é cortado e retirado da moldura deixando uma margem de 10 a 20cm de comprimento nos fios básicos ou correntes, assim ele é pendurado para ser feita a franja. A próxima etapa é o corte.
O valor de um tapete oriental começa a ser contado pelo tempo e quantidade de atadores necessários para executá-lo. Quanto mais esticado o atado das saliências, mais firme será a trança do tecido. A firmeza do tecido é assegurada em cada pedaço do atado. Os atados persas têm um avesso quase liso, os fios atados são muito esticados. Os fios curtos de lã encontrados sobre o lado avesso do tapete diminuem a friagem do chão.
Tear vertical
O tear é uma armação que prende o tapete junto a sua estrutura para ser tecido. Os teares verticais são específicos aos tapetes de vila e de oficina, e seu conjunto é mais complicado do que teares horizontais. Os tapetes tecidos em teares verticais são mais exatos nas dimensões e no projeto.
Tear fixo
No tear fixo, os artesões sentam-se em um assento ajustável na frente do tear. O assento é levantado enquanto as fileiras dos nós são adicionadas.
Tear de Tabriz
Neste tear, a seção tecida do tapete é puxada abaixo e atrás do tear. Desta maneira, os tecelões não precisam se mover. Estes teares são usados no Irã, na província de Azerbaijan, nas cidades de Arak, Qum, Hamadan e nos centros comerciais da Turquia.
Tear feixe do rolo
No tear feixe do rolo, a parte tecida do tapete é rolada em torno do feixe mais baixo. Com este tear, os tapetes muito grandes também podem ser tecidos.
Tear horizontal
Os teares horizontais são o tipo mais simples de tecer. Usados principalmente pelos nômades, porque podem ser facilmente desmontados para se locomoverem a outros lugares.
Placa do projeto
A placa do projeto ou cartão é um desenho colorido de um tapete no papel gráfico (enquadrado) que guia os artesãos que os colorem. Geralmente cada quadrado representa um nó. Para os tapetes que têm a simetria no projeto, a placa ilustra geralmente um quarto do tapete.
Pente
Depois que a conclusão de uma fileira dos nós é tecida e de passar uma costa da trama através das urdiduras, a costa de trama e a fileira dos nós são batidas com um pente especial. O pente é movido para cima e para baixo através das costas da urdidura, pressionando a costa de trama no alto dos nós que fixam os nós no lugar.
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